Visualização de leitura

Trump sobre reunião EUA e Rússia: "Há boas hipóteses de acabar a guerra"

Donald Trump, disse nesta sexta-feira (14), que representantes dos Estados Unidos conversaram ontem com Vladimir Putin, e que há "hipóteses" de acabar com a guerra na Ucrânia.

 

"Tivemos uma boa e produtiva conversa com o presidente Vladimir Putin ontem, e há uma boa hipótese de esta guerra terrível, finalmente, chegar ao fim", começou escrevendo na sua rede social, Truth Social.

Mas, na mesma publicação, o líder norte-americano alertou que "no momento, milhares de ucranianos estão completamente cercados pelas tropas russas, [estando] numa posição muito má e vulnerável."

"Solicitei ao presidente Putin que as vidas dos ucranianos fossem poupadas. Seria um massacre horrível, como não se vê desde a Segunda Guerra Mundial", finalizou.

Vale destacar que a publicação surge depois de Steve Witkoff, enviado especial dos Estados Unidos, viajar até Moscou, para se encontrar com Putin. O responsável chegou à Rússia na quinta-feira, no mesmo dia em que que também o líder bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, se encontrava no país.

Já esta sexta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, explicou que "Putin apoia a posição de Trump sobre o acordo, mas levantou algumas questões que precisam de ser respondidas em conjunto."

  •  

Justiça da Espanha apoia plano de Barcelona de proibir aluguel turístico

Nesta quinta-feira (13), o Tribunal Superior da Espanha se manifestou em apoio a um plano de Barcelona para proibir o aluguel de apartamentos de férias até 2028.

 

De acordo com a Reuters, Barcelona foi a primeira cidade espanhola a adotar uma decisão radical de fechar todos os aluguéis temporários para turismo para tentar combater o aumento desproporcional de aluguéis.

Após a decisão judicial, as autoridades locais disseram que não renovarão as licenças de turismo para os proprietários de imóveis.

A Espanha tenta equilibrar o turismo sustentável, um dos principais motores de sua economia, com as necessidades dos moradores locais, que perderam espaço nas grandes cidades por conta da chegada de grandes investidores. Recentemente, um grande protesto tomou as ruas de Barcelona com moradores locais criticando os altos valores de aluguéis.

Ainda segundo a Reuters, uma das maiores plataformas de alugéis temporários, o Airbnb pediu para as autoridades que reconsiderasse sua repressão aos aluguéis de curta duração, argumentando que isso só beneficia o setor hoteleiro.

A Associação Europeia de Casas de Férias, que representa aluguéis de curta duração em plataformas online, entrou com uma queixa na Comissão Europeia por permitir que as cidades proibissem esses aluguéis. Barcelona pretende apoiar a criação de novos leitos de hotel para fornecer acomodações turísticas em áreas fora do centro da cidade quando a proibição de alugar apartamentos de férias para turistas entrar em vigor.

  •  

Itália em alerta vermelho devido a fortes chuvas e inundações

A Itália está em alerta vermelho devido às fortes chuvas previstas para as próximas horas desta sexta-feira, 14 de março.

 

As regiões da Toscana e Emília-Romanha são as mais afetadas até o momento, com várias escolas e comércios fechados, além de praças e ruas inundadas.

Segundo o La Repubblica, as tempestades já causaram o fechamento de várias estradas, atrasos nos trens e até deixaram dois feridos devido a um deslizamento de terra no município de Calenzano.

O aumento do nível das águas tem gerado problemas, especialmente no Rio Arno, em Florença, próximo à ponte perto da Galeria Uffizi.

As autoridades também estão monitorando os níveis dos rios em outras cidades, como Bagno a Ripoli, Lastra a Signa e Montelupo.

O La Repubblica ainda informa que, por precaução, autoridades evacuaram alguns rés-do-chão e primeiros andares de prédios.

A Agência Meteorológica Italiana prevê que o tempo piore, com intensificação das chuvas, a partir das 14h (horário local), que é uma hora a mais em relação a Portugal Continental.

A Proteção Civil da Toscana pediu a todos os cidadãos que tenham "máxima cautela".

Leia Também: Fotos mostram os danos causados pelo terremoto em Nápoles nesta quinta

  •  

Funcionária de funerária arranca pênis de cadáver de criminoso sexual

Uma funcionária de uma empresa funerária no Texas, nos Estados Unidos, foi detida após arrancar o pênis de um cadáver e colocá-lo na boca do morto. O incidente ocorreu no Memorial Mortuary & Crematory, conforme informado pelo site especializado em crimes The Smoking Gun.

 

Amber Paige Laudermilk, de 34 anos, foi acusada de profanação de cadáver, um crime grave no Texas. O caso remonta ao dia 19 de fevereiro, quando ela estava responsável pelo corpo de Charles Roy Rodrigues, de 58 anos. Rodrigues era um ex-presidiário que havia sido condenado por crimes sexuais e estava listado como criminoso sexual no estado, com "risco moderado" de reincidência.

Embora não conhecesse nem a vítima nem o criminoso, Amber, revoltada, pegou um bisturi e arrancou o órgão sexual do cadáver, colocando-o em seguida na boca do corpo. A cena foi testemunhada por outra funcionária, a quem Amber pediu segredo. No entanto, o gerente da funerária foi informado do ocorrido e chamou a polícia, que deteve Amber.

Até o momento, não há informações sobre o julgamento ou a pena a ser enfrentada pela funcionária.

Leia Também: Hamas concorda em liberar refém americano e devolver outros corpos

  •  

Mulher embriagada força desvio de voo e é retirada pela polícia na Grécia

Uma mulher embriagada forçou o desvio de um voo que fazia a rota do Reino Unido ao Egito e acabou sendo retirada do avião da companhia Wizz Air pelas autoridades na Grécia.

 

De acordo com o Daily Mail, que cita testemunhas, a mulher, que não foi identificada e tem cerca de 40 anos, esteve bebendo durante boa parte do voo, acompanhada da família.

Os problemas começaram duas horas após o avião da Wizz Air decolar do aeroporto de Gatwick, no Reino Unido. A mulher trocou de lugar com outro passageiro e, em seguida, começou a se comportar de forma indisciplinada. A tripulação pediu para que ela se acalmasse.

"Foi uma loucura absoluta, nunca vi nada assim", disse um passageiro ao Daily Mail, afirmando que era evidente que a mulher havia bebido "durante todo o voo" e que a tripulação "não deveria ter servido mais bebidas para ela".

A testemunha contou que a mulher estava sentada atrás dele e, após trocar de lugar, ficou insatisfeita e começou a discutir com os membros da tripulação. Cerca de duas horas após a decolagem, já sobrevoando a Grécia, a passageira repetia: "Chamem a polícia, chamem a polícia".

A situação foi se agravando até que o piloto interveio, dizendo que, se a mulher não se sentasse, seria realizada uma aterrissagem de emergência. E foi exatamente isso que aconteceu: o avião fez uma aterrissagem em Atenas, e as autoridades retiraram a passageira.

Leia Também: Avião faz pouso de emergência após privadas ficarem entupidas

  •  

Papa Francisco completa um mês de internação; entenda quadro de saúde

O papa Francisco passou mais uma noite tranquila, segundo informou a Santa Sé sobre o estado de saúde do pontífice nesta sexta-feira, 14. O argentino de 88 anos foi levado em 14 de fevereiro ao Hospital Gemelli, em Roma para tratar de uma pneumonia bilateral e completa agora um mês de internação.

 

Na tarde dessa quinta-feira, 13, a equipe médica levou um bolo com velas ao quarto do papa para comemorar o 12º aniversário de sua eleição. Jorge Mario Bergoglio foi eleito na quinta votação do conclave de 2013, convocado após a renúncia do papa Bento XVI.

Também à tarde, ele participou dos exercícios espirituais para a Cúria Romana em conexão de vídeo com a Sala Paulo VI.

Em seguida, Francisco retomou a terapia respiratória. "Francisco continua alternando a ventilação mecânica não invasiva à noite com oxigenação de alto fluxo com cânulas nasais usadas durante o dia", disse, na quinta-feira, o Vaticano.

No mesmo dia, também foram entregues ao pontífice centenas de mensagens de crianças e jovens enviadas ao Vaticano por escolas, associações e instituições religiosas.

Um novo boletim médico deverá ser publicado nesta sexta-feira.

Leia Também: Apartamento de Renato Russo está à venda em Ipanema por R$ 2,8 milhões

  •  

Hamas concorda em liberar refém americano e devolver outros corpos

O Hamas anunciou nesta sexta-feira que concordou em liberar o refém israelense-americano Edan Alexander e devolver os corpos de outros quatro reféns americanos-israelenses. No entanto, a organização não esclareceu quais serão exigências em troca da liberação dos cinco reféns restantes.

 

Fontes indicam que o Hamas provavelmente exigirá que Israel libere prisioneiros palestinos e estenda o cessar-fogo em Gaza.

De acordo com o site Axios, em sua declaração, o grupo afirmou que, na quinta-feira, se reuniu com mediadores do Catar e do Egito, que apresentaram uma proposta para prolongar o cessar-fogo. "Abordamos essa proposta com responsabilidade e uma postura positiva, respondendo na sexta-feira. Estamos prontos para iniciar as negociações sobre a segunda fase do acordo de cessar-fogo em Gaza e pedimos que Israel seja pressionado a cumprir seus compromissos", afirmou o Hamas.

Edan Alexander foi sequestrado pelo Hamas durante o ataque em 7 de outubro de 2023, quando o grupo militante invadiu várias áreas de Israel.

Leia Também: Trump defende prisão de estudante pró-Palestina e promete mais ações

  •  

Trump acredita que "anexação da Groenlândia vai acontecer"

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou confiança na “anexação da Groenlândia” pelos Estados Unidos, e fez esse comentário ao lado do secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, na Sala Oval.

 

"Acho que a anexação da Groenlândia vai acontecer. Não tinha pensado muito nisso antes, mas estou sentado ao lado de um homem que pode ser muito útil. Mark, precisamos disso para a segurança internacional, não apenas para a segurança nacional", afirmou Trump.

O partido Demokraatit, que defende uma aproximação gradual da Groenlândia à independência, venceu as eleições na terça-feira, e Trump considerou esse resultado positivo para os Estados Unidos.

A ideia de anexar a Groenlândia não é nova para Trump. Ele já havia mencionado isso em 2019, durante seu primeiro mandato na Casa Branca. Agora, ele voltou a comentar sobre as razões por trás dessa ideia, que envolvem questões estratégicas e de segurança.

No entanto, os comentários do presidente norte-americano sobre a anexação não têm sido bem recebidos na Dinamarca, que tem reiterado que o território não está à venda.

A vice-presidente do partido de centro-direita Demokraatit, vencedor-surpresa das recentes eleições legislativas na Groenlândia, que foram marcadas por uma onda de nacionalismo pró-independência, anunciou na quarta-feira que o partido está "pronto para dialogar com todos os partidos" a fim de formar uma maioria.

Os democratas mais do que triplicaram sua votação em comparação com as eleições de 2021.

De acordo com analistas, os democratas podem formar uma aliança com os nacionalistas do Naleraq, que defendem uma independência rápida e conquistaram oito assentos parlamentares após dobrar o número de votos, ou com o Inuit Ataqatigiit (partido ecologista e de esquerda) do primeiro-ministro cessante, Mute Egede, um dos grandes derrotados nas eleições, mas que ainda assim manteve sete mandatos.
 

Leia Também: Tarifas sobre vinho? França responde a Trump: "Não cederemos a ameaças"

 
 
 
 
 
 
 

  •  

Mulher mantém enteado em cativeiro por 20 anos; pesava 30 kg

Nos Estados Unidos, uma mulher manteve seu enteado em cativeiro por 20 anos. O caso foi descoberto após o homem, em um ato desesperado, atear fogo ao quarto onde estava preso, na tentativa de chamar a atenção.

 

Kimberly Sullivan, de 56 anos, foi presa nesta quarta-feira, em Connecticut, e está sendo acusada, entre outros crimes, de sequestro.

De acordo com as autoridades, a vítima ateou fogo ao quarto em fevereiro usando "desinfetante para as mãos e papel de impressora". Ao fazer isso, ela sabia que estava colocando sua vida em risco. Quando os socorristas chegaram, encontraram um homem de 32 anos pesando apenas 30 kg. A CBS News relatou que sua situação piorou após a morte de seu pai, no ano anterior.

Os procuradores do caso compararam o estado da vítima ao de um "sobrevivente de um campo de concentração de Auschwitz". Durante os 20 anos em que esteve retido, desde os 11 anos, o homem foi submetido a abusos prolongados, fome, negligência e tratamento desumano.

"O sofrimento a que esta pessoa foi submetida durante 20 anos é inimaginável", afirmou o chefe de polícia, Fernando Spagnolo.

Kimberly Sullivan permanece detida, e, segundo seu advogado, ela irá negar todas as acusações que lhe são atribuídas.

Leia Também: Influencer japonesa Airi Sato é assassinada durante transmissão ao vivo

  •  

Medicamentos para a perda de peso transformam pequena cidade da Dinamarca

O sucesso dos medicamentos para o tratamento de diabetes e obesidade da empresa dinamarquesa Novo Nordisk transformou uma pequena cidade portuária do país, com cerca de 17 mil habitantes, em uma surpreendente urbe em expansão.

 

Há dois anos, a Novo Nordisk era praticamente desconhecida. No entanto, as vendas dos medicamentos Wegovy e Ozempic elevaram a farmacêutica a uma das empresas mais valiosas da Europa, com lucros antes dos impostos superiores a 16 bilhões de euros, como destaca a BBC.

Esse desenvolvimento trouxe um enorme impulso para a economia da Dinamarca, que passou a ser um dos países de maior crescimento na Europa. Os efeitos da grande demanda pelos dois medicamentos são sentidos por todo o país, desde a criação de novos empregos até a redução das taxas de financiamento imobiliário.

Um dos locais que mais cresceu foi a pequena cidade de Kalundborg, onde vivem cerca de 17 mil pessoas. Lá, está sendo realizado um dos maiores investimentos da história da Dinamarca. "Quando os passageiros descem do trem nas proximidades de Kalundborg, a uma hora da capital Copenhague, são recebidos pelo canto dos pássaros e pelo barulho das construções. É neste local improvável que hoje está o epicentro de uma revolução global da perda de peso", escreveu a BBC.

Do outro lado da ponte ferroviária, ficam os edifícios cinzentos e quadrados da vasta fábrica da Novo Nordisk, que produz metade da insulina do planeta, além da semaglutida, substância chave do Ozempic e do Wegovy. A fábrica ocupa um terreno de 1,6 milhões de metros quadrados, o equivalente a 224 campos de futebol. O investimento nesse local será de 8,6 bilhões de euros nos próximos anos, gerando 1.250 novos empregos, além dos 4.400 funcionários já contratados. A obra da fábrica envolve 3.000 operários da construção civil, e o restaurante mais próximo serve 30 kg de carne de porco para sanduíches todos os dias.

Além disso, o supermercado local aumentou suas vendas em cinco vezes e uma barraca nas proximidades vendeu mais de 17,5 mil cachorros-quentes em pouco mais de um mês, atendendo os "operários famintos em busca de um almoço rápido".

Com o crescimento, a cidade também se expandiu. Uma nova piscina pública foi construída, e mais de 1.250 novas residências estão em construção, além de uma nova estrada para Copenhague. Para o futuro, está prevista ainda a construção de uma nova casa da cultura e biblioteca.

Apesar de todo esse progresso, os moradores de Kalundborg permanecem cautelosos quanto aos benefícios do crescimento. As empresas continuam a abrir e fechar, e há problemas no sistema de ensino, especialmente no nível primário. Os transportes públicos não estão adequados às novas necessidades da cidade. Além disso, a região enfrenta um alto índice de crianças acima do peso, o que gera um paradoxo, já que o sucesso da cidade está baseado, em grande parte, em medicamentos para combater a obesidade.

Leia Também: Avô suspeito de oferecer neta para abuso é denunciado pelo irmão

  •  

Fotos mostram os danos causados pelo terremoto em Nápoles nesta quinta

​Na madrugada desta quinta-feira (13), a cidade de Nápoles, no sul da Itália, foi abalada por um terremoto de magnitude 4,4 na escala Richter. O epicentro do abalo foi localizado próximo à cidade de Pozzuoli, a oeste de Nápoles, na região conhecida como Campos Flégreos, uma área marcada por atividade vulcânica. ​

 

O tremor ocorreu por volta de 1h25 da manhã (horário local), levando muitos moradores a buscar abrigo nas ruas devido ao medo de desabamentos. De acordo com relatos, quatro pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança, e onze buscaram atendimento hospitalar. Uma mulher foi resgatada pelos bombeiros após o teto de seu apartamento desabar no distrito de Bagnoli. 

O terremoto causou danos significativos em várias áreas, com destaque para o bairro de Bagnoli. Foram registrados danos em edifícios, incluindo a torre do sino da Igreja de Sant'Anna, e veículos danificados por escombros. Algumas famílias ficaram temporariamente isoladas em seus apartamentos devido ao bloqueio das entradas por detritos. ​

As autoridades locais, incluindo o prefeito de Nápoles, Gaetano Manfredi, estão monitorando a situação de perto. Escolas na área de Bagnoli foram temporariamente fechadas como medida de precaução. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, também acompanha os desdobramentos do incidente. ​

Este evento ocorre em um contexto de crescente atividade sísmica na região de Campos Flégreos. Nos últimos anos, têm sido registrados aumentos no ritmo de elevação do solo e frequentes tremores, elevando as preocupações sobre a possibilidade de atividades vulcânicas mais intensas no futuro. ​

 

  •  

Após negociações de cessar-fogo, Ucrânia lança ataque de drones à Rússia

A Ucrânia lançou um ataque com drones na capital da Rússia, Moscou, após Volodymyr Zelensky acusar Vladimir Putin de tentar dificultar o pedido de cessar-fogo feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou o Dailymail.

 

O jornal britânico também relatou que uma grande refinaria de petróleo, localizada a cerca de 88 quilômetros de Putin, no Mar Negro, foi atingida, o que resultou em dez explosões consecutivas.

Além disso, o aeroporto de Vnukovo, que seria utilizado pelo enviado especial de Donald Trump à Rússia para retornar aos Estados Unidos, foi fechado devido aos ataques com drones.

Vale lembrar que este é o segundo ataque com drones da Ucrânia à Rússia em três dias e, segundo o Dailymail, essa ação é uma resposta ao presidente russo devido às diversas condições que ele quer impor para o cessar-fogo.

"Após a explosão, os alarmes de vários carros dispararam", afirmou uma testemunha, citada pelo Dailymail.

Vários pontos da região de Moscou foram atingidos pelos ataques, causando incêndios em algumas áreas.

É importante destacar que, na quinta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, admitiu estar disposto a aceitar a proposta de cessar-fogo com a Ucrânia, mas exige primeiro acertar alguns "detalhes" com os Estados Unidos.

"Concordamos com as propostas de cessar-fogo, mas nossa posição se baseia no pressuposto de que o cessar-fogo levaria a uma paz duradoura, algo que eliminaria as razões iniciais da crise", explicou Putin em uma conferência de imprensa em Moscou, ao lado do presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

Leia Também: Putin admite aceitar cessar-fogo, mas exige acertar "detalhes"

Leia Também: Rússia começa a discutir cessar-fogo na Ucrânia com EUA

 

  •  

EUA afirmam que Venezuela aceitou retomar voos de repatriação de migrantes

WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Os Estados Unidos afirmaram nesta quinta-feira (13) que a Venezuela concordou em retomar os voos de repatriação de migrantes venezuelanos, suspensos após Washington revogar a licença da petrolífera Chevron para operar no país caribenho.

 

"Tenho o prazer de anunciar que a Venezuela concordou em retomar os voos para buscar seus cidadãos que violaram as leis de imigração dos EUA e entraram ilegalmente no país", escreveu Richard Grenell, enviado especial do presidente Donald Trump, na rede social X. "Os voos serão retomados na sexta-feira."

Em um comunicado publicado no Instagram, a Venezuela confirmou a informação sem especificar quando os voos serão retomados. "A Venezuela informa que, no âmbito do Plano de Volta à Pátria, chegou a um acordo com o enviado especial Richard Grenell para repatriar irmãos venezuelanos", indica a nota assinada por Jorge Rodríguez Gómez, presidente do Parlamento.

Grenell viajou no fim de janeiro à Venezuela para conversar com a ditadura de Nicolás Maduro sobre expulsão de migrantes venezuelanos, prisioneiros americanos e canais de comunicação entre os dois países, que romperam relações em 2019.

O enviado retornou aos EUA com a libertação de seis detentos americanos e a promessa, segundo ele, de que Caracas aceitaria de volta seus cidadãos.

Desde então, 366 venezuelanos foram repatriados. A companhia aérea estatal Conviasa, sujeita a sanções, transportou em dois aviões um primeiro grupo de 190 migrantes de El Paso (Texas) e outro com 176 passageiros de Honduras, vindos da base militar de Guantánamo, em Cuba.

Mas Trump estaria insatisfeito. Segundo ele, Maduro, a quem acusa de fraude eleitoral e não reconhece como presidente legítimo, não estava cumprindo o "ritmo de voos acordado". No fim de fevereiro, anunciou o fim da licença que permitia à petroleira americana Chevron operar na Venezuela.

"Agora, temos um probleminha aí porque com o que eles fizeram, danificaram as comunicações que tínhamos aberto", reagiu Maduro à época, diante da atitude do republicano.

  •  

Justiça determina que governo Trump recontrate milhares de funcionários

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um juiz federal dos Estados Unidos ordenou nesta quinta-feira (13) que seis órgãos federais recontratem milhares de trabalhadores em estágio probatório que haviam sido demitidos como parte da iniciativa do presidente Donald Trump de esvaziar o governo.

 

Ao tomar a decisão, o juiz William Alsup, do Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Norte da Califórnia, foi mais longe do que havia feito anteriormente, concluindo que a demissão de trabalhadores em estágio probatório pelo governo Trump havia sido feita essencialmente de forma ilegal por meio do Escritório de Gestão de Pessoal (OPM, na sigla em inglês), o braço de recursos humanos do governo.

Ele instruiu o Tesouro e os Departamentos de Assuntos de Veteranos, Agricultura, Defesa, Energia e Interior a cumprir sua ordem e oferecer a reintegração de todos os funcionários que foram demitidos indevidamente. A decisão desta quinta foi resultado de uma ação judicial movida por sindicatos de funcionários que contestaram a legalidade das demissões em massa.

Alsup concluiu que as ações do governo eram um artifício criado para fazer cortes massivos de forma rápida. Ele disse que ficou claro que os órgãos federais seguiram as diretrizes do OPM para usar uma brecha que lhes permitia fazer demissões com base em desempenho ruim, independentemente de sua conduta real no trabalho.

"É um dia triste quando nosso governo demite um bom funcionário e diz que foi com base no desempenho quando eles sabem muito bem que isso é mentira", disse. "Foi uma farsa para tentar evitar as exigências legais."

Antes de proferir a decisão, o magistrado teve o cuidado de esclarecer aos advogados que representam os sindicatos que as ordens de "redução de força" que estão sendo emitidas em várias agências podem ser levadas adiante.

Ele disse que sua conclusão é de que a onda anterior, recomendada pelo escritório, é um exagero da autoridade executiva, mas que sua ordem não impede que o governo execute as demissões de acordo com as regras. "Se for feito corretamente, pode haver uma redução na força dentro de uma agência", explicou.

"O próprio Congresso disse que uma agência pode fazer uma redução de pessoal, se isso for feito corretamente, de acordo com a lei", acrescentou Alsup.

O juiz havia planejado originalmente que as autoridades federais comparecessem para testemunhar sobre o processo no qual as demissões foram planejadas, mas o governo informou que Charles Ezell, o chefe interino do OPM, não compareceria ao julgamento.

A decisão desta quinta, que também se estende a uma ordem de restrição do mês passado -impedindo o Escritório de Gestão de Pessoal de orquestrar outras demissões em massa- ofereceu um alívio temporário para os sindicatos de trabalhadores federais que resistiram às iniciativas de cortes do governo Trump.

Danielle Leonard, uma advogada que representa os sindicatos, observou novamente durante a audiência que as diretrizes tiveram um efeito devastador sobre as agências, eliminando não apenas trabalhadores mais jovens e recém-formados, mas até mesmo funcionários públicos de carreira que haviam sido promovidos recentemente e estavam em um período probatório em seus cargos mais altos. "Essa ação da OPM transformou os órgãos federais em um queijo suíço em todos os níveis", disse.

  •  

Musk provoca bilionário mexicano dono da Claro e toma prejuízo de R$ 40 bi

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Elon Musk provocou o bilionário mexicano Carlos Slim, dono da América Móvil, controladora da Claro no Brasil, ao insinuar que ele teria relação com cartéis de drogas do México, e tomou um prejuízo de R$ 40,5 bilhões.

 

Desentendimento entre os bilionários teve início em 23 de janeiro. Na ocasião, Musk compartilhou publicação feita por um perfil no X, sua própria plataforma, com a afirmativa de que Slim é "conhecido pelos laços significativos com carteis de drogas no México" e que ele "não teria conseguido se tornar bilionário sem está envolvido com criminosos locais". Musk, entretanto, não apresentou qualquer prova de sua insinuação.

Slim reagiu à postagem de Elon e rompeu parceria da América Móvil com a Starlink, que pertence a Musk, para o fornecimento de internet via satélite. De acordo com a imprensa norte-americana, o rompimento da parceria causou um prejuízo de até US$ 7 bilhões (R$ 40,5 bilhões na atual cotação do dólar) para a Starlink.

Reação dura de Slim foi motivado porque o mexicano considerou o ataque de Musk uma ofensa à sua reputação. Ainda, o bilionário considerou o ataque pessoal pelo fato de ele ser um dos principais acionistas do The New York Times, ao adquirir 16,8% do maior jornal do mundo. Na postagem replicada por Musk, é citada a participação do mexicano no quadro societário do jornal.

Presidente do México saiu em defesa de Slim. Claudia Sheinbaum se referiu a acusação como "mentirosa" e afirmou não existir "nenhuma investigação contra o empresário ou suas empresas" por envolvimento com criminosos mexicanos. A mandatária também afirmou que não permitirá que se queira "associar o México com a questão do narcotráfico".

A América Móvil tem forte atuação na América Latina e usava serviços da Starlink para promover internet a serviços corporativos e telecomunicações móveis, que passaram a ser afetados. Por outro lado, o fim da parceria é danoso para Musk que, além do prejuízo bilionário, perdeu um importante parceiro na região em um momento no qual ele tenta ter mais influência.

Após o rompimento dos negócios com a Starlink, a América Móvil anunciou investimentos próprios para fortalecer sua infraestrutura. A empresa do bilionário mexicano vai aplicar cerca de US$ 22 bilhões em até três anos, a fim de se fortalecer no mercado e reduzir a dependência de parcerias externas.

Carlos Slim é o homem mais rico da América Latina e está no top 15 de mais ricos do mundo. Segundo dados da revista Forbes, ele possui uma fortuna estimada em quase US$ 80 bilhões.

Slim e sua família controlam a América Móvil, a maior empresa de telecomunicações móveis da América Latina. No Brasil, a empresa controla as operações de marcas como a Claro e Embratel. Além disso, a família Slim também possui 76% do Grupo Carso, um dos maiores conglomerados da América Latina.

  •  

Presidente de Portugal dissolve o Parlamento e marca novas eleições para 18 de maio

LISBOA, PORTUGAL (FOLHAPRESS) - Pela terceira vez desde que foi reeleito em 2021, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, decidiu fazer uso da "bomba atômica". Este é o apelido dado ao artigo 133 da Constituição Portuguesa, que permite ao presidente dissolver a Assembleia da República em determinadas situações, convocando novas eleições. A dissolução ocorrerá na próxima quarta-feira (19)

 

Em pronunciamento na noite desta quinta-feira (13), no horário nobre na TV portuguesa, Rebelo de Sousa marcou o novo pleito para o dia 18 de maio -pouco mais de dois meses depois que a moção de confiança apresentada pelo primeiro-ministro Luís Montenegro foi "chumbada" (outra gíria portuguesa, que significa rejeitada), derrubando o governo.

A maior novidade do pronunciamento de Rebelo de Sousa foi a data das eleições -a outra possibilidade era 11 de maio, descartada por coincidir com o clássico lisboeta entre Benfica e Sporting e com uma peregrinação ao santuário de Fátima.

O uso da "bomba atômica" já era esperado. O presidente não é obrigado a dissolver o Parlamento quando uma moção de confiança é rejeitada. Pode negociar com o partido do governo a substituição do primeiro-ministro por outro político da mesma sigla.

O Partido Social Democrata (PSD), de centro-direita, não deixou, no entanto, outra alternativa ao presidente. Desde que apresentou a moção de confiança, Montenegro reafirmou que seguiria na liderança da sigla, o que significa que, em caso de novas eleições, ele seria o candidato. Com essa informação, Rebelo de Sousa se antecipou e já na semana passada disse que, caso Montenegro caísse, a Assembleia da República seria dissolvida e um novo pleito seria marcado.

A decisão de usar a "bomba atômica" não foi tão fácil nas duas outras vezes em que Rebelo de Sousa recorreu ao dispositivo. Em outubro de 2021, siglas de esquerda que apoiavam o governo do premiê socialista António Costa "chumbaram" o orçamento. Rebelo de Sousa lançou a "bomba atômica" alegando que o impasse paralisaria o país, e convocou eleições para janeiro de 2022.

Costa saiu no lucro: após uma campanha inteligente, em que apelou ao voto útil contra os radicais de esquerda e de direita, conseguiu uma vitória arrasadora com maioria absoluta na Assembleia da República.

A segunda "bomba atômica" foi ainda mais polêmica. Em novembro de 2023, Costa renunciou após suspeitas de corrupção envolvendo Vítor Escária, seu chefe de gabinete. A polícia encontrou € 75.800 (cerca de R$ 470 mil) em dinheiro vivo no escritório do correligionário do premiê. Os socialistas sugeriram a Rebelo de Sousa que escolhesse outro nome da sigla para substituir Costa, visto que o partido conquistara nas urnas a legitimidade de uma maioria absoluta.

O presidente de Portugal, no entanto, preferiu dissolver o Parlamento e convocar novas eleições. Alegou que Costa era o rosto que os portugueses haviam escolhido para governá-los e não apenas o líder de uma sigla.

A decisão rendeu a Rebelo de Sousa críticas de partidarismo. O presidente de Portugal foi um quadro histórico do PSD, embora tenha se desfiliado do partido em 2016, quando se elegeu pela primeira vez, afirmando que assim poderia exercer o cargo com mais independência.

Há uma semana, quando a possibilidade de novas eleições surgiu no horizonte, o ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de Montenegro, Paulo Rangel, disse em entrevista ao jornal O Observador que o então premiê poderia voltar por cima, até com maioria absoluta.

Passados sete dias, a frase de Rangel parece uma quimera. As pesquisas apontam empate técnico entre o PSD e o Partido Socialista (PS), de centro-esquerda, e a popularidade do ex-primeiro ministro está em queda, em meio às acusações de conflito de interesse que o apearam do governo.

Marcada a data das eleições para 18 de maio, Montenegro tem pouco mais de dois meses para mudar essa percepção -enquanto seu principal opositor, o socialista Pedro Nuno Santos, saboreia um leve favoritismo para roubar-lhe a cadeira.

  •  

Vaticano parabeniza Francisco por 12 anos de papado e pede orações por sua saúde

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Vaticano parabenizou Francisco pelos 12 anos de seu papado, completados nesta quinta-feira (13), em um vídeo com a retrospectiva do religioso à frente da Igreja.

 

A Santa Sé pediu que os fieis continuem orando pela saúde do pontífice, internado há um mês no hospital Gemelli, em Roma, para tratar pneumonia nos dois pulmões.

"Celebramos o aniversário daquele famoso e inesquecível 'Habemus papam' que anunciou a eleição de Jorge Mario Bergoglio, o primeiro papa jesuíta que, como ele mesmo disse, 'os cardeais foram buscar quase no fim do mundo'", afirma a Santa Sé em postagem no Instagram.

A mensagem do Vaticano afirma que o pontificado do religioso argentino tem sido marcado por iniciativas e reformas que buscam envolver todos os cristãos em um renovado impulso missionário, "levando o amor de Jesus a toda a humanidade" e preocupação com as periferias.

A Santa Sé lembrou do "momento marcante que comoveu o mundo" no dia da eleição quando, após ter sido anunciado para o mundo como novo papa, Francisco se curvou diante da multidão reunida na praça São Pedro. Segundo o Vaticano, ele se apresentou com humildade, além de um olhar amoroso e um sorriso largo, que marcam sua era à frente da Igreja.

"Agora, ao iniciar o 13º ano de seu pontificado, o Santo Padre segue firme em sua missão, guiando a Igreja com sabedoria, espírito de fraternidade e dedicação pastoral. Mesmo em recuperação no hospital Gemelli, continua sendo um exemplo de fé, esperança e resiliência, com o olhar sempre voltado para o rebanho", diz a nota.

O Vaticano diz ainda que este 12º ano de Francisco "foi mais um capítulo de um pontificado desafiador, mas também repleto de conquistas para a Igreja". A nota termina pedindo que os fiéis sigam rezando por ele. "Neste dia especial, nosso maior presente só pode ser aquilo que ele sempre nos pede: nossas orações."

Houve melhora no estado de saúde de Francisco nos últimos dias. A equipe médica retirou na segunda (10) o chamado prognóstico reservado, o que na prática descartou perigo iminente de morte, ao menos por ora.

Já nesta quarta (12), o Vaticano afirmou que uma tomografia de tórax recente confirmou a evolução no quadro clínico. No primeiro boletim desta quinta, a Santa Sé diz que ele teve uma noite tranquila.

Trata-se da quarta hospitalização do pontífice desde 2021, o que gera preocupações devido a problemas de saúde que o fragilizaram nos últimos anos.

O papa de 88 anos luta agora contra uma pneumonia bilateral. Trata-se de uma infecção grave que torna a respiração mais difícil e pode inflamar e cicatrizar ambos os pulmões.

Leia Também: Boletim do papa informa mais uma noite tranquila no hospital

  •  

Putin admite aceitar cessar-fogo, mas exige acertar "detalhes"

O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu, esta quinta-feira (13), aceitar a proposta de cessar-fogo com a Ucrânia, mas exige primeiro acertar alguns "detalhes" com os Estados Unidos.

 

"Concordamos com as propostas de cessar-fogo, mas a nossa posição baseia-se no pressuposto de que o cessar-fogo conduziria a uma paz a longo prazo, algo que eliminaria as razões iniciais da crise", explicou Putin em uma coletiva de imprensa em Moscou ao lado do presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

Depois de ter visitado a região de Kursk na quarta-feira, Putin garantiu que a situação está "completamente sob controle" da Rússia e, nestas circunstâncias, um cessar-fogo de 30 dias seria "bom para a Ucrânia" e já não tão vantajoso para os russos.

O chefe de Estado da Rússia agradeceu também ao homólogo norte-americano, Donald Trump, por "prestar tanta atenção à regulação do conflito na Ucrânia".

Entre esta quinta e sexta-feira, Putin deve se reunir com o enviado especial dos Estados Unidos Steve Witkoff, que já teria pousado na capital russa.

A notícia de que Witkoff já está na Rússia foi divulgada pelo jornal Kommersant, que adianta também que o enviado se vai reunir diretamente com o presidente russo.

Ainda na manhã desta quinta-feira, Yuri Ushakov, conselheiro de Vladimir Putin, disse que a posição da Rússia já foi transmitida à Casa Branca e que Moscou não iria aceitar a proposta de cessar-fogo: "Não é mais do que uma pausa temporária para os militares ucranianos", defendeu.

  •  

Boletim do papa informa mais uma noite tranquila no hospital

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O papa Francisco teve uma noite tranquila, informou na manhã desta quinta-feira (13) a Santa Sé. Francisco está no hospital Gemelli, Roma, há quase um mês. Ele chegou à unidade em 14 de fevereiro com uma infecção respiratória considerada grave. Trata-se da quarta hospitalização do pontífice desde 2021, o que gera preocupações devido a problemas de saúde que o fragilizaram nos últimos anos.

 

O pontífice de 88 anos luta agora contra uma pneumonia bilateral. Trata-se de uma infecção grave que torna a respiração mais difícil e pode inflamar e cicatrizar ambos os pulmões.

Houve melhora no estado de saúde de Francisco nos últimos dias. A equipe médica retirou na segunda (10) o chamado prognóstico reservado, o que na prática descartou perigo iminente de morte, ao menos por ora. Já nesta quarta (12), o Vaticano informou que uma tomografia de tórax recente confirmou a evolução no quadro clínico.

Também nesta quinta Francisco completa 12 anos de pontificado. Durante esse período, o pontífice procurou imprimir na Igreja uma imagem mais inclusiva, tanto no aceno à comunidade LGBTQIA+ quanto na nomeação de mulheres para cargos importantes da cúpula do Vaticano.

Outra característica do pontífice é a transparência. Boletins divulgados ao longo da internação, a pedido de Francisco, descreveram situações delicadas, como a necessidade de aspiração de vômito inalado.

Enquanto o papa está no hospital, o Vaticano procura mostrar que ele continua ativo no comando da Igreja, despachando documentos, textos para orações e recebendo o número dois da Cúria Romana, o secretário de Estado, Pietro Parolin. Francisco precisou, porém, delegar compromissos ligados ao Jubileu, e há quatro domingos não recita o Angelus, tradicional compromisso diante dos fiéis na praça São Pedro.

Leia Também: Raio-x confirma melhora do quadro de saúde do papa Francisco, diz Vaticano

  •  

Rússia começa a discutir cessar-fogo na Ucrânia com EUA

(FOLHAPRESS) - A Rússia começou a discutir os termos do cessar-fogo proposto pelos Estados Unidos e aceito pela Ucrânia para tentar negociar um fim do conflito iniciado por Vladimir Putin em 2022. O presidente russo pode falar com o colega americano, Donald Trump, já nesta quinta (13).

 

Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, já houve conversas ao telefone entre negociadores dos dois lados na quarta (12), envolvendo o assessor de Segurança Nacional dos EUA, Mike Waltz, e o consultor presidencial russo Iuri Uchakov.

O principal negociador de Trump, o enviado ao Oriente Médio Steven Witkoff, chegou a Moscou nesta quinta para debater os termos do acordo de cessar-fogo. "O presidente pode ter um telefonema internacional mais tarde", disse Peskov, sem confirmar o óbvio interlocutor do outro lado da linha ou se Uchakov já adiantou a posição russa.

Como a Folha de S.Paulo relatou, a proposta foi recebida com ceticismo em Moscou, que busca maximizar seu potencial de ganho e não gostou da concessão feita por Trump de reativar a ajuda militar a Kiev por ter aceito a trégua de 30 dias.

Também incomoda os russos o fato de não haver um plano concreto, apenas uma ideia de pausa para discutir tais arranjos. O que foi especulado até aqui é mínimo: trocas de prisioneiros, que já ocorrem regularmente, por exemplo.

Já os pedidos imediatos atribuídos na imprensa ucraniana à equipe de Volodimir Zelenski incluem até a volta das milhares de crianças retiradas de áreas ocupadas na Ucrânia para a Rússia, algo que Moscou diz ter sido humanitário e o Tribunal Penal Internacional, um crime de Putin. Parece improvável um avanço aí.

Waltz e Uchakov já estiveram frente à frente em Riad, na Arábia Saudita, há duas semanas, integrando as delegações que iniciaram as conversas promovidas por Trump para tentar acabar com a guerra.

O vaivém desconcertante do americano, que alienou Zelenski ao chamá-lo de ditador e o expulsou da Casa Branca, preocupa Moscou. Como disse um conhecedor dos meandros das negociações à reportagem, ninguém sabe exatamente o que os EUA prometeram a Kiev na reunião da terça (11) em Jeddah, também na Arábia Saudita.

A lista de itens complexos para uma futura negociação é enorme: concessões territoriais de Kiev, garantias de segurança de lado a lado, o status das regiões anexadas por Putin, reparações econômicas, populações deslocadas.

Comentando eventuais negociações, a porta-voz da chancelaria, Maria Zakharova, reiterou que a Rússia não aceitará forças ou bases estrangeiras em solo ucraniano, como já sugeriram líderes europeus e Trump.

Além disso, Putin quer capitalizar o bom momento em que, além de avançar no leste ucraniano, parece estar perto de limpar uma incômoda mancha no seu currículo: a de ter visto forças estrangeiras tomarem solo russo pela primeira vez em mais de 80 anos.

Foi o que Zelenski fez a partir de agosto na região meridional de Kursk, onde abocanhou um território aproximadamente do tamanho da cidade do Rio. Agora, os russos estão em processo de expulsar os adversários, que já admitiram recuos táticos para salvar tropas na quarta.

Nesta quinta, o Ministério da Defesa em Moscou disse ter retomado de vez Sudja, onde seus soldados já estavam. A cidade é a base das forças de Zelenski em Kiev, a principal e mais estruturada a ter sido ocupada na breve invasão.

A aparente retirada final dos ucranianos é péssima para Zelenski, pois lhe tira uma carta na mesa de negociação. Alguns analistas russos, contudo, estão intrigados pela aparente calma e rapidez no processo, sugerindo que possa ser algo combinado com os EUA.

Putin chegou a ir para perto da linha de frente na quarta, algo que não havia feito. Estava vestido com uniforme militar camuflado, algo bastante raro. "Ele achou que era necessário", foi o comentário lacônico de Peskov ao ser questionado sobre a intenção do presidente.

O russo quis projetar uma imagem de líder em guerra -nada diferente do emprego de roupas imitando uniformes de Zelenski, que viraram uma marca registrada e até foram objeto de debate entre ele e um repórter trumpista que o questionou na Casa Branca por que ele não usava um terno.

A diferença é que Putin usa uniforme no momento em que Trump diz que "a bola está com a Rússia" na negociação. Para o público interno, é preciso vender um momento vitorioso. Para o externo, poder e controles.

Enquanto isso, segue a troca intensa de fogo aéreo de lado a lado. Os ucranianos disseram ter abatido 74 de 117 drones russos ao longo da noite, enquanto Moscou relatou ter atingido 77 aparelhos do mesmo tipo sobre seu território, sem especificar a quantidade total.

Leia Também: Rússia e Ucrânia se acusam de ataques após proposta de trégua dos EUA

Leia Também: Após Ucrânia aceita cessar-fogo, EUA dizem que bola está com Putin

  •