ROMA, ITÁLIA (FOLHAPRESS) - O papa Francisco apresenta uma "leve melhora" e não teve crises respiratórias nesta segunda-feira (24), segundo novo boletim divulgado pelo Vaticano na tarde desta segunda-feira (24). A insuficiência renal registrada no domingo (23) não é preocupante, segundo os médicos. Este é o décimo dia do pontífice no hospital Agostino Gemelli, em Roma, a quarta internação em seu papado e agora a mais longa não programada –em 2021, ele também ficou dez dias no Gemelli, mas para uma cirurgia prevista no intestino.
O boletim anterior, da noite de domingo (23), dizia que ele não tinha tido novas crises respiratórias, como a verificada ao longo do sábado (22), mas apresentava sinais de insuficiência renal. Ele continuava recebendo oxigênio por cateter nasal, mas não tinham sido feitas novas transfusões.
Pela manhã, a nota se limitou a relatar que a noite tinha sido boa e que o papa estava descansando depois de ter dormido. Segundo fontes do Vaticano, o papa se alimentava normalmente, sem nutrição artificial, e estava de bom humor. Ele continuava com o tratamento farmacológico e não sentia dores.
Nesta segunda, às 21h (17h de Brasília), o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado da Santa Sé, vai conduzir um rosário na praça São Pedro para rezar e manifestar solidariedade ao papa. Ele é um colaborador próximo de Francisco. Devem participar demais cardeais que moram em Roma e funcionários da Cúria Romana, o braço administrativo do Vaticano.
Na noite de domingo (23), o cardeal Matteo Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana, alinhado a Francisco, já havia celebrado uma missa para o pontífice em Bolonha.
"Queremos nos unir ao Santo Padre, pedindo ao Senhor que o apoie neste momento de sofrimento, para que encontre alívio e possa se recuperar o mais rápido possível", disse Zuppi.
Em demonstração de que segue em parte suas funções, o papa assinou a nomeação de quatro bispos nesta segunda, incluindo um brasileiro. O mineiro dom Joaquim Giovani Mol Guimarães foi nomeado como coadjutor da Diocese de Santos.
Depois de evidente dificuldade respiratória em eventos públicos desde o início de fevereiro, o papa foi internado no dia 14 com sintomas de bronquite.
Exames depois revelaram a existência de uma infecção polimicrobiana e pneumonia bilateral (nos dois pulmões). O equilíbrio da terapia farmacológica é um desafio, disseram os médicos do papa na sexta (21), na única entrevista coletiva até o momento.
Francisco, papa desde 2013, tem sofrido com problemas de saúde nos últimos dois anos. Ele é propenso a infecções pulmonares porque desenvolveu pleurisia quando jovem e teve parte de um pulmão removida.
Uma turista norte-americana teria dado à luz e jogado o bebê, ainda com cordão umbilical, pela janela do 2º andar do hotel onde estava hospedada, em França.
A mulher é uma jovem norte-americana de 18 anos, que estava hospedada em um hotel Ibis quando deu à luz, revela o Le Parisien.
A mulher "fazia parte de um grupo de jovens que viajavam pela Europa", declarou o Ministério Público da França, acrescentando que a jovem foi levada para o hospital, onde se encontra sob vigilância policial.
Um magistrado do Ministério Público de Paris e agentes da unidade de proteção de menores (BPM) da Polícia Judiciária de Paris compareceram no local, segundo uma fonte policial. O Ministério Público de Paris confirmou a abertura de um inquérito por "homicídio contra um menor de 15 anos".
No evento que marcou o terceiro ano da invasão russa da Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelenskyy afirmou, nesta terça-feira (24), que a paz deve ser alcançada pelo meio da força e com a participação da Ucrânia e dos países europeus na mesa de negociação.
“Putin não nos dará essa paz, ele não a dará em troca de algo. Devemos alcançar a paz por meio da força, sabedoria e unidade – por meio da nossa cooperação com vocês”, afirmou o presidente ucraniano em reunião com lideranças europeias, como o presidente espanhol, Pedro Sánchez, além do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.
A defesa de Zelesnsky de que a Ucrânia e a Europa participem das negociações sobre a guerra ocorre após o presidente Donaldo Trump, dos Estados Unidos (EUA), ter aberto uma negociação direta com o presidente russo, Vladimir Putin, sem a participação dos europeus.
“A guerra continua contra a Ucrânia e, portanto, a Ucrânia deve estar na mesa de negociações. Junto com a Europa. O alvo estratégico da Rússia é a Europa, o modo de vida europeu e, portanto, a segurança e o destino da Europa não podem ser determinados sem a Europa. Ucrânia, Europa, juntamente com a América – devemos estar na mesa de negociações em frente à Rússia”, afirmou o presidente ucraniano.
Questionado por jornalistas, no domingo (23), se deixaria o cargo em troca da paz, Zelesnsky respondeu que apenas renunciaria em troca da entrada do país na Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte], informou a Reuters. A intenção da Ucrânia entrar na Otan foi uma das justificativas de Moscou para invadir o país.
No discurso desta terça-feira, o presidente ucraniano voltou a defender a entrada na organização militar de defesa. “[A Ucrânia merece] garantias de segurança fornecidas pela Otan. E se a adesão da Ucrânia e do nosso povo à OTAN continuar fechada, você e eu não teremos outra escolha a não ser construir a Otan na Ucrânia, isto é, fornecer tal financiamento, tais contingentes e tal produção de defesa que signifique paz garantida”, afirmou, acrescentando que a Ucrânia já possui 28 acordos bilaterais de segurança com parceiros.
Reviravolta
Ao completar três anos, nesta segunda-feira (24), a Guerra na Ucrânia vive importante reviravolta marcada pela nova posição dos EUA sobre o conflito, com a exclusão da Europa das negociações de paz, o isolamento do governo da Ucrânia e o atendimento às exigências de Moscou.
Para o especialista em Europa e ex-senador pela Itália em 2006, o ativista ítalo-brasileiro José Luís Del Roio, a mudança na posição dos EUA é motivada pela reestruturação do capitalismo no interior do país norte-americano, sendo essa uma resposta à perda de espaço e competitividade da economia estadunidense para, principalmente, à Ásia, com destaque para a China.
Desde o final da 2ª Guerra Mundial, a Europa - então aliado de primeira ordem dos EUA - recebe recursos do Tesouro estadunidense por meio da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte]. Agora, Washington diz que a Europa deve pagar sua própria segurança.
Del Roio avalia que Trump tenta uma alternativa à situação atual da economia dos EUA. “Se a alternativa é boa ou ruim, para os EUA e para o mundo, vamos ver. O que está em jogo é a reestruturação do capitalismo norte-americano a partir do seu interior. Esse terremoto interno nos EUA atinge profundamente a Europa. Agora, ela está órfã”, acrescentou.
No evento que marcou o terceiro ano da invasão russa da Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelenskyy afirmou, nesta terça-feira (24), que a paz deve ser alcançada pelo meio da força e com a participação da Ucrânia e dos países europeus na mesa de negociação.
“Putin não nos dará essa paz, ele não a dará em troca de algo. Devemos alcançar a paz por meio da força, sabedoria e unidade – por meio da nossa cooperação com vocês”, afirmou o presidente ucraniano em reunião com lideranças europeias, como o presidente espanhol, Pedro Sánchez, além do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.
A defesa de Zelesnsky de que a Ucrânia e a Europa participem das negociações sobre a guerra ocorre após o presidente Donaldo Trump, dos Estados Unidos (EUA), ter aberto uma negociação direta com o presidente russo, Vladimir Putin, sem a participação dos europeus.
“A guerra continua contra a Ucrânia e, portanto, a Ucrânia deve estar na mesa de negociações. Junto com a Europa. O alvo estratégico da Rússia é a Europa, o modo de vida europeu e, portanto, a segurança e o destino da Europa não podem ser determinados sem a Europa. Ucrânia, Europa, juntamente com a América – devemos estar na mesa de negociações em frente à Rússia”, afirmou o presidente ucraniano.
Questionado por jornalistas, no domingo (23), se deixaria o cargo em troca da paz, Zelesnsky respondeu que apenas renunciaria em troca da entrada do país na Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte], informou a Reuters. A intenção da Ucrânia entrar na Otan foi uma das justificativas de Moscou para invadir o país.
No discurso desta terça-feira, o presidente ucraniano voltou a defender a entrada na organização militar de defesa. “[A Ucrânia merece] garantias de segurança fornecidas pela Otan. E se a adesão da Ucrânia e do nosso povo à OTAN continuar fechada, você e eu não teremos outra escolha a não ser construir a Otan na Ucrânia, isto é, fornecer tal financiamento, tais contingentes e tal produção de defesa que signifique paz garantida”, afirmou, acrescentando que a Ucrânia já possui 28 acordos bilaterais de segurança com parceiros.
Ao completar três anos, nesta segunda-feira (24), a Guerra na Ucrânia vive importante reviravolta marcada pela nova posição dos EUA sobre o conflito, com a exclusão da Europa das negociações de paz, o isolamento do governo da Ucrânia e o atendimento às exigências de Moscou.
Para o especialista em Europa e ex-senador pela Itália em 2006, o ativista ítalo-brasileiro José Luís Del Roio, a mudança na posição dos EUA é motivada pela reestruturação do capitalismo no interior do país norte-americano, sendo essa uma resposta à perda de espaço e competitividade da economia estadunidense para, principalmente, à Ásia, com destaque para a China.
Desde o final da 2ª Guerra Mundial, a Europa - então aliado de primeira ordem dos EUA - recebe recursos do Tesouro estadunidense por meio da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte]. Agora, Washington diz que a Europa deve pagar sua própria segurança.
Del Roio avalia que Trump tenta uma alternativa à situação atual da economia dos EUA. “Se a alternativa é boa ou ruim, para os EUA e para o mundo, vamos ver. O que está em jogo é a reestruturação do capitalismo norte-americano a partir do seu interior. Esse terremoto interno nos EUA atinge profundamente a Europa. Agora, ela está órfã”, acrescentou.
(FOLHAPRESS) - "Charles é um menino adorável de 11 anos e estava sozinho em seu quarto." "Xavier, meu querido, como você era bonito." Mensagens tão ou mais apavorantes que essas foram encontradas nos arquivos do cirurgião Joël Le Scouarnec. Constam das centenas de milhares de páginas do maior processo por pedofilia da história da França, cujo julgamento começa nesta segunda (24) e deve durar quatro meses.
Le Scouarnec, 74, é acusado de estuprar e abusar de cerca de 300 menores ao longo de décadas. A média de idade das vítimas, no momento dos crimes, era de 11 anos. A maioria delas eram pacientes. Pela dimensão, o julgamento está sendo comparado ao caso Gisèle Pelicot, a francesa drogada pelo marido e estuprada por 50 homens, todos condenados em dezembro a penas de prisão. Jornalistas do mundo inteiro vão acompanhar a audiência de hoje no tribunal de Vannes, na Bretanha, 450 km a oeste de Paris.
O caso suscitou um debate na França sobre as falhas institucionais que permitiram tantos anos de impunidade. Mesmo tendo sido condenado, em 2005, a quatro meses de prisão em regime aberto por posse de imagens de pedofilia, Le Scouarnec continuou transferindo-se de hospital em hospital sem que o histórico judicial o impedisse de ficar a sós com pacientes.
Em 2006, o equivalente francês do Conselho Regional de Medicina concluiu que a condenação não o impedia de exercer a profissão. Hoje as entidades da categoria afirmam ter adotado procedimentos mais rigorosos.
Separado desde 2004 (a ex-esposa afirma que nunca soube de nada), morando sozinho em um vilarejo de 3 mil habitantes, Le Scouarnec continuou trabalhando até 2017, quando foi denunciado por uma vizinha: sua filha, de seis anos, tinha lhe contado que o médico se masturbou e a penetrou com um dedo.
Na casa do acusado, a polícia apreendeu uma coleção de bonecas, apetrechos sexuais e milhares de arquivos digitais, com imagens pedófilas e uma espécie de diário no qual, segundo o volumoso inquérito, o cirurgião registrava nomes e idades das vítimas, datas e detalhes sórdidos dos crimes cometidos.
"Sou ao mesmo tempo exibicionista, voyeur, escatófilo [que se excita com excrementos] e pedófilo", confessa o réu em uma das anotações.
Le Scouarnec foi condenado em 2020 a 15 anos de prisão por esse e outros três casos de violência sexual. Desde então, seus arquivos permitiram rastrear centenas de outras vítimas, o que levou ao novo julgamento.
Os relatos das vítimas, indefesas ante o domínio de um médico, se assemelham. "Eu achava que era errado, mas tinha a sensação de ser prisioneira", contou uma delas, que tinha 9 anos quando foi paciente de Le Scouarnec.
O processo junta-se a outros crimes sexuais que têm abalado a França nos últimos anos, em diversas áreas, como ensino, religião e cultura. Vieram à tona escândalos envolvendo personalidades como o religioso Abbé (padre) Pierre (1912-2007), outrora a figura pública mais popular da França, por sua obra de caridade, e Gérard Depardieu, provavelmente o mais famoso ator francês.
Outro caso rumoroso no momento pode até derrubar o atual primeiro-ministro da França, François Bayrou. Envolve uma escola católica em Lestelle-Bétharram, cidade vizinha ao santuário de Lourdes, no sul da França. Religiosos são acusados de agredir e estuprar alunos ao longo de décadas.
A mulher de Bayrou foi catequista, e filhos do casal, alunos na instituição. O premiê é acusado de omissão quando era ministro da Educação, nos anos 1990, e as primeiras denúncias vieram à tona. Bayrou nega, mas o site investigativo Médiapart publicou evidências de que ele sabia mais do que admite hoje. * ESCÂNDALOS RECENTES NA FRANÇA Caso Pelicot Em dezembro, Dominique Pelicot e 50 homens foram condenados (de 3 a 20 anos de prisão) por estuprar a mulher de Dominique, Gisèle, desacordada com tranquilizantes. Gisèle se tornou símbolo da luta contra a violência doméstica
Abbé Pierre Após sua morte, em 2007, foi revelado que o religioso mais popular da França abusou sexualmente de dezenas de mulheres. A instituição de caridade fundada por ele teve que mudar de nome
Caso Bétharram Violências físicas e sexuais foram cometidas em uma escola católica durante décadas. O atual primeiro-ministro, François Bayrou, cujos filhos estudaram na escola, é suspeito de omissão
Cinema O ator Gérard Depardieu e os diretores Jacques Doillon e Benoît Jacquot são acusados de violência sexual contra atrizes. Eles negam. Em março, Depardieu será julgado por um caso de 2021
Literatura Antes celebrado no meio literário parisiense por obras em que descreve relações com menores de idade, o romancista Gabriel Matzneff, 88, hoje é acusado de participação em uma rede internacional de pedófilos
Ensino superior Olivier Duhamel, diretor de Sciences Po, faculdade de ciência política mais renomada da França, renunciou em 2021, acusado de ter abusado nos anos 1980 do enteado de 13 anos
BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em um curto comunicado, o Vaticano informou nesta segunda-feira (24) que o papa Francisco continua em estado crítico, mas passou uma boa noite.
No último comunicado divulgado pela Santa Sé, o pontífice havia parado de apresentar episódios de crise respiratória, mas demonstrava sinais de insuficiência renal.
"As condições do Santo Padre continuam críticas; no entanto, desde ontem à noite, ele não apresentou novas crises respiratórias", dizia o comunicado, divulgado no domingo (23).
O texto afirmava que, em resposta às "duas unidades de concentrado de hemácias" que Francisco recebeu nas transfusões de sangue no sábado (22), houve aumento nos níveis de hemoglobina, a proteína do sangue responsável por transportar o oxigênio dos pulmões para o resto do corpo, amenizando a situação de anemia. A baixa contagem de plaquetas continuava estável.
"Contudo, alguns exames de sangue indicam um início leve de insuficiência renal, que, por ora, está sob controle", continuava o informe de domingo, acrescentando que o pontífice recebia oxigênio por meio de cânulas nasais. "O Santo Padre segue alerta e bem orientado.
O papa não apresentava febre naquele momento. O texto também não fazia referência a uma situação de sepse, quando uma infecção atinge a corrente sanguínea e provoca uma resposta inflamatória exacerbada do organismo.
Segundo a equipe médica, "a complexidade do quadro clínico e o tempo necessário para que as terapias medicamentosas apresentem alguma resposta tornam necessária a manutenção do prognóstico reservado". Ou seja, os médicos seguiam cautelosos, com previsão incerta sobre a recuperação.
O sábado foi o pior dia que Jorge Mario Bergoglio, 88, passou desde que foi internado no hospital Gemelli, em Roma, em 14 de fevereiro. No boletim da noite de sábado, foi revelado que as condições do papa tinham se agravado diante de uma crise respiratória asmática, que exigiu a aplicação de oxigênio suplementar. Ele também precisou de transfusões de sangue porque os testes mostraram que ele tinha uma baixa contagem de plaquetas.
O texto descreveu que, pela primeira vez, o prognóstico era reservado, confirmando que a evolução do estado de saúde do pontífice é imprevisível, como já havia indicado a equipe médica que trata do papa, em entrevista coletiva na sexta-feira (21).
Na ocasião, disseram que o argentino não estava fora de perigo, mas que não corria, naquele momento, risco de morrer. Afirmaram ainda que o papa é considerado um paciente bastante frágil pela idade, pela falta de mobilidade e devido à existência de doenças respiratórias crônicas.
No domingo, além dos turistas habituais, a movimentação na praça São Pedro ficou marcada pelo vaivém dos peregrinos que visitam a capital italiana para participar do Jubileu da Igreja, evento que ocorre a cada 25 anos. Neste fim de semana, mais de 3.000 pessoas participaram do Jubileu dos Diáconos.
Durante a missa matinal que deveria ter sido celebrada pelo papa Francisco na basílica São Pedro, o arcebispo Rino Fisichella pediu orações pelo pontífice argentino. "Na celebração eucarística, onde a comunhão assume a sua dimensão mais plena e significativa, sentimos o papa Francisco, mesmo num leito de hospital, próximo a nós e presente entre nós", disse o italiano.
Uma menina de quatro anos presenciou o assassinato de sua mãe, do avô e de um vizinho pelo próprio pai, na Flórida (EUA). Segundo as autoridades locais, a criança revelou detalhes do que viu e ouviu durante o crime brutal, ocorrido no último domingo.
A menina, chamada Seraphine, estava sentada no sofá da sala quando seu pai, Nathan Gingles, de 43 anos, entrou pela porta dos fundos da casa. Ele seguiu até o pátio, apontou uma arma para seu sogro, David Ponzer, de 64 anos, e disse "adeus, adeus", antes de disparar fatalmente contra ele.
Em seguida, a mãe da criança, Mary, de 34 anos, tentou fugir desesperadamente. Ela e Nathan trocaram agressões no jardim da casa, até que Mary saiu correndo pela rua pedindo ajuda. O vizinho Andrew Ferrin, de 36 anos, abriu a porta para socorrê-la.
Imagens de videovigilância mostraram o momento em que Nathan invadiu a casa do vizinho. De acordo com Seraphine, o pai disparou dezenas de vezes dentro da residência. As autoridades confirmaram que foram feitos ao menos dez disparos. Tanto Mary quanto Andrew foram encontrados mortos em um dos quartos.
A menina relatou o episódio como se fosse uma batalha, dizendo que torcia para que "a mãe ganhasse", mas que, no fim, "o pai ganhou".
Após cometer o triplo homicídio, Nathan sequestrou Seraphine e teria dito à filha que ela nunca mais veria a mãe ou o avô. Ele afirmou que os dois iriam viajar para visitar parentes no Texas.
No mesmo dia, as autoridades emitiram um Alerta Amber (sistema de emergência para desaparecimento de crianças nos EUA), o que permitiu a localização e prisão do suspeito. Nathan foi encontrado em um estacionamento do Walmart em North Lauderdale e detido sem resistência.
Segundo informações do Daily Mail, Nathan já havia sido proibido de ver Mary desde o início de fevereiro de 2024, quando ela conseguiu uma ordem de restrição por violência doméstica. O processo de divórcio havia começado no final do mesmo mês e ainda estava em andamento no momento do crime.
Mary e Nathan se conheceram em 2016 e se casaram dois anos depois. Durante o casamento, viveram na Alemanha, onde Seraphine nasceu. Posteriormente, a família retornou aos EUA. Quando denunciou o marido, Mary relatou que ele era um homem violento, que frequentemente ameaçava matá-la e também a filha.
Nathan Gingles agora enfrenta três acusações de homicídio premeditado em primeiro grau e está detido sem direito a fiança na prisão do condado de Broward, Flórida.
Organizar uma festa de aniversário para crianças pode ser um desafio, especialmente quando os pais não conhecem bem os amigos do filho ou os responsáveis por eles. Mas, se em muitos casos o problema é a ausência dos convidados, uma mãe passou por uma situação completamente oposta: o evento acabou lotado e fora de controle.
A história foi compartilhada pela própria mãe no fórum Reddit, onde ela contou que enviou 24 convites para colegas de escola do filho, mas não recebeu nenhuma confirmação. Sem saber se haveria convidados, decidiu chamar familiares e amigos próximos que também tinham filhos para garantir que o aniversariante não ficasse sozinho na comemoração.
No dia da festa, a mãe teve uma surpresa desagradável. Mesmo sem terem confirmado presença, os colegas da escola apareceram de última hora – e não foram sozinhos. Muitos trouxeram irmãos, primos e até amigos que não estavam na lista de convidados.
"Uma família trouxe sete crianças no total: três adolescentes, duas crianças mais velhas, uma colega de classe do meu filho e um sobrinho", relatou a mãe, mencionando que esse não foi um caso isolado.
A situação rapidamente saiu do controle. O espaço reservado ficou superlotado e, diante da confusão, os responsáveis pelo local pediram que os convidados deixassem a festa. Além disso, a mãe foi informada de que precisaria pagar pelos extras que compareceram sem aviso prévio.
Diante da situação, a mulher decidiu conversar com os pais que não haviam respondido ao convite e trouxeram crianças não convidadas, explicando que seria necessário arcar com os custos adicionais. Para sua surpresa, todos compreenderam e aceitaram pagar a diferença.
Ainda assim, a experiência acabou sendo frustrante. O aniversariante, que inicialmente estava animado para a festa, ficou incomodado com o comportamento de alguns convidados e não conseguiu aproveitar o momento como esperava.
"Meu filho ficou muito chateado porque a festa estava cheia de crianças mal comportadas. Ele disse que foi a pior festa de todas e pediu para que eu não organizasse outra no ano seguinte", desabafou a mãe.
O bloco conservador, liderado por Friedrich Merz, venceu as eleições legislativas na Alemanha com 28,6% dos votos, segundo os resultados finais divulgados neste domingo (23). O partido Alternativa para a Alemanha (AfD) consolidou-se como a segunda maior força política, com 20,8% dos votos.
O Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, teve um desempenho fraco, alcançando 16,4% dos votos, enquanto seu parceiro de coalizão, os Verdes, obteve 11,6%. O partido A Esquerda (Die Linke) registrou uma leve recuperação, atingindo 8,8%, um resultado superior aos 4,9% obtidos em 2021.
Merz busca alianças para formar governo Apesar da vitória, Friedrich Merz precisará formar uma coalizão para governar. O candidato dos Verdes, Robert Habeck, declarou que está aberto ao diálogo e disposto a assumir responsabilidades no novo governo caso Merz o considere um parceiro viável.
Já o Partido Liberal Democrático (FDP), que era uma aposta natural de Merz para formar uma coalizão, não atingiu o mínimo de 5% dos votos necessários para garantir representação no Bundestag, o parlamento alemão.
Enquanto isso, a líder da AfD, Alice Weidel, declarou que seu partido está disponível para negociações. No entanto, Merz descartou qualquer aliança com a extrema-direita, reafirmando o ‘cordão sanitário’ contra a sigla.
"Temos visões totalmente opostas sobre política externa, segurança e a OTAN. Eles podem estender a mão quantas vezes quiserem, mas não vamos comprometer nossa posição. O futuro do país não pode ser pautado por uma autointitulada ‘Alternativa para a Alemanha’”, declarou Merz durante um debate com os líderes partidários.
Entre os temas que dividem a CDU e a AfD, a política de segurança e defesa é um dos mais sensíveis. Merz afirmou que, diante da pressão russa e da nova administração dos Estados Unidos, liderada por Donald Trump, a Europa deve se tornar progressivamente mais independente dos EUA em termos estratégicos.
"Vou formar um governo que represente toda a população e buscarei soluções para os desafios do país. Não sabemos ainda como essa coalizão será estruturada, mas precisamos respeitar a decisão do povo alemão", declarou Merz.
Com a vitória confirmada, Merz se comprometeu a formar um governo o mais rápido possível, evitando longas negociações de coalizão.
"Os democratas-cristãos honrarão sua responsabilidade e garantirão a governabilidade do país após essa vitória. O mundo não está esperando que a Alemanha passe meses em negociações políticas", disse Merz aos apoiadores durante um discurso na sede da CDU, em Berlim.
Para o presidente norte-americano, seu antecessor não deveria ter continuado comprando petróleo venezuelano, quando seu país tem "o melhor petróleo bruto do mundo".
Trump fez essas declarações em um evento na Casa Branca ao se referir à compra de petróleo venezuelano por empresas americanas. O petróleo bruto venezuelano é especialmente pesado e é processado em refinarias em Houston, no Texas.
Trump aludiu à decisão do governo Biden, em novembro de 2022, de autorizar a petroleira norte-americana Chevron a expandir sua produção na Venezuela, em um movimento que reverteu parte das sanções impostas durante seu primeiro mandato.
A esse respeito, insistiu que Maduro "estava pronto para partir", mas que "Biden o fortaleceu".
"Então você tem uma pessoa sentada aí com muito petróleo. Essa não é uma boa situação, mas estamos conversando sobre isso", disse Trump, acrescentando: "Podemos tornar a Venezuela forte novamente".
No final de janeiro, em declarações à imprensa na Casa Branca, Trump já havia avisado que não permitirá a compra de petróleo venezuelano como fez Biden. "Biden foi e eles compraram milhões de barris de petróleo. Não vou permitir que algo tão estúpido aconteça novamente", disse ele na ocasião.
Trump reforçou essa posição em 18 de fevereiro, em uma coletiva de imprensa na Flórida, onde garantiu que está considerando suspender a licença que permite à Chevron operar na Venezuela.
Um avião da American Airlines, que fazia o trajeto entre Nova York, nos Estados Unidos, e Nova Deli, na Índia, foi desviado neste domingo para Roma, na Itália, após uma ameaça de bomba.
De acordo com a agência italiana ANSA, a aeronave havia partido do Aeroporto Internacional John F. Kennedy e sobrevoava o Mar Cáspio, próximo ao Azerbaijão, quando foi obrigada a retornar para a Europa. O voo AA292 deve pousar no aeroporto de Fiumicino, onde passará por inspeção, assim como todos os passageiros.
Em comunicado, a American Airlines confirmou o desvio por uma "potencial ameaça à segurança a bordo" e afirmou estar cooperando com as autoridades locais. A companhia disse ainda que fornecerá atualizações conforme a situação evoluir e agradeceu a paciência dos passageiros.
American flight AA292 will divert to Rome en route to Delhi due to a bomb threat.
Os conservadores da União Democrata Cristã (CDU) e União Social Cristã (CSU) venceram as eleições legislativas antecipadas na Alemanha, com cerca de 29% dos votos, segundo pesquisas de boca de urna divulgadas pelo site Deutsche Welle Brasil.
O resultado posiciona Friedrich Merz como próximo chanceler federal, encerrando o governo do social-democrata Olaf Scholz, que enfrentava desaprovação recorde. O Partido Social-Democrata (SPD) ficou em terceiro lugar, com apenas 16% dos votos, seu pior desempenho em mais de um século.
Apesar da vitória, a CDU/CSU não garantiu maioria absoluta nas 630 cadeiras do Bundestag, o Parlamento alemão. Para formar um governo, Merz precisará negociar alianças com outros partidos, em um processo que pode levar semanas. Até a conclusão das negociações, Scholz continuará como chanceler interino, mas sua saída do cargo é vista como inevitável. A ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD) conquistou a segunda maior bancada, com 19,5% dos votos, quase dobrando seu resultado em relação à eleição anterior.
Os Verdes, parceiros de Scholz na coalizão atual, tiveram 13,5% dos votos, enquanto o partido A Esquerda (Die Linke) somou 8,5%, mostrando leve recuperação. Já o Partido Liberal Democrático (FDP) e a Aliança Sahra Wagenknecht (BSW) podem não atingir a cláusula de barreira de 5%, correndo o risco de ficar fora do Parlamento. A governabilidade da CDU/CSU permanece incerta, uma vez que Merz descartou alianças com a AfD e deverá buscar apoio de social-democratas ou verdes.
Friedrich Merz, de 68 anos, é um veterano da CDU, partido que integrou desde a adolescência. Após atuar como eurodeputado e parlamentar alemão, afastou-se da política em 2009, retornando em 2018, com a aposentadoria da ex-chanceler Angela Merkel no horizonte. Ele assumiu a liderança da CDU em 2021 e agora lidera o partido de volta ao poder, após resultados ruins nas eleições de 2021.
Os resultados preliminares mostram que a CDU/CSU recuperou parte do eleitorado perdido, crescendo cinco pontos percentuais em relação à última eleição. Apesar disso, o desempenho ainda está abaixo dos números registrados sob a liderança de Merkel. Para garantir um governo estável, Merz terá que formar uma coalizão que alcance mais de 50% das cadeiras no Bundestag, algo que pode definir os rumos da política alemã nas próximas semanas.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste domingo que estaria disposto a deixar o cargo "pela paz da Ucrânia" e pela adesão do país à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa em resposta a uma pergunta sobre a possibilidade de renunciar em troca do fim do conflito. "Se precisarem que eu deixe esta cadeira, estou pronto para o fazer, e também posso trocá-la pela adesão da Ucrânia à OTAN", disse Zelensky, segundo o The Guardian.
A posição do líder ucraniano surge após o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusá-lo de ser um "ditador sem eleições". Trump fez essa afirmação na última quarta-feira, criticando o adiamento das eleições presidenciais ucranianas, que estavam previstas para abril de 2024, mas foram postergadas devido à guerra contra a Rússia. A declaração do republicano gerou reações contrárias de países ocidentais, que reforçaram que Zelensky foi "democraticamente eleito", ao contrário do presidente russo, Vladimir Putin.
A guerra na Ucrânia começou em 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu o país sob o argumento de proteger minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o governo de Kyiv. Desde então, a Ucrânia tem buscado apoio militar e diplomático do Ocidente, aproximando-se da União Europeia e da OTAN.
MICHELE OLIVEIRA ROMA, ITÁLIA (FOLHAPRESS) - Em um domingo de sol na praça São Pedro, a movimentação, além dos turistas habituais, é marcada pelo vaivém dos peregrinos que visitam a capital italiana para participar do Jubileu da Igreja, evento que ocorre a cada 25 anos. Neste fim de semana, mais de 3.000 pessoas participaram do Jubileu dos Diáconos.
Durante a missa matinal deste domingo (23) na Basílica São Pedro, que deveria ter sido celebrada pelo papa Francisco, o arcebispo Rino Fisichella pediu orações pelo pontífice argentino. "Na celebração eucarística, onde a comunhão assume a sua dimensão mais plena e significativa, sentimos o papa Francisco, mesmo num leito de hospital, próximo a nós e presente entre nós", disse o italiano.
"Foi um clima de oração e de fazer Igreja. Não foi um problema a ausência do papa, já tinha visto ele. Estamos aqui para a comunhão entre os diáconos. Claro que é melhor quando ele está", disse Michel Heurtault, diácono francês, à Folha. "Estamos preocupados, mas é um idoso. Rezamos por ele."
Já para a brasileira Giulia Rolim, 23, foi uma surpresa visitar o Vaticano sem o papa. De férias pela Itália, ela tinha reservado o domingo para conhecer a basílica e tentar participar de uma missa com Francisco.
"Viemos também para tentar entender a dimensão do que é uma missa com ele. Mas tudo bem, só desejamos que ele melhore. Não vê-lo na missa é o menos importante agora", afirmou ela, que se disse católica praticante em São Paulo. "O papa Francisco vai além da igreja. É uma entidade que extrapola todas as áreas e religiões. É uma aura positiva, uma pessoa extremamente boa e que se envolve em causas não só religiosas, mas também políticas."
Ao mesmo tempo, pessoas se reúnem para fazer vigília do lado de fora do hospital Gemelli, em Roma, onde Francisco está internado. Uma estátua do papa João Paulo 2º (1920-2005) do lado de fora estava rodeada de artefatos deixados por fiéis.
Velas, flores, terços, fotos de Francisco e balões podiam ser vistos. Uma bandeira do Brasil também foi deixada ali.
Segundo boletim do Vaticano divulgado na manhã deste domingo (23), o papa passou uma noite tranquila depois do pior dia desde que foi internado, há pouco mais de uma semana.
No boletim da noite de sábado, foi revelado que as condições do papa tinham se agravado diante de uma crise respiratória asmática, que exigiu a aplicação de oxigênio suplementar. Ele também precisou de transfusões de sangue porque os testes mostraram que ele tinha uma baixa contagem de plaquetas, associada a uma anemia.
O texto descreveu que, pela primeira vez, o prognóstico era "reservado", confirmando que a evolução do estado de saúde do pontífice é imprevisível, como já havia indicado a equipe médica que trata do papa, em entrevista coletiva na sexta-feira (21). Afirmaram ainda que o papa é considerado um paciente bastante frágil pela idade, pela falta de mobilidade e devido à existência de doenças respiratórias crônicas.
O papa foi internado no dia 14 com sintomas de bronquite e, nos exames, foram comprovadas uma infecção polimicrobiana e uma pneumonia bilateral.
O risco, afirmou o médico Sergio Alfieri, é que a infecção atinja a corrente sanguínea e leve a uma sepse, que é uma resposta inflamatória exacerbada do organismo a uma infecção.
Desde que entrou no hospital, a comunicação do Vaticano tem divulgado um boletim mais detalhado no fim do dia, no horário local, e uma nota breve pela manhã.
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode visitar Moscou, na Rússia, em 9 de maio, durante as celebrações do Dia da Vitória. A informação foi divulgada pelo jornal francês Le Point e repercutida pela agência estatal russa Ria Novosti. "No dia 9 de maio, segundo as nossas fontes, é provável que haja um convidado importante nas arquibancadas em Moscou: Donald Trump, ao lado de Vladimir Putin", escreveu o veículo francês.
Segundo o Le Point, além da comemoração da vitória da União Soviética sobre a Alemanha Nazista na Segunda Guerra Mundial, a visita também marcaria uma possível "vitória conjunta" de Trump e Putin nas negociações de paz sobre a Ucrânia. A notícia surgiu após Trump afirmar que a presença do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, nas negociações "não é muito importante", pois ele "torna muito difícil fazer acordos". O ex-presidente argumentou que Putin "não precisa de um acordo" e poderia "ficar com o país inteiro" se quisesse.
Recentemente, Trump acusou Zelensky de ser um "ditador sem eleições" após o líder ucraniano afirmar que o ex-presidente americano está preso em uma "bolha de desinformação russa". Enquanto isso, líderes europeus se reuniram em Paris para discutir a segurança na região e as garantias prometidas à Ucrânia. O presidente do Conselho Europeu, António Costa, visitará Kyiv na próxima segunda-feira para marcar o terceiro aniversário da invasão russa e reafirmar apoio ao governo ucraniano.
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE BERLIM, ALEMANHA (FOLHAPRESS) - Friedrich Merz caminha para ser o próximo primeiro-ministro da Alemanha. A liderança do conservador nas pesquisas, ainda que signifique uma guinada em diversos aspectos da política alemã, não supera o fato de que o mundo estará prestando mais atenção ao segundo lugar.
Neste domingo (23), na eleição parlamentar que define a 21ª legislatura do país no pós-guerra, a extrema direita deve alcançar seu melhor resultado em 90 anos.
Partido criado em 2013 para confrontar a condução econômica da Europa e que se degenerou rapidamente ao abraçar bandeiras populistas e xenófobas, a AfD (Alternativa para Alemanha) busca o resultado histórico com visibilidade quase planetária. Na esteira da vitória de Donald Trump, nos Estados Unidos, a legenda com integrantes investigados por discurso de ódio e neonazismo foi naturalizada por Elon Musk e incensada por diversos integrantes da "internacional reacionária".
A expressão cunhada no mês passado pelo presidente da França, Emmanuel Macron, reflete a preocupação da Europa democrática com o futuro político da Alemanha, sua maior economia, e com o do próprio continente. Em maior ou menor grau, a onda populista já prevalece em diversos países da União Europeia, como Itália, Holanda, Hungria e Áustria, mas alcançará novo patamar com uma presença forte no Bundestag, o Parlamento alemão.
Há bem mais em jogo do que o recrudescimento das políticas imigratórias ou recuos na questão ambiental, tão cara aos alemães. O discurso recente de J. D. Vance, vice-presidente americano, na Conferência de Segurança de Munique, chocou os europeus. Boris Pistorius, ministro alemão da Defesa, classificou a fala de Vance de inaceitável. "Ele compara a condição da Europa com o que está acontecendo em autocracias."
Vance criticou o Brandmauer, ou firewall, a prática do campo democrático de isolar a extrema direita no Parlamento. Repetiu a cantilena de que a liberdade de expressão é confrontada pela rígida legislação digital da União Europeia. A inversão de papéis e prioridades se completou nos dias seguintes, quando Trump se aproximou de Vladimir Putin e chamou Volodimir Zelenski de ditador.
A Europa se vê agora entre concordar com a Rússia, sua maior ameaça existencial, ou encarar sozinha o apoio à Ucrânia em uma guerra que acontece em seu território.
O conflito e suas consequências consumiram a coalizão de governo montada em 2021 por Olaf Scholz, 66. A inédita elevação de gastos com defesa, para 2% do PIB, deprimiu uma economia já estagnada. A matriz energética dependente do gás russo teve que ser repensada às pressas e com alto custo. Uma austeridade excessiva, condicionada por um freio da dívida pública, versão local do teto de gastos, piorou o cenário. Foi uma discussão sobre o instrumento que pôs fim à coalizão e precipitou a eleição, antes prevista para setembro.
Os alemães vão às urnas preocupados com o bolso. Greves pipocam pelo país desde o fim do ano passado. Na última semana, repleta de visitantes para o Festival de Berlim de cinema, a capital alemã ficou dois dias sem ônibus e metrô.
Merz, 69, promete destravar a economia, investindo contra a burocracia e a regulamentação excessiva e promovendo a digitalização. Absorveu também o discurso linha-dura da extrema direita contra a imigração, como boa parte dos conservadores europeus. Nessa ofensiva, arranhou o firewall, ao propor uma legislação restritiva e aceitar votos da AfD. Centenas de milhares foram às ruas para criticá-lo.
O político da CDU afirma que nunca fará uma coalizão com a legenda extremista e que não reagir aos recentes episódios de violência protagonizados por imigrantes só fará aumentar o apoio à AfD. O último aconteceu na noite de sexta-feira (21) em Berlim. Um refugiado sírio esfaqueou um turista espanhol que visitava o Memorial do Holocausto. A polícia prendeu o suspeito e investiga suas motivações. O homem agredido foi operado e está fora de perigo.
Surfar a onda populista de uma crise imigratória não é apenas opção ideológica da extrema direita alemã, mas talvez seu único argumento. Na área econômica, por exemplo, as soluções da AfD são histéricas: a saída da Alemanha da União Europeia e a volta do marco alemão. O potencial de desastre fez empresas alemãs de grande porte deixarem de lado a tradicional isenção para se posicionar contra um governo populista.
A líder da AfD, Alice Weidel, 46, vinda do mercado financeiro, ainda fala em derrubar as torres eólicas do país. Sua excelente formação, fluente até em mandarim, não bate com a agenda do próprio partido. Assim como sua vida pessoal –é casada com uma cineasta nascida no Sri Lanka, enquanto a AfD defende o "casamento tradicional".
Antes da atual campanha eleitoral, ela projetava seu partido no poder até 2029. Anabolizada por Musk, os EUA e a urgência da questão imigratória, agora prevê estar em uma coalizão de governo bem antes. "A AfD restará como sua única alternativa", disse Weidel a Merz no último debate do atual Parlamento, há duas semanas.
O conservador repetiu que não governará com a oponente. "Vocês são tudo o que não somos."
Os prisioneiros palestinos deveriam ter sido libertados no dia anterior, em troca de seis reféns israelenses em Gaza.
"Ao retardar a libertação dos nossos prisioneiros (...), o inimigo age como um bandido e coloca em grave perigo todo o acordo" de trégua, declarou à AFP Bassem Naïm, alto representante do Hamas. Ele apelou aos mediadores que facilitaram o acordo, "especialmente aos Estados Unidos", para que pressionem "o inimigo a cumprir o acordo e libertar imediatamente o grupo de prisioneiros".
Os combates entre as duas partes cessaram em 19 de janeiro, como parte de um acordo de cessar-fogo negociado por diversos mediadores internacionais: Estados Unidos, Catar e Egito.
Um voo da Delta Air Lines foi obrigado a retornar ao Aeroporto Internacional de Los Angeles, nos Estados Unidos, no sábado, após a detecção de fumaça a bordo.
O voo DL43 havia decolado do Aeroporto Internacional de Los Angeles com destino a Sydney, na Austrália, mas precisou alterar a rota e voltar para Los Angeles pouco depois.
À FOX News, um porta-voz da companhia aérea afirmou que "nada é mais importante do que a segurança" dos clientes e funcionários e, por isso, "a tripulação seguiu os procedimentos estabelecidos para retornar a Los Angeles após a detecção de fumaça na cozinha".
"Pedimos desculpas aos nossos clientes pelo atraso em suas viagens", acrescentou.
O Airbus A350-900 transportava 162 passageiros e aterrissou em segurança.
O pesado telhado de ferro do centro comercial Real Plaza em Trujillo, cidade na região de La Libertad, caiu na noite de sexta-feira sobre dezenas de pessoas que estavam no local.
Um balanço anterior dava conta de seis mortos e de pelo menos 78 feridos.
"É de salientar que, até à tarde de sábado, 22 de fevereiro, mais de 80 pessoas ficaram feridas e oito morreram, incluindo três menores", declarou, nesse mesmo dia, o Ministério do Interior em comunicado.
Dos feridos, cerca de trinta receberam alta hospitalar, ainda de acordo com as autoridades. Três crianças estão em "estado delicado", afirmou o presidente do Conselho de Ministros, Gustavo Adrianzén.
Ainda não é conhecida a razão do desabamento, mas os responsáveis do centro comercial asseguraram que foram cumpridos todos os protocolos de manutenção e controle.
A diretora de operações do Real Plaza, Garlet Rodríguez, disse aos jornalistas locais que o edifício passou por uma inspeção em setembro do ano passado e que "não houve observações estruturais de qualquer tipo".
Garantiu ainda que a empresa vai colaborar para esclarecer o sucedido.
Neste sentido, o Ministério Público reafirmou o compromisso de "investigar de forma rigorosa, objetiva e rápida para esclarecer o que aconteceu, identificar os responsáveis e puni-los atempadamente".
A presidente peruana, Dina Boluarte, afirmou que o que aconteceu deve ser investigado com rigor para punir severamente os responsáveis, acrescentando que os interesses económicos do investimento privado não devem sobrepor-se ao direito à vida.
O Real Plaza de Trujillo é o maior centro comercial do Peru fora de Lima, com 220 mil metros quadrados, e foi encerrado em 2023 devido a deficiências nas infraestruturas, sendo reaberto alguns dias depois.
O Papa Francisco passou uma noite "tranquila" no hospital e descansou, segundo informou o Vaticano neste domingo.
"A noite foi tranquila, o Papa descansou", diz a atualização mais recente da sala de imprensa do Vaticano.
Francisco, de 88 anos, está hospitalizado há mais de uma semana. Na noite de sábado, foi revelado que o Sumo Pontífice está em estado crítico e com prognóstico reservado, devido a uma crise respiratória asmática que exigiu grandes fluxos de oxigênio.
De acordo com informações do Vaticano, o Papa também recebeu transfusões de sangue devido a um problema associado à anemia e sentia mais dores do que na sexta-feira.
"Neste momento, o prognóstico é reservado", afirmou o Vaticano em comunicado.
Um novo relatório médico é esperado no meio da tarde.
Francisco está com pneumonia em ambos os pulmões. O Vaticano informou ainda que a principal ameaça à saúde do Papa é o risco de desenvolver sepse.
"A condição do Santo Padre continua crítica, por isso, como explicamos ontem [sexta-feira], o Papa não está fora de perigo", revelou o comunicado. A sepse é uma infecção grave no sangue que pode ocorrer como complicação de uma pneumonia.
Até sexta-feira, não havia indícios de septicemia, e o Papa Francisco estava respondendo aos vários medicamentos que está tomando, segundo a equipe médica do Vaticano. No entanto, o quadro se agravou desde a manhã de sábado.
Exames de sangue realizados ontem mostraram que Francisco apresentou uma contagem baixa de plaquetas, uma condição chamada trombocitopenia. As plaquetas são fragmentos celulares que circulam no sangue e ajudam na coagulação, prevenindo hemorragias e auxiliando na cicatrização de feridas.
O Papa Francisco, que tem uma doença pulmonar crônica e é propenso a bronquites no inverno, foi internado no hospital Gemelli em 14 de fevereiro.
A idade avançada do Papa, as complicações recorrentes com doenças pulmonares e os frequentes episódios de bronquite no inverno aumentam a preocupação dos médicos, que precisaram recorrer a oxigênio de alto fluxo para tentar controlar a doença.
O comunicado divulgado ontem, segundo a agência de notícias Associated Press, utilizou pela primeira vez a expressão "crise respiratória asmática de grande magnitude, que também requereu a aplicação de oxigênio com alto fluxo".
Além da atualização sobre seu estado de saúde, o Vaticano desmentiu os rumores e as notícias que sugeriam a possibilidade de renúncia do Papa.
Francisco foi hospitalizado em 14 de fevereiro, inicialmente devido a uma bronquite, mas a Santa Sé revelou na terça-feira que ele havia desenvolvido pneumonia em ambos os pulmões, uma infecção do tecido pulmonar que pode ser fatal.
Esta é a quarta hospitalização do Papa desde 2021, o que tem gerado grande preocupação, já que, aos 88 anos, ele enfrenta uma série de problemas de saúde nos últimos anos, incluindo cirurgias no cólon e no abdômen, além de dificuldades de locomoção.
Um teste de DNA revelou novas informações sobre a estátua da Virgem Maria – a Madonna di Trevignano – na pequena cidade de Trevignano Romano, a cerca de 50 quilômetros de Roma. A imagem teria vertido lágrimas de sangue, atraindo a curiosidade de milhares de visitantes desde 2016.
Uma análise feita pela Universidade de Roma Tor Vergata, divulgada pelo jornal italiano Corriere della Sera, indicou que as lágrimas na estátua correspondem ao material genético da dona da imagem, a vidente Gisella Cardia, responsável por organizar as peregrinações.
A conclusão refuta as alegações de que um fenômeno sobrenatural estaria por trás do sangue na estátua, algo que Gisella insistia em divulgar como um milagre.
Em 2023, moradores da cidade, céticos em relação à autenticidade do fenômeno, contrataram um investigador particular para verificar a veracidade das alegações da vidente, segundo o Daily Mail.
Os habitantes locais apresentaram evidências sugerindo que o líquido vermelho que escorria dos olhos da estátua era sangue de porco. Além disso, em 2020, já havia indícios de que o sangue na imagem era compatível com o de Gisella.
A vidente agora pode enfrentar um processo criminal por fraude. Os resultados oficiais serão divulgados na próxima sexta-feira, 28 de fevereiro.
Em março de 2024, líderes da Igreja Católica declararam o fenômeno falso e, em comunicado, o Vaticano proibiu celebrações ou peregrinações ao local dos supostos acontecimentos em Trevignano Romano, a cerca de 50 quilômetros ao norte da Santa Sé.
A advogada de Gisella, Solange Marchignoli, afirmou que a vidente "está muito bem" e que o DNA pode ser um perfil misto, já que "ela usou a estátua, beijou-a e a manuseou", segundo declarações ao Corriere della Sera.