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Received before yesterdayNotícias ao Minuto Brasil - Justiça

Vítimas de roubos violentos em SP restringem rotina e até mudam de país

24 de Fevereiro de 2025, 09:18

(FOLHAPRESS) - Casal de moradores do bairro Vila Nova Conceição, na zona oeste de São Paulo, voltava a pé de um jantar a quatro quadras de distância de casa quando foi interpelado por dois assaltantes em uma motocicleta, exigindo seus celulares. As vítimas lembram que era uma noite quente de agosto passado, e ainda havia bastante movimento na rua, quando foram alvos de quatro tiros em uma ação que durou 32 segundos.

 

O marido foi atingido no peito, e a mulher, na perna. Os disparos só não foram fatais porque os dois conseguiram correr para uma praça e se esconder entre arbustos. A bala ficou a 0,6 centímetros do coração dele. Os bandidos foram embora sem levar nada.

O casal, que pediu para não ser identificado, relembrou o trauma a caminho do aeroporto, na última quinta-feira (20). Estão de mudança para a Europa, plano que já estava no radar da família, mas foi acelerado diante do medo rotineiro que se traduziu em saídas esporádicas de casa e instalação de sensor de movimento nas portas e janelas. Eles também contam que se desfizeram do carro por "chamar atenção" de bandidos.

Restrições na rotina e mudanças drásticas de vida são relatos comuns de vítimas de assaltos violentos, em que há agressão e disparos de arma de fogo. Em caso recente em São Paulo, o ciclista Vitor Medrado não sobreviveu aos tiros à queima-roupa em frente ao Parque do Povo. Na semana passada, uma médica levou chutes e mordidas de um ladrão que levou sua aliança enquanto ela caminhava pelo bairro onde mora.

Dados oficiais do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) mostram que houve aumento de roubos ao longo de 2024 em 16 distritos, a maioria na zona oeste da cidade. A redução no geral foi de 13,6%, com 115.172 roubos na capital no passado, contra 133.324 contados em 2023.

Frequentadora da ciclovia do Rio Pinheiros, a gestora de negócios Tatiane Queiroz, 41, não conseguiu retomar a rotina de treinos desde que foi assaltada enquanto pedalava, há pouco mais de três meses.

Ela conta que o ladrão, que vinha a pé na direção contrária, pulou em cima dela e a derrubou da bicicleta, enquanto gritava "perdeu, perdeu". O tombo a deixou com hematomas no corpo e receio de ser atacada novamente. A bicicleta nova, presente do marido após o roubo, continua parada no bicicletário do prédio. "Não consegui voltar, nunca mais pedalei", diz. "Perdi a atividade física que eu mais gostava."

Nos casos do casal baleado e da ciclista, os bandidos foram presos. Mesmo assim, a sensação de insegurança permanece. "Quando eu vejo alguém na rua com as mesmas características dele, eu fico gelada na hora, me dá um aperto no peito", diz Tatiane.

Evitar situações e locais que remetam ao episódio de violência é uma forma recorrente e quase instintiva de se proteger, mas também representa um indício do desamparo a que a maioria das vítimas de violência é submetida, segundo a promotora Celeste Leite dos Santos, presidente do Instituto Pró-Vítima. "Essa pessoa passa a ter um problema de confiança na sociedade, em si mesma e no próximo", diz. "Estamos criando a sociedade do risco, do medo e da insegurança, quando se passa a não acreditar que o estado tem capacidade de nos prover."

Autora do Estatuto da Vítima, em tramitação no Congresso, a promotora avalia que a falta de assistência institucional faz com que essas pessoas sejam vistas pelas autoridades como meras provas processuais em uma investigação criminal. Isso quando a atitude de quem sofreu a violência não se torna alvo de questionamentos em juízo.

"Existe um movimento de analisar se a vítima é inocente, ou provocadora, ou ainda alguém que não se protegeu devidamente", diz a promotora. "Admitindo que vivemos em uma sociedade de risco, o estado deixa de ter a obrigação de fornecer essa segurança se a vítima se expôs ao risco desnecessariamente."

Assim como o casal da Vila Nova Conceição e a frequentadora da ciclovia, o autônomo Franklin Bruno Sousa, 28, lembra que demorou mais de um mês para sair de casa sem medo após ser espancado por quatro bandidos que levaram seu celular no largo do Arouche, no centro da capital, no ano passado.

Ele conta que voltava de um bar e parou em uma barraca de lanches a poucos metros de casa quando foi atacado. "Tentei correr, mas não deu certo. Me bateram muito no rosto e na cabeça, a cada soco eu apagava. Fiquei todo desfigurado", diz. "Eu moro no centro há 20 anos, esse era o caminho para a minha escola e até hoje sinto medo quando passo por lá."

O autônomo diz que não procurou ajuda profissional, apenas registrou um boletim de ocorrência e não teve mais resposta da polícia, assim como ocorre com a maioria das vítimas, segundo a psicóloga Maria Luiza Bullentini Facury. "O atendimento rápido é importante, senão pode entrar num estado de depressão e desenvolver transtorno de ansiedade generalizada em que qualquer pessoa que se aproxime pode ser vista como agressor, além de criar fobias, o que repercute na qualidade de vida."

Além de encarar a rotina apesar do trauma, a falta de assistência faz com que a vítima tenha medo de reconhecer o acusado ou comparecer às audiências e, consequentemente, o réu é absolvido. Isso explica a alta impunidade de roubos cometidos com violência.

"Existe a interpretação jurisprudencial de que o trabalho da polícia, isoladamente, não é prova. Tem que repetir tudo em juízo, ou seja, isso é uma revitimização, uma violência estatal", diz a promotora Celeste ao citar trecho do estatuto que altera essa dinâmica.

Por enquanto, um dos únicos serviços públicos que oferece ajuda nesses casos é o Cravi (Centro de Referência de Apoio à Vítima), que reúne equipe de psicólogos e assistentes sociais especializados em violência, com sede na Barra Funda.

Procurada, a secretaria da Segurança Pública do estado informou que, em 2024, prendeu 72.561 infratores e que 5.911 armas foram retiradas de circulação na capital e região metropolitana. O autor do ataque à médica foi preso e a polícia segue na busca pelo comparsa, segundo a pasta.

Leia Também: Jovem é morta a facadas dentro de apartamento em SP; namorado é suspeito

Jovem é morta a facadas dentro de apartamento em SP; namorado é suspeito

24 de Fevereiro de 2025, 09:00

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Uma jovem de 18 anos foi encontrada morta pela polícia dentro do apartamento da tia de seu namorado na zona leste de São Paulo. O caso foi registrado como feminicídio e o namorado é o principal suspeito.

 

Ana Carolina Pereira de Santana costumava dormir na casa do namorado aos finais de semana. A família alega que ela nunca reclamou sobre o comportamento de Lucas Alves Pereira, 18, nem sobre episódios de violência que poderia ter passado. O casal estava junto há quatro meses.

Vizinhos ouviram gritos por socorro. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo disse por nota que testemunhas ouviram uma discussão e pedidos de ajuda vindo do apartamento onde o casal estava, em Cidade Patriarca, na zona leste.

Polícia Militar localizou o corpo sem vida. Ao chegar no endereço da denúncia, os policiais acharam a vítima no chão da cozinha já sem vida com marcas de facadas. O Samu foi acionado e constatou o óbito no local.

Duas facas foram encontradas no apartamento. A polícia pediu exames para analisar as supostas armas do crime. O Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML) cuidarão dessa parte da investigação.

O suspeito foi visto fugindo do local. Segundo vizinhos, o jovem deixou o apartamento logo após o crime. A polícia está fazendo buscar para localizá-lo.
Pelas redes sociais, Lucas postou uma mensagem enigmática. O jovem fez uma publicação ontem em seus stories, no Instagram, que dizia: "Antes você sendo infeliz comigo do que feliz com outro ".

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Lei Maria da Penha se estende a casais homoafetivos e mulheres trans

23 de Fevereiro de 2025, 10:50

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) estendeu a proteção da Lei Maria da Penha a casais homoafetivos formados por homens e a mulheres travestis e transexuais. O plenário virtual da corte julgou a ação nessa sexta-feira (21) à noite.

O caso começou a ser analisado no último dia 14 e só teve o julgamento concluído ontem. Os ministros acolheram ação da Associação Brasileira de Famílias HomoTransAfetivas (ABRAFH), segundo a qual o Congresso Nacional se omite ao não legislar sobre o assunto.

Notícias relacionadas:

Para o relator, ministro Alexandre de Moraes, a ausência de uma norma que estenda a proteção da Lei Maria da Penha “pode gerar uma lacuna na proteção e punição contra a violência doméstica”.

Ampliação

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a proteção conferida pela Lei Maria da Penha deve ser estendida a casais homoafetivos formados por homens e a mulheres travestis e transexuais.

“Considerando que a Lei Maria da Penha foi editada para proteger a mulher contra violência doméstica, a partir da compreensão de subordinação cultural da mulher na sociedade, é possível estender a incidência da norma aos casais homoafetivos do sexo masculino, se estiverem presentes fatores contextuais que insiram o homem vítima da violência na posição de subalternidade dentro da relação”, destacou Moraes em seu voto.

“Isto porque a identidade de gênero, ainda que social, é um dos aspectos da personalidade e nela estão inseridos o direito à identidade, à intimidade, à privacidade, à liberdade e ao tratamento isonômico, todos protegidos pelo valor maior da dignidade da pessoa humana”, completou o ministro.

Em relação às mulheres transexuais e travestis, Moraes entendeu que a expressão “mulher” - contida na Lei Maria da Penha - abrange tanto o sexo feminino como o gênero feminino. Para o ministro, “a conformação física externa é apenas uma, mas não a única das características definidoras do gênero”.

"Há, portanto, uma responsabilidade do Estado em garantir a proteção, no campo doméstico, a todos os tipos de entidades familiares”, acrescentou Moraes em sua decisão.

Proteção

Sancionada em 2006, a Lei Maria da Penha estabelece medidas para proteger as vítimas de violência doméstica, como a criação de juizados especiais, a concessão de medidas protetivas de urgência e a garantia de assistência às vítimas.

Em relatório de 2022, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou que o crime mais frequente contra travestis e gays foi o homicídio (com 80% e 42,5%, respectivamente).

No caso de lésbicas, prevaleceram a lesão corporal (36%) e a injúria (32%). Mulheres trans apareceram como mais vitimizadas por crimes de ameaça (42,9%).

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) estendeu a proteção da Lei Maria da Penha a casais homoafetivos formados por homens e a mulheres travestis e transexuais. O plenário virtual da corte julgou a ação nessa sexta-feira (21) à noite.

O caso começou a ser analisado no último dia 14 e só teve o julgamento concluído ontem. Os ministros acolheram ação da Associação Brasileira de Famílias HomoTransAfetivas (ABRAFH), segundo a qual o Congresso Nacional se omite ao não legislar sobre o assunto.

Para o relator, ministro Alexandre de Moraes, a ausência de uma norma que estenda a proteção da Lei Maria da Penha “pode gerar uma lacuna na proteção e punição contra a violência doméstica”.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a proteção conferida pela Lei Maria da Penha deve ser estendida a casais homoafetivos formados por homens e a mulheres travestis e transexuais.

“Considerando que a Lei Maria da Penha foi editada para proteger a mulher contra violência doméstica, a partir da compreensão de subordinação cultural da mulher na sociedade, é possível estender a incidência da norma aos casais homoafetivos do sexo masculino, se estiverem presentes fatores contextuais que insiram o homem vítima da violência na posição de subalternidade dentro da relação”, destacou Moraes em seu voto.

“Isto porque a identidade de gênero, ainda que social, é um dos aspectos da personalidade e nela estão inseridos o direito à identidade, à intimidade, à privacidade, à liberdade e ao tratamento isonômico, todos protegidos pelo valor maior da dignidade da pessoa humana”, completou o ministro.

Em relação às mulheres transexuais e travestis, Moraes entendeu que a expressão “mulher” - contida na Lei Maria da Penha - abrange tanto o sexo feminino como o gênero feminino. Para o ministro, “a conformação física externa é apenas uma, mas não a única das características definidoras do gênero”.

"Há, portanto, uma responsabilidade do Estado em garantir a proteção, no campo doméstico, a todos os tipos de entidades familiares”, acrescentou Moraes em sua decisão.

Sancionada em 2006, a Lei Maria da Penha estabelece medidas para proteger as vítimas de violência doméstica, como a criação de juizados especiais, a concessão de medidas protetivas de urgência e a garantia de assistência às vítimas.

Em relatório de 2022, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou que o crime mais frequente contra travestis e gays foi o homicídio (com 80% e 42,5%, respectivamente).

No caso de lésbicas, prevaleceram a lesão corporal (36%) e a injúria (32%). Mulheres trans apareceram como mais vitimizadas por crimes de ameaça (42,9%).

Homem é encontrado esfaqueado e vivo dentro de rio em Santa Cruz do Sul

Um homem de 29 anos foi encontrado gravemente ferido dentro de um rio, no interior de Santa Cruz do Sul, no Brasil, no último sábado.

 

Ele havia sido esfaqueado e, após ser socorrido, foi levado para um hospital, onde passou por uma cirurgia.

Segundo o g1, um transeunte acionou as autoridades ao perceber um indivíduo caído debaixo de uma ponte no Rio Pardinho, com parte do corpo submerso.

As autoridades informaram que o homem relatou ter passado a noite no local. Ele foi encontrado em estado de choque e com a saúde bastante debilitada.

A Brigada Militar afirmou que a vítima teria sido sequestrada na noite de sexta-feira, quando saía de seu próprio estabelecimento comercial. Sua esposa percebeu o desaparecimento e registrou um boletim de ocorrência na mesma noite, relatando que o marido havia enviado uma mensagem – posteriormente apagada – dizendo que demoraria, além de não atender nenhuma ligação.

Além disso, foi realizada uma transferência bancária de mais de seis mil reais, aproximadamente mil euros, da conta do casal.

A polícia investiga o caso para identificar os responsáveis pelo crime.

Leia Também: Acusados de matar congolês em quiosque no Rio serão julgados em março

Acusados de matar congolês em quiosque no Rio serão julgados em março

22 de Fevereiro de 2025, 22:00

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) marcou para o dia 13 de março o julgamento dos réus acusados de assassinar o congolês Moïse Kabagambe em um quiosque na Barra da Tijuca. O júri popular está previsto para as 11h no Tribunal do Júri.  

 

O crime foi cometido em 24 de janeiro de 2022, por volta de 21h30, de acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). A família de Moïse diz que ele foi espancado até a morte depois de ter cobrado um pagamento atrasado.

Fabio Pirineus da Silva e Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca vão responder por homicídio qualificado, de acordo com os artigos 121, parágrafo 2º, do Código Penal. Brendon Alexander Luiz da Silva, que também responde pelo crime, ainda não teve o julgamento marcado.Segundo o MPRJ, o trio cometeu homicídio com crueldade e tratou Moïse como se fosse “um animal peçonhento”, desferindo golpes com um taco de beisebol, socos, chutes e tapas. Ainda de acordo com a denúncia, o crime foi praticado por motivo fútil, decorrente de uma discussão, e foi utilizado recurso que impossibilitou a defesa da vítima, já que o jovem foi derrubado e imobilizado enquanto era espancado e depois teve os pés e as mãos amarrados.

Pai se passa por filha de 12 anos e espanca estuprador em Campo Grande

Um pai de 40 anos, residente em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, agiu por conta própria e espancou um homem suspeito de estuprar sua filha de 12 anos. A ação ocorreu na manhã da última quarta-feira, após o pai descobrir que o agressor vinha assediando a menina na escola.

 

O homem de 40 anos descobriu que o agressor abordava a menor na escola e criou um vínculo com ela. Ao ter pedido de sexo negado, ele disse que mataria os pais dela. O estupro ocorreu dentro da casa da vítima, ainda em dezembro de 2024. 

Utilizando-se da rede social da filha, o pai conseguiu atrair o suspeito para uma praça no bairro Santa Luzia, próximo a uma creche. Ao perceber que seria alcançado, o suspeito sacou o que o pai acreditava ser um revólver e apontou em sua direção.

Mesmo diante da ameaça, o pai conseguiu tomar a arma do suspeito e o espancou violentamente, causando fraturas em suas costelas e braços. Emocionado e revoltado, o pai desabafou sobre a dor de ver sua filha ser vítima de um crime tão brutal.

A família da menina já havia prestado queixa na Delegacia de Atendimento à Mulher, denunciando os abusos. O pai lamentou que, apesar dos crimes cometidos pelo suspeito, ele próprio poderá responder por lesão corporal dolosa.

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Reveladas mensagens deixadas por mulher que deu bolo envenenado à família

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul encerrou as investigações sobre o envenenamento de quatro membros da mesma família em Torres, no litoral norte do estado. Deise Moura dos Anjos foi apontada como a responsável pelos crimes, que ocorreram em dois momentos. Em setembro de 2024, o sogro de Deise morreu após ingerir alimentos com substâncias tóxicas. Em dezembro, três mulheres da família morreram após comer um bolo envenenado com arsênio durante um café da tarde. As vítimas eram Maida Berenice Flores da Silva, Neuza Denize Silva dos Anjos e Tatiana Denize Silva dos Anjos.

 

Deise, que estava presa desde janeiro, foi encontrada morta na cela da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba antes de ser indiciada. Na cela, foram encontrados recados escritos por ela, incluindo mensagens direcionadas à sogra, Zeli dos Anjos, a quem atribuiu 20 anos de conflitos familiares: "Muito obrigada por esses 20 anos que fizeram da minha vida de casada um inferno. Mais uma vez, eu sou a vilã e você, a mocinha", escreveu.

Além das cartas, havia uma camiseta em que Deise se declarava inocente. Como Deise morreu antes do indiciamento, o Código Penal determina a extinção da punibilidade, e o Ministério Público deve solicitar o arquivamento do caso.

O crime abalou a comunidade local, especialmente porque Zeli, apontada como o alvo do envenenamento, sobreviveu após ser hospitalizada. Uma criança de 10 anos que também ingeriu o bolo envenenado se recuperou completamente. A investigação concluiu que sete pessoas estavam reunidas no dia do envenenamento e que o bolo foi preparado por Zeli em Arroio do Sal, mas contaminado por Deise antes de ser servido em Torres.

Leia Também: Militar é preso por filmar jovem que ateou fogo em morador de rua no Rio

Mulher é morta a facadas em centro de acolhida na zona norte de SP

22 de Fevereiro de 2025, 07:36

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma mulher de 46 anos foi atacada e morta a facadas no Centro de Acolhida para Mulheres Lila Covas, na zona norte de São Paulo, na noite desta quinta-feira (20. Um funcionário da unidade tentou impedir o ataque, também foi esfaqueado e está internado.

 

A vítima estaria dormindo quando foi atacada por uma mulher de 36 anos, que também era atendida no local. Segundo a SMADS (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social), houve uma discussão entre as duas. Depois, a vítima foi ferida e morreu. Não há informações sobre o motivo da briga.

O funcionário que tentou intervir foi socorrido e levado ao Hospital Cachoeirinha, onde permanece internado.

A agressora foi detida pela GCM (Guarda Civil Municipal), levada ao Hospital do Mandaqui e, posteriormente, ao 13° DP (Casa Verde).

Ambas eram atendidas pela rede socioassistencial desde dezembro de 2024. A secretaria disse que comunicou a família da vítima e segue acompanhando e colaborando com a investigação.

A SSP (Secretaria da Segurança Pública) afirmou que a agressora foi presa em flagrante.

O Centro de Acolhida para Mulheres Lila Covas foi inaugurado em março de 2024, na Vila Siqueira, e oferece acolhimento exclusivo para mulheres, com cem vagas, das quais 30 são destinadas a idosas. O serviço oferece suporte às acolhidas, incluindo alimentação e espaço para higiene pessoal.

Militar é preso por filmar jovem que ateou fogo em morador de rua no Rio

Miguel Felipe dos Santos Guimarães da Silva, soldado do Exército, de 20 anos, foi preso na sexta-feira (21), suspeito de gravar e transmitir ao vivo um adolescente atear fogo em um homem em situação de rua. 

 

O crime ocorreu em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Ludierley Satyro José, de 46 anos, teve queimaduras em 60% do corpo e está internado no Hospital municipal Lourenço Jorge em estado considerado estável pelos médicos.

As investigações mostram que o ataque foi motivado por um desafio lançado numa comunidade no Discord. O menor apreendido e o militar preso receberam cerca de R$ 2 mil para cometer os crimes. Desse valor, R$ 250 já haviam sido repassados. A polícia agora tenta identificar a pessoa que teria feito os pagamentos.

Durante a transmissão, o adolescente ateou fogo na vítima, e a gravação foi compartilhada ao vivo para uma audiência de mais 200 pessoas, segundo aponta investigação da polícia.

De acordo com o Extra, o militar foi detido por homicídio triplamente qualificado, apologia ao nazismo, associação criminosa e corrupção de menores. Além disso, ele foi encontrado com conteúdo pornográfico infantil, o que agravou as acusações. A polícia havia emitido um mandado de prisão contra ele, que não sabia da ordem judicial até ser abordado.

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Mulher é baleada no quintal de casa durante operação policial no Rio

21 de Fevereiro de 2025, 20:36

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Uma operação da Polícia Militar em diferentes comunidades da zona norte do Rio de Janeiro deixou uma mulher baleada e dois policiais feridos nesta sexta-feira (21). Moradores relataram intenso tiroteio desde as primeiras horas da manhã.

 

Alessandra da Silva Castela, 50, foi atingida na perna enquanto estava no quintal de casa, no Morro da Fé, no Complexo da Penha.

Segundo a PM, a vítima foi socorrida por policiais militares e levada ao Hospital Estadual Getúlio Vargas. A direção da unidade de saúde informou que a paciente recebeu atendimento e teve alta no início da tarde.

Durante outra ação na comunidade do Juramentinho, em Vicente de Carvalho, dois policiais militares foram feridos por estilhaços e encaminhados ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier. Eles foram medicados e liberados.

Outro agente teve um mal súbito e também foi levado ao Getúlio Vargas, onde aguarda transferência para dar continuidade ao tratamento, de acordo com a PM.

Barricadas em chamas foram registradas nos acessos às comunidades, dificultando a entrada dos policiais. Segundo a Polícia Militar, cerca de dez toneladas de barricadas foram removidas.

A plataforma Fogo Cruzado notificou disparos no Ipase por volta das 6h.

Segundo a Polícia Militar, as operações aconteceram simultaneamente em diferentes comunidades da região. O batalhão de Olaria (16º BPM) atuava no Morro da Fé e do Sereno, enquanto agentes do batalhão de Irajá (41º BPM) estavam no Morro do Trem, Ipase e Juramento. Já policiais do 3º BPM (Méier) faziam operação na comunidade do Juramentinho.

Ainda de acordo com a corporação, dois veículos foram recuperados e entorpecentes foram apreendidos. As ocorrências foram encaminhadas para a delegacia de Vicente de Carvalho.

As ações afetaram serviços essenciais na região da Penha. A Secretaria Municipal de Educação informou que 15 escolas da região foram fechadas, enquanto duas clínicas da família suspenderam os atendimentos.

O RioÔnibus, sindicato que representa as empresas de transporte, informou que ao menos três linhas tiveram seus itinerários alterados. Por volta das 15h, a circulação já havia sido normalizada.

Operação contra jogo do bicho prende 50 pessoas ligadas a Rogério de Andrade no Rio

21 de Fevereiro de 2025, 18:00

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Uma operação contra o jogo do bicho no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (21), prendeu 50 pessoas suspeitas de pertencerem a uma organização criminosa comandada pelo contraventor Rogério de Andrade.

 

A Operação Safari, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Rio, visa fechar dezenas de pontos de exploração do jogo ilegal em vários bairros da capital fluminense que seriam controlados pelo grupo de Rogério.

"A operação de hoje teve sua gênese no mapeamento de pontos do bicho pertencentes a Rogério de Andrade, cuja organização criminosa persiste em suas atividades ilícitas. A ação estratégica permitirá seguirmos o rastro do dinheiro do bicho", afirmou a promotora Letícia Emile, coordenadora do Gaeco.

Segundo o Ministério Público, além das prisões, os agentes apreenderam grande quantidade de material relacionado ao esquema. O levantamento dos pontos de jogo foi realizado a partir de um trabalho de inteligência conduzido pela Promotoria.

Segundo o Gaeco, a operação faz parte de um conjunto de ações estratégicas contra o crime organizado no estado.

Cerca de cem agentes e 50 viaturas foram mobilizados na ação, que contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público, da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados e do Departamento Geral de Polícia Especializada, da Polícia Civil.

A operação ocorre enquanto Rogério de Andrade segue preso no presídio federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. O contraventor foi detido no fim de outubro de 2024, na Operação Último Ato, que mirou sua organização criminosa. Ele é apontado como o mandante da morte do também bicheiro Fernando Iggnácio, assassinado em novembro de 2020 na zona oeste do Rio.

A Promotoria afirmou que a nova denúncia contra Rogério apresenta provas que o indicam como mentor do crime. Iggnácio, genro e sucessor do contraventor Castor de Andrade, foi morto ao desembarcar de um helicóptero vindo de Angra dos Reis. Ele foi atingido por disparos de fuzil.

O advogado Raphael Mattos, que representa Rogério de Andrade, entrou com dois pedidos de habeas corpus: um para revogar sua prisão preventiva e outro para suspender sua inclusão no Regime Disciplinar Diferenciado. Ambos foram negados pela desembargadora Elizabete Alves de Aguiar, da 8ª Câmara Criminal do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio.

Na decisão que determinou a prisão do contraventor, a Justiça destacou que ele é chefe de um grupo criminoso envolvido em homicídio, corrupção, lavagem de dinheiro e contravenção, além de manter contatos com órgãos de segurança estaduais. A transferência para um presídio federal foi considerada necessária para impedir sua interferência nas investigações em curso.

Polícia conclui que Deise Moura dos Anjos foi responsável por quatro mortes no RS

21 de Fevereiro de 2025, 13:48

(FOLHAPRESS) - A Polícia Civil do Rio Grande do Sul divulgou na manhã desta sexta-feira (21) a conclusão das investigações do caso do bolo envenenado com arsênio em Torres (a 190 km de Porto Alegre), que causou a morte de três pessoas da mesma família em dezembro de 2024.

 

A investigação apontou que Deise Moura dos Anjos, 42, envenenou o doce. Ela teve da prisão preventiva decretada em 5 de janeiro e foi encontrada morta na cela em que estava presa no dia 13 de fevereiro -a perícia confirmou o suicídio.

Ela também foi a responsável pela morte do sogro, Paulo dos Anjos, segundo a polícia. Ele havia morrido em setembro, e o óbito foi atribuído a uma infecção alimentar. Com a morte de outros parentes por envenenamento, a polícia decidiu exumar o corpo, no qual também foi encontrado arsênio.

"Ela é a única autora até o momento deste fato criminoso. Em razão de seu falecimento, de ela ter tirado a própria vida no presídio de Guaíba, levou à extinção da punibilidade", disse o delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil.

Após ser presa, Deise havia escrito em uma camiseta que não era assassina. Segundo o seu advogado, ela sofria de depressão e precisava de tratamento.
O crime ocorrido no litoral gaúcho chocou o país. Na antevéspera do Natal de 2024, sete pessoas da família estavam reunidas, quando seis delas começaram a passar mal após consumirem pedaços de um bolo.

Um dos convidados não ingeriu o doce, que tinha sido preparado por Zeli dos Anjos, 61, sogra de Deise, no município de Arroio do Sal e levado para Torres.
Seis pessoas consumiram o alimento envenenado, resultando em três mortes: Maida Berenice Flores da Silva, 59, Neuza Denize Silva dos Anjos, 65, e Tatiana Denize Silva dos Anjos, 47 -respectivamente irmãs e sobrinha de Zeli.

Uma criança de dez anos, filho de Tatiana, também ingeriu o bolo e chegou a ser internada, mas recebeu alta logo depois. O marido de Maida também sobreviveu.

Zeli ficou internada por três semanas até receber alta. Ela chegou a receber uma cesta de alimentos levadas por Deise ao hospital.

Em 12 de fevereiro, o IGP (Instituto-Geral de Perícias) do Rio Grande do Sul divulgou laudo apontando que os alimentos levados por Deise ao hospital não continham veneno.

A perícia encontrou altas dosagens de arsênio na farinha que a sogra de Deise usou para preparar o bolo.

A polícia também achou notas de compra de arsênio em um celular dela que foi apreendido.

No dia 13 de fevereiro, Deise foi encontrada morta na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba (na região metropolitana da capital), presídio para o qual ela tinha sido transferida uma semana antes, por questões de segurança.

Na ocasião, as autoridades gaúchas disseram que ela estava sozinha na cela e que, ao encontrarem a mulher desacordada, os agentes acionaram o Samu (Serviço de Atendimento Médico e Urgência). Quando a equipe chegou ao local, porém, ela já estava sem vida.

Um dos episódios que também era suspeito foi a morte de José Lori da Silveira Moura, seu pai, ocorrida em 2020, aos 67 anos, que na época foi atribuída à cirrose.

Na primeira entrevista após ter alta, em 16 de fevereiro, Zeli afirmou que não imaginava que a nora poderia fazer algo assim.

"Eu sabia que ela era má, ela ficava com raiva por muito pouca coisa. Mas nunca que fosse chegar a um nível desses", disse a sogre da Deise ao programa Fantástico, da TV Globo.

Leia Também: Mulher suspeita de envenenar familiares é encontrada morta em cela no RS

Polícia investiga morte de mulher em clínica estética em Salvador

20 de Fevereiro de 2025, 18:24

MACEIÓ, AL (FOLHAPRESS) - havia médico e equipe de plantão na unidade A Polícia Civil da Bahia investiga a morte de uma mulher em uma clínica estética no bairro Ondina, em Salvador.

 

Verusca Rendall de Carvalho, 54, morreu na terça-feira (18) na Clinday após a realização de procedimentos nas mamas, no abdômen e nos glúteos. De acordo com a investigação, os procedimentos duraram cerca de 15 horas.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi chamado, mas a paciente não resistiu.

Em nota, a Clinday lamentou a morte de Verusca e disse que tem 20 anos de atuação no mercado, com mais de 10 mil procedimentos realizados.

Afirmou, ainda, que possuía médico e equipe de plantão na unidade e que os profissionais já prestaram depoimento à polícia.

"A Clinday sempre ofereceu aos seus pacientes estrutura moderna, seguindo os mais rigorosos protocolos de qualidade e contínuo compromisso com a segurança e qualidade no atendimento", diz trecho da nota.

A investigação é conduzida pela 7ª Delegacia Territorial de Rio Vermelho.

O DPT (Departamento de Polícia Técnica) afirma que o laudo da necropsia deve ficar pronto em dez dias, prazo que poderá ser prorrogado caso haja necessidade de exames complementares.

Celular de jornalista desaparecida está ligado, mas chamadas não são atendidas, afirma polícia

20 de Fevereiro de 2025, 05:00

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Policiais do Deat (Delegacia Especial de Atendimento ao Turista), no Rio de Janeiro, afirmam que o telefone celular da jornalista britânica Charlotte Alice Peet, 32, está ligado, mas as chamadas não têm sido atendidas. Ela está desaparecida há 11 dias, segundo amigos e familiares, após afirmar que viajaria do Rio de Janeiro com destino a São Paulo.

 

Os investigadores realizaram diversas ligações para o celular de Charlotte na segunda (17), dia em que foi feito o registro do desaparecimento, mas não conseguiram contato com a jornalista.
Policiais ouvidos pela reportagem não descartam a possibilidade de a britânica ter cortado relações temporariamente com a família e amigos. No Rio de Janeiro, segundo levantamento da delegacia especializada em Paradeiros, essa é a principal causa de desaparecimentos de adultos: o corte voluntário de vínculo.

A delegacia transferiu a investigação para o DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa), em São Paulo, já que esse foi o último estado em que Charlotte mencionou a uma amiga que estava, no dia 8 de fevereiro.

Para auxiliar na investigação, a família cedeu à polícia o número da conta bancária da jornalista, além do IMEI do seu celular, cópia do passaporte e da passagem que ela utilizou na viagem para o Brasil.

Segundo o relato de uma amiga americana à polícia, Charlotte entrou em contato via WhatsApp, no dia 8 de fevereiro, e informou que estava em São Paulo. Ela mencionou que planejava seguir para o Rio de Janeiro e precisava de um lugar para ficar. No entanto, a amiga respondeu que sua casa estava lotada e não poderia hospedá-la. Depois disso, elas não se falaram mais.

Dias depois, a família da britânica entrou em contato com a amiga e disse que não conseguia falar com Charlotte.

De acordo com relatos de amigos, a jornalista -que trabalha no Brasil como freelancer desde 2020- voltou a Londres no final de 2023, após pedido da família. Charlotte retornou ao Brasil em novembro do ano passado.

Em nota, a Embaixada Britânica no Brasil afirmou que está "auxiliando a família da cidadã britânica e em contato com as autoridades locais".

Charlotte é jornalista freelancer e faz reportagens do Brasil para veículos como Al Jazeera, The Telegraph, The Evening Standard, The Times e The Independent.

Leia Também: Jornalista britânica está desaparecida há 10 dias em São Paulo

Grupo invade viatura e mata suspeito de assassinar criança de 2 anos em PE

19 de Fevereiro de 2025, 14:00

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Uma multidão invadiu um carro da polícia e linchou o suspeito de matar uma criança de 2 anos em Tabira, no Sertão de Pernambuco, na noite desta terça-feira (18). O homem foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

 

Homem foi preso pelo assassinato de um menino de dois anos. Segundo informações da Polícia Militar, em uma ação conjunta com a Polícia Civil, a corporação identificou e prendeu Antônio Lopes e sua mulher por serem suspeitos de matar uma criança de dois anos no último domingo (16). Os dois foram localizados na zona rural da cidade de Carnaíba.

População invadiu viatura a caminho da delegacia. Já na chegada a Tabira, próximo a delegacia, o carro da polícia foi parado por uma multidão que conseguiu abrir as portas do veículo e retirar o homem.

A outra suspeita está sob custódia. Em nota, a Secretaria de Defesa Social informou que a mulher está detida, porém, por "questões de segurança" não vai fornecer mais informações sobre ela.

Vídeos mostram linchamento. Em filmagens compartilhadas nas redes sociais, é possível ver o grupo reunido em volta da viatura e o momento em que eles retiram Antônio do veículo. As agressões também foram filmadas.

A Polícia Civil investiga o caso. Em nota, a corporação informou que "instaurou inquérito para apurar o linchamento e identificar quem participou da ação". Afirmou também que a conduta dos policiais responsáveis pela prisão de Antônio também será avaliada. Por fim, ressaltou que as investigações a respeito da morte do menino continuam.

MORTE DO MENINO

Criança deu entrada no hospital com lesões no corpo. Segundo a polícia, o menino foi levado ao hospital no domingo (16), mas não resistiu aos ferimentos.

Caso foi registrado como violência doméstica/familiar. Ainda de acordo com a corporação, as investigações pela delegacia de Tabira continuam.

Rio, Recife, Belém e Salvador tiveram mais de 6 mil tiroteios em 2024

19 de Fevereiro de 2025, 08:20

Relatório anual do Instituto Fogo Cruzado indica que, em 2024, foram registrados 6.769 tiroteios nas regiões metropolitanas de Rio de Janeiro, Recife, Belém e Salvador. Como resultado, foram 5.936 pessoas baleadas, 4.104 mortos e 1.832 feridos. Quase um terço do total de tiroteios monitorado (29%) ocorreram durante ações policiais.  

 

Segundo o instituto, o mapeamento nessas quatro metrópoles, que abrangem Sudeste, Nordeste e Norte do país, possibilita identificar padrões comuns e especificidades regionais no uso da força letal pelo Estado. Além disso, é possível compreender a dimensão dos conflitos entre grupos armados no cotidiano de grandes centros urbanos.

“A violência armada segue como um grande desafio. Os impactos são devastadores, especialmente para crianças, adolescentes e comunidades vulneráveis. A flexibilização do acesso a armas de fogo, sem o acompanhamento dos mecanismos de fiscalização, combinada com uma política de segurança pública centrada no confronto, tem contribuído para a manutenção deste ciclo de violência, algo que não é novidade, mas que vem aparecendo a cada novo relatório anual”, analisa Cecília Olliveira, diretora-executiva do Instituto Fogo Cruzado. 

Os dados do estudo reforçam o argumento. Entre 2017 e 2023, houve aumento de 227% no número de armas registradas. No total, há cerca de 4,8 milhões de armas em posse da população civil. 

Outro dado preocupante é o de pessoas que morreram em confrontos com agentes de segurança: entre 2015 e 2024, foram 51 mil pessoas.

Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro registrou 2.532 ocorrências de disparos de arma de fogo ao longo de 2024, com uma média de sete tiroteios diários na região metropolitana. Esse é o menor índice contabilizado pelo instituto desde 2017, no início da série histórica. O pico foi em 2018, com 9.633 registros.

Apesar da redução, 2024 teve a maior proporção de tiroteios policiais já registrada, sendo 36% relacionados a operações policiais. Foram afetadas 1.968 unidades de ensino e 1.136 unidades de saúde. Também houve recorde no número de crianças baleadas no ano passado. Foram 26 jovens até 11 anos de idade baleados, maior índice da série histórica.

Pernambuco

Na região metropolitana do Recife, houve queda de 1.827 tiroteios em 2023 para 1.748 em 2024, redução de 4%. Mesmo assim, o número de registros em 2024 é o segundo maior da série histórica.

Segundo o Fogo Cruzado, Pernambuco tem os índices mais preocupantes de violência do estudo, com 97% dos disparos ocorridos na região metropolitana resultando em vítimas, o maior índice em todos os estados mapeados pelo instituto.

Em 2024, o número de crianças e adolescentes baleados atingiu recorde, com 147 baleados, resultando em 101 mortes. Desde 2019, já são 735 casos de jovens até 17 anos de idade baleados.

Bahia

Na região metropolitana de Salvador, os números tiveram pequena redução de 0,4% em comparação a 2023. Foram 1.795 ocorrências de disparos de arma de fogo em 2024, contra 1.804 no ano anterior. Em média, a Bahia registrou cinco tiroteios diários na região metropolitana, com 38% dos confrontos originados em ações policiais. No ano anterior, essa proporção foi de 36,5%.

Em 2024 foram registradas 27 registradas chacinas, resultando na morte de 92 civis. Em 2023, foram 48 chacinas, com 190 mortos. Em 2024, 59% das chacinas aconteceram em ações policiais. Em 2023, a taxa foi de 69%. A polícia ainda é responsável por mais da metade das chacinas ocorridas na região.

Pará

No Pará, foram 694 tiroteios registrados na região metropolitana de Belém, sendo que 42% ocorreram durante ações policiais. É o maior índice entre os quatro estados monitorados, superando Rio de Janeiro (36%) e Bahia (38%).

Dos 686 baleados em 2024, 96 vítimas foram atingidas em ataques armados e somente duas pessoas ficaram feridas por balas perdidas.

Medidas urgentes

Diante dos números preocupantes da violência armada, a diretora do Fogo Cruzado defende a urgência de políticas públicas coordenadas e baseadas em evidências.

“Há 8 anos apresentamos números que traduzem a dor das famílias e o medo do cidadão. Há 8 anos vemos mais do mesmo nas políticas públicas de segurança. É preciso pensar em estratégias com metas claras, planejadas a partir dos dados produzidos pelo poder público e sociedade civil, com atenção especial para a fiscalização, o controle de armas e a reformulação das estratégias de enfrentamento, que precisam ser calcadas em evidências e inteligência. A violência é hoje a maior preocupação do brasileiro, superando saúde e educação”, defende.

Derrite diz que polícia prendeu chefe de quadrilha envolvida na morte do ciclista Vitor Medrado

19 de Fevereiro de 2025, 06:50

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que a polícia paulista prendeu a chefe de uma quadrilha de assaltantes que atua em bairros ricos da capital e estaria envolvida no crime que causou a morte do ciclista Vitor Medrado, 46, na quinta-feira (13), no entorno do Parque do Povo, na zona oeste.

 

De acordo com o chefe da pasta, ela foi identificada como Suedna Barbosa Carneiro, 41. A suspeita não apresentou defesa. Segundo a polícia, ela negou em depoimento que fomente a quadrilha, mas admitiu que armas e outros objetos apreendidos com ela são roubados.

"Chegamos às informações de uma quadrilha, e a chefe dessa quadrilha mora e atua em Paraisópolis. Ela fomenta, contrata essa rede criminosa de assaltantes, que cometem esses assaltos e levam os produtos para ela, para que ela fomente essa cadeia. Hoje, as operações cumpriram diligências em Paraisópolis e levaram à prisão da chefe dessa quadrilha. É uma mulher de apelido Mainha do Crime", afirmou em entrevista ao Bom dia SP, da TV Globo.

Suedna já respondeu por porte ilegal de arma e receptação, segundo Derrite. Com ela foram encontrados três armas, 18 celulares, R$ 21 mil, computadores, motos e joias, entre outros itens -como capacetes e bolsas de entrega usadas por criminosos que se passam por entregadores de aplicativos.

A investigação que levou à prisão de Suedna teve início com a morte do delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior em Santo Amaro, na zona sul da capital, em meados de janeiro. Policiais começaram a analisar imagens de câmeras de segurança nas ruas -tanto do programa municipal Smart Sampa quanto outras que integram a rede de segurança estadual- para rastrear o trajeto feito pelos assaltantes.

O monitoramento apontou que os integrantes da quadrilha, de moto, saíam e voltavam para a região de Paraisópolis. De lá, iam para bairros como Campo Belo e Santo Amaro para os assaltos.

De acordo com o delegado Marcel Druziani, titular do 11º DP (Santo Amaro), a prisão de um suspeito de envolvimento no caso de janeiro ajudou nas investigações.

"A função dela nesse crime é fornecer armamento mediante paga [aluguel] e comprar os objetos que são roubados por essas equipes de ladrões. Então, ela faz parte já da investigação da morte do doutor Belarmino porque ela forneceu arma, ela forneceu os capacetes, a bag. E ela, talvez, tenha comprado o celular dele", disse Druziani.

Suedna seria muito conhecida em Paraisópolis, segundo Druziani. "Ela já foi presa. Ela é contumaz com essa conduta de comprar objetos roubados e de fornecer armamento para ladrões. Ela já foi presa por esse motivo em outras situações", disse.

A quadrilha ainda pode ter ligação com a tentativa de assalto à médica Marilia de Godoy Dalpra, 67, que foi agredida na madrugada de sábado (15), no bairro Continental, zona oeste, disse o delegado, porque o modus operandis é o mesmo.

Em depoimento, Suedna admitiu, de acordo com Druziani, que as armas e os outros materiais são roubados, mas negou que fomente o crime.

"Tem um relacionamento antigo entre eles e realmente há essa troca de favores, vamos dizer assim. Ela cede as armas por dinheiro e eles usam as armas, depois devolvem", explicou.

Vitor Medrado foi morto na quinta-feira (13), por volta das 6h10, quando aguardava uma aluna. Com a cabeça baixa de olho na tela do celular, em cima da bicicleta, ele não percebeu a chegada da dupla de ladrões que se aproximou de moto. O garupa atirou, pegou o celular de Medrado, pulou de volta na moto e os dois fugiram. Testemunhas disseram à polícia que os criminosos não anunciaram o assalto, já atiraram assim que o abordaram.

O ciclista foi socorrido ainda na calçada por um médico que também treinava no parque e fez as manobras de reanimação até a chegada dos paramédicos. Ele foi levado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu ao ferimento.

Os suspeitos de terem matado o ciclista ainda não foram identificados nem presos.

"As investigações continuam, nossa força-tarefa está nas ruas e nós não vamos parar enquanto não identificarmos, qualificarmos e prendermos esses criminosos que vitimaram o Vitor", afirmou o chefe da pasta da Segurança.

Derrite ainda disse que a perícia vai verificar se as armas apreendidas na casa da suspeita foram usadas na morte do ciclista.

Seis homens da mesma família são assassinados em chacina em Pernambuco

18 de Fevereiro de 2025, 15:36

MACEIÓ, AL (FOLHAPRESS) - Seis homens da mesma família foram assassinados a tiros em uma chacina no município de Abreu e Lima (PE), no Grande Recife, na madrugada desta terça-feira (18).

 

O crime aconteceu dentro de uma residência localizada no Sítio Pitanga, na comunidade de Chã de Cruz. Entre as vítimas, havia um menor de idade. A Polícia Civil de Pernambuco não divulgou os nomes.

Os responsáveis pelo crime fugiram e ainda não foi esclarecida a motivação, segundo a corporação.

Informações preliminares indicam que homens encapuzados invadiram a residência e abriram fogo contra os homens. Eles teriam chegado em motos.

Equipes do Instituto de Criminalística já estiveram no local e recolheram os elementos balísticos para fazer as análises pertinentes ao caso.

A ocorrência foi atendida pela Polícia Militar, que encontrou os seis homens sem vida e sinais de violência na residência. Os suspeitos já haviam fugido.

Polícia prende suspeito de morder médica de 67 anos para roubar aliança em SP

18 de Fevereiro de 2025, 08:50

(FOLHAPRESS) - A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira (17) um dos suspeitos de chutar o corpo e morder a mão da médica ginecologista Marilia de Godoy Dalpra, 67, durante tentativa de assalto na madrugada de sábado (15). Os dois criminosos queriam levar duas alianças da mulher.

 

A prisão foi anunciada pelo secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, nas redes sociais.

"Espero que dessa vez ele fique preso, já que tem passagem por roubos e desde agosto cumpria pena em regime aberto", disse o secretário.

A vítima fazia exercícios físicos na avenida Doutor Francisco de Paula Vicente, no bairro Continental, zona oeste de São Paulo, quando foi abordada pelos assaltantes.

Uma câmera de segurança registrou as cenas de violência. Marília levou ao menos sete chutes, já caída no chão, além de dentadas nos dedos em que usava as alianças.

As agressões provocaram um pneumotórax e um derrame pleural, além de fraturas em uma costela e em uma parte da vértebra. A médica passou dois dias em um hospital e teve alta nesta segunda.

"Eles me agrediram bastante, me derrubaram no chão", ela contou em entrevista à CNN. "No caminho (para o hospital) eu senti que estava mal. Senti gosto de sangue na boca".

Marília corria na avenida há 15 anos, sempre no mesmo horário (4h40). Ela nunca havia enfrentado problemas, até sábado. Depois do assalto, disse que vai parar de correr de madrugada.

Os ladrões passaram de moto no momento em que a vítima corria e pararam para assaltá-la. A mulher pediu socorro várias vezes e chegou a correr para tentar escapar da dupla.

Os dois perseguiram a vítima e insistiram na retirada da aliança.

"Dá a aliança, dá a aliança", disse um deles. "Ela não sai, ela não sai", respondeu a vítima. "Eu vou tentar tirar, eu vou tentar", repetiu.

Ela fez mais uma tentativa de escapar dos dois homens, quando foi derrubada no chão e recebeu pontapés em várias partes do corpo, caída e imobilizada pelo outro homem. Enquanto era agredida, a mulher tentava explicar que as alianças estavam presas nos dedos.

O homem que deu os chutes chegou a subir na moto para fugir, mas voltou para agredir mais uma vez a vítima. Ele e o comparsa estavam sem capacete e escaparam, sem a aliança, aparentemente ao perceber a presença de um segurança na rua -no vídeo é possível ouvir um apito.

O segundo suspeito é procurado pela polícia.

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Polícia indicia médico suspeito de estuprar paciente com câncer em MG

18 de Fevereiro de 2025, 08:00

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou o médico Danilo Costa, de 46 anos, pelos crimes de importunação sexual, violação sexual mediante fraude, assédio sexual e estupro.

 

O médico está preso desde 4 de fevereiro. Danilo foi preso por suspeita de ter estuprado, em 24 de janeiro, uma paciente em tratamento de câncer de mama em seu consultório, no Hospital Nossa Senhora das Dores em Itabira, na Região Central de Minas.

Denúncia foi feita pela filha da vítima.

Segundo o boletim de ocorrência, a mulher havia chegado em casa chorando, relatando que o médico entrou na sala, fechou a porta e a violentou. Danilo ainda entregou à mulher uma receita e agendou uma nova consulta para dali a 90 dias. Segundo o depoimento da filha, sua mãe era paciente de Danilo "há muito tempo".

Ao todo, 15 pessoas já prestaram depoimento contra o indiciado. Segundo a Polícia, nove pacientes e seis funcionárias do hospital em que o acusado trabalhava estão entre as vítimas.

Material genético compatível com o médico foi encontrado em vítima. A polícia informou que uma proteína produzida pela próstata foi encontrada na mulher abusada. A ausência de espermatozoide indicou que o material pertence a um homem vasectomizado. Durante as investigações, os policiais descobriram que Danilo já tinha realizado essa cirurgia. "Isso é mais um indício que robustece as investigações", disse o delegado João Martins Teixeira, que liderou as investigações.

Polícia acredita que possa haver mais vítimas. Segundo a corporação, as mulheres atacadas pelo médico são das cidades de Itabira e Barão dos Cocais. Por isso, os policiais acreditam que há outras vítimas em cidades da região. "A Polícia Civil permanece vigilante e aberta para receber novas denúncias. Caso necessário, outro inquérito policial será instaurado", afirmou o delegado.

A Justiça negou pedido de habeas corpus pedido pela defesa. O TJ (Tribunal de Justiça) mineiro entendeu que existia indícios suficientes de autoria dos crimes por parte do médico e que seu simples afastamento das funções médicas não era suficiente para impedir que o homem voltasse a abusar sexualmente de outras mulheres. A decisão foi publicada na última quinta-feira (6).

Hospital repudiou os atos e afastou o médico. Em nota quando da prisão de Danilo, o Hospital Nossa Senhora das Dores condenou suas atitudes e informou que suspendeu todos os atendimentos, consultas e cirurgias realizadas por ele desde o dia 27 de janeiro. "O hospital reforça que não compactua com atitudes de qualquer natureza que possam causar dano aos seus pacientes, continua contribuindo com as autoridades e presta seu apoio e solidariedade às vítimas", afirmou a instituição.

COMO DENUNCIAR VIOLÊNCIA SEXUAL

Em casos de violência cometida por um profissional de saúde, seja obstétrica ou sexual, é possível fazer denúncias em diversos canais.

Você pode procurar a ouvidoria do próprio hospital ou clínica. Também recebe denúncias o conselho regional de medicina de cada Estado (é possível encontrar informações neste link acessando a aba contatos). Caso o denunciado seja um enfermeiro, auxiliar ou técnico, procure o conselho de enfermagem da região (veja contatos dos órgãos por Estado neste link).

O Ministério Público Federal é outro órgão que pode receber denúncias, inclusive pela internet, neste link. Ainda podem ser acionados o Ministério da Mulher por meio do Ligue 180, canal do governo federal que funciona 24 horas por dia —funciona também por WhatsApp no número (61) 9610-0180 ou clicando neste link. O Disque Saúde, do Ministério da Saúde, é outra alternativa, e funciona no número 136.

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.

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