(FOLHAPRESS) - O Carrefour terá de indenizar em R$ 28,5 mil uma mulher vítima de sequestro-relâmpago no estacionamento de uma unidade da rede de supermercados em Perus, zona norte de São Paulo. O caso ocorreu em maio de 2022.
A decisão em segunda instância da 36ª Câmara de Direito Privado, do último dia 14 de fevereiro, manteve a condenação inicial. Cabe recurso da decisão.
Procurado, o Carrefour disse em nota que não comenta processos em andamento. Conforme o Tribunal de Justiça, a mulher deverá ser indenizada em R$ 10 mil e R$ 18,4 mil por danos morais e materiais, respectivamente.
Na ação, a vitima afirma que, por volta das 18h15 do dia 25 de maio de 2022, saiu do trabalho e foi ao supermercado. Meia hora depois, após realizar compras, acabou abordada por três homens e, com violência, colocada no interior de seu veículo.
No carro, foi ameaçada com arma de fogo -foi, inclusive, questionada se tinha "nome limpo", pois fariam empréstimos por meio de sua conta corrente.
O grupo, segundo ela diz na ação, também fez compras e transferências via Pix. O total do prejuízo foi de R$ 18,4 mil, valor que a Justiça mandou o Carrefour ressarcir como dano material.
Ao todo, ela ficou três horas em poder dos sequestradores até ser libertada.
Como a mulher não atendia ao celular, seu marido foi até o supermercado e, em seguida, à polícia. De acordo com a vítima, o Carrefour não permitiu acesso ao conteúdo de câmeras de segurança.
Na ação, a defesa da rede afirma que não foi localizado registro do suposto sequestro e que negou o fornecimento das imagens à vítima porque só poderia disponibilizar vídeos sob a ordem policial ou judicial. Também alega falta de provas e demora de dois meses para que o fato constasse em boletim de ocorrência.
Na sua decisão, o juiz de primeira instância, Salomão Santos Campos, diz que o Carrefour não apresentou aos autos mínimas provas de suas alegações.
Também afirma que ele ter "poderia contribuído com a juntada das filmagens das câmeras do interior do estacionamento".
"Se alega que não foi localizado nenhum registro da ocorrência do suposto sequestro-relâmpago, [o Carrefour] deveria no mínimo ter demonstrado o que ocorreu no exato momento do suposto crime no pátio do seu estacionamento, considerando a enorme diferença de acessibilidade da prova", escreve o magistrado na sentença.
Em seu voto em segunda instância, o relator do recurso, desembargador Walter Exner, afirma que, embora o supermercado alegue não ser sua atividade-fim a disponibilização de estacionamento a clientes com o intuito de beneficiar-se financeiramente, ainda que de forma indireta, "impõe à fornecedora a responsabilidade objetiva pela segurança do consumidor".
"Dessa forma, é de rigor o reconhecimento da legitimidade passiva do [requerido], objetivamente responsável pela segurança de seus clientes", diz o juiz. Completaram o julgamento os desembargadores Lidia Conceição e Milton Carvalho. A votação foi unânime.
Na tarde da última segunda-feira (10), uma mulher de 45 anos foi sequestrada no estacionamento da loja Cobasi do Morumbi (zona oeste).
Ela ficou três horas sob poder dos criminosos que a obrigaram a fazer transferências bancárias. A PM localizou o veículo e um dos criminosos foi baleado e morreu. Um suspeito foi preso no dia seguinte.
A Cobasi lamentou o caso e se solidarizou com a vítima e afirmou que forneceu subsídios à polícia que possibilitaram a resolução do caso. "Trabalharemos para reforçar a segurança em nossas lojas, assim como seguiremos colaborando com a investigação da polícia."
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os casos de Srag (síndrome respiratória aguda grave) continuam em alta entre crianças e adolescentes no Brasil, segundo Boletim Infogripe divulgado nesta quinta-feira (13) pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). O aumento foi observado no período de 2 a 8 de março.
O crescimento nos casos de síndrome respiratória tem sido registrado principalmente no Pará, Roraima Tocatins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Sergipe, associado ao VCR (virus sincicial respiratório) em caso de crianças de até dois anos. Na faixa etária de 2 a 14 anos, a alta está associada ao rinovírus.
No dia 13 do mês passado, a Fiocruz começou a apontar para um crescimento nos casos de Srag. O aumento coincidia com a volta às aulas, quando crianças e adolescentes passam mais tempo em ambientes fechados, em maior contato e com menor circulação de ar, o que favorece a transmissão dos vírus respiratórios.
A Srag comporta casos gripais que evoluem e comprometem a função respiratória. Vírus como Influenza A, B, VSR e Covid-19 podem evoluir para a síndrome.
Em idosos, os casos de síndrome respiratória associados à Covid-19 mantêm uma incidência moderada no Mato Grosso e Tocantins, com tendência de crescimento apenas em Tocantins. Nos outros estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, embora também haja aumento de ocorrências de Srag, a incidência permanece em níveis baixos.
Segundo o boletim, 10 das 27 unidades federativas estão em alerta, risco ou alto risco para a atividade da doença nas últimas duas semanas, com tendência de crescimento nas últimas seis semanas. São elas: Amapá, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. Doze das 27 capitais também apresentam nível de atividade de Srag em alerta, risco ou alto risco: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Macapá (AP), Palmas (TO), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC) e São Luís (MA).
SOBRE AS SÍNDROMES RESPIRATÓRIAS
Rinovírus e VSR (vírus sincicial respiratório) são agentes comuns de infecções respiratórias, com o rinovírus causando resfriados e o VSR afetando principalmente crianças com condições como bronquiolite e pneumonia. Influenza A, um vírus mutante rápido responsável pela gripe, e Covid, causada pelo coronavírus, são também altamente contagiosos.
A prevenção inclui vacinação (especialmente para Influenza A e Covid) e práticas rigorosas de higiene, como lavagem das mãos e uso de máscaras, além de manter uma boa etiqueta respiratória para limitar a transmissão.
Uma mulher de 35 anos faleceu na sexta-feira após desenvolver uma infecção generalizada, em decorrência de um procedimento dentário realizado em uma clínica na cidade da Serra, no Espírito Santo. Ela havia procurado tratamento para um dente que quebrou enquanto comia.
De acordo com a família, citada pelo jornal Metrópoles, a clínica não forneceu qualquer medicação para Kamila Quadra, que começou a piorar nos dias seguintes e procurou ajuda da unidade de saúde.
Em resposta, a clínica enviou apenas um áudio recomendando que ela procurasse um "cirurgião bucomaxilofacial". A dentista responsável pelo procedimento "negou qualquer relação entre a raspagem gengival e os sintomas apresentados".
A infecção continuou a se agravar até que, após ser aconselhada pela clínica, Kamila foi atendida por um cirurgião que classificou o caso como grave e a encaminhou para um hospital.
A paciente foi quatro vezes a um centro de saúde, onde recebeu apenas medicação para alívio da dor. Somente quando sua mãe insistiu para que ela fosse internada, é que os médicos realizaram exames mais detalhados.
No dia 19 de fevereiro, com a infecção grave confirmada, Kamila foi encaminhada para o Hospital Estadual Dório Silva, onde ficou internada por 16 dias. Durante esse período, ela passou por uma cirurgia na boca, mas seu quadro não melhorou, com a infecção atingindo o sistema respiratório e provocando uma pneumonia severa.
Na sexta-feira, Kamila sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu, apesar dos esforços médicos que duraram 1h30. Agora, a família cobra explicações da clínica e do centro de saúde pelos quais Kamila passou.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Caixa Econômica Federal sorteou na noite desta quinta-feira (13) o concurso 2839 da Mega-Sena, que tem o prêmio principal de R$ 2.864.798,03 -a estimativa é que chegasse a R$ 3,5 milhões. Os números sorteados no Espaço da Sorte, em São Paulo, foram: 27 - 30 - 37 - 40 - 46 - 47.
A aposta simples para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser feita até às 19h (de Brasília) do dia do sorteio em uma casa lotérica ou pela internet, por meio do aplicativo Loterias Caixa ou pelo site de loterias da Caixa.
A probabilidade de acerto para quem faz uma aposta de seis números (no valor de R$ 5) da Mega-Sena é de uma em mais de 50 milhões. Na aposta com sete números (que custa R$ 35), a chance sobe para uma em 7,1 milhões.
Escolas públicas e privadas de todo o país têm até o dia 17 de março para fazer a inscrição na 20ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Considerada a maior competição científica do Brasil, a olimpíada é voltada para alunos do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio.
Para participar, as escolas devem acessar o site www.obmep.org.br, preencher a ficha de inscrição disponível, informar o código MEC/INEP e criar uma senha de acesso. No regulamento, estão disponíveis informações sobre condições, prazos, datas e regras previstas para participação na competição.
Todos os anos a Obmep reúne mais de 18 milhões de estudantes. Criada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) em 2005, a competição é promovida com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC). Neste ano, a olimpíada comemora 20 anos.
Provas
A competição tem duas fases. A primeira fase é uma prova objetiva de 20 questões, que será aplicada em 3 de junho. Já a segunda fase é voltada para os classificados na primeira etapa, que fazem uma prova discursiva de seis questões, em 25 de outubro.
As questões são preparadas de acordo com o grau de escolaridade do aluno. O nível 1 é voltado para o 6º e 7º ano do ensino fundamental; o nível 2, para o 8º e 9º ano do ensino fundamental; e, o nível 3, para o ensino médio.
A divulgação dos aprovados para a segunda etapa será feita em 1º de agosto e a divulgação dos premiados em 22 de dezembro.
Premiação
A Obmep vai distribuir 8.450 medalhas nacionais: 650 de ouro, 1.950 de prata e 5.850 de bronze, além de 51 mil certificados de menção honrosa.
Os alunos premiados nacionalmente são convidados a participar do Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC), voltado para o incentivo e promoção do desenvolvimento acadêmico. Os participantes de escolas públicas receberão uma bolsa de R$ 300.
Serão distribuídas ainda 20,5 mil medalhas estaduais para os alunos com os melhores desempenhos em cada estado.
Os professores também serão homenageados. Ao todo, 969 professores serão premiados e irão receber, além de diploma e livro de apoio, uma medalha de ouro especial. Os professores premiados vão concorrer ainda a oito viagens.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu um alerta na última quarta-feira (13) para pacientes e profissionais de saúde, destacando os riscos associados ao uso inadequado da toxina botulínica, popularmente conhecida como botox, incluindo o botulismo. A agência afirma que recentemente recebeu dois casos relatados de botulismo ligados ao uso da substância.
"Após revisão de dados de notificações e textos de bula disponíveis em outros países, a Agência solicitou que as empresas com produtos registrados com toxina botulínica incluam em bula o risco de que a toxina pode afetar áreas distantes do local da injeção, com a possibilidade de causar sintomas graves de botulismo, que podem surgir horas ou semanas após a aplicação", informa.
A agência reguladora reforça que procedimentos feitos com o composto injetável devem ser realizados por profissionais devidamente habilitados, em locais autorizados pela vigilância sanitária e com o uso de medicamentos registrados na Anvisa.
O botulismo é uma doença grave, não contagiosa, causada por uma toxina produzida por uma bactéria, a Clostridium botulinum, que ataca o sistema nervoso, o que pode causar paralisia muscular. Esse micro-organismo vive em ambientes sem oxigênio, como solo, sedimentos e alimentos mal conservados.
Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas variam conforme o tipo de botulismo (alimentar, intestinal ou por ferimentos). Os mais comuns incluem:
Sintomas neurológicos: visão turva ou dupla, queda das pálpebras, dificuldade para engolir, boca seca, fraqueza muscular progressiva (da cabeça para o tronco e membros) e, em casos graves, dificuldade para respirar.
Sintomas gastrointestinais: náuseas, vômitos, diarreia (comuns no botulismo alimentar) e prisão de ventre (especialmente em crianças com botulismo intestinal).
Outros sintomas: dores de cabeça, tontura, sonolência e febre (no botulismo por ferimentos).
A toxina botulínica pode causar complicações graves, como insuficiência respiratória (principal causa de morte relacionada ao botulismo), dificuldades para falar e engolir, fraqueza muscular prolongada, fadiga, pneumonia por aspiração e outros problemas no sistema nervoso.
A diferença entre a doença e o uso medicinal ou estético da toxina está na dosagem e na forma de aplicação. Quando utilizada para esses fins, a toxina é purificada e diluída, sendo aplicada em quantidades controladas e seguras por profissionais habilitados.
A Anvisa reforça que, ao apresentar sintomas de botulismo, é preciso buscar atendimento médico imediatamente, pois o tratamento precoce é crucial para evitar complicações graves. A agência destaca a importância de informar à equipe médica sobre a aplicação de toxina botulínica e, se possível, fornecer dados como nome do medicamento, lote e fabricante. Essas informações podem agilizar o diagnóstico e orientar o tratamento de forma mais eficaz.
Além disso, os pacientes têm o direito de ser informados sobre esses dados antes e durante o procedimento. Os profissionais de saúde, por sua vez, devem questionar sobre o histórico de aplicações anteriores (data, dose e indicação) para garantir intervalos seguros entre as aplicações.
A Anvisa também orienta que apenas produtos dentro do prazo de validade e regulamentados sejam utilizados. Qualquer suspeita de reação adversa relacionada a medicamentos deve ser notificada por meio do sistema VigiMed, mesmo em caso de dúvida. Essas notificações são fundamentais para identificar riscos e melhorar a segurança dos medicamentos disponíveis no país.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O governo Lula (PT) estuda uma proposta da PF (Polícia Federal) para reajustar a taxa para a emissão de passaporte. Atualmente, o serviço custa R$ 257,25 para a primeira via.
O tema foi levado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, em março do ano passado. A emissão dos documentos cabe à PF, enquanto a pasta é a responsável por editar as portarias que tratam dos valores cobrados para a realização do serviço.
O pedido ainda está em análise dentro do ministério, ainda nas etapas iniciais de avaliação. Em outubro, o estudo para justificar o aumento do valor foi alterado.
De acordo com integrantes da PF, o órgão tomou a iniciativa de solicitar o reajuste por considerar o preço atual defasado. O último aumento da taxa foi feito em 2015, durante o governo Dilma Rousseff (PT), por meio de uma portaria assinada pelo então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
O governo justificou, à época, que o valor deveria ser reajustado com base na inflação. A taxa não era atualizada desde dezembro de 2006. Na ocasião houve um aumento de 64,8%, e o documento passou a ter validade de dez anos -antes disso, o prazo era de cinco anos.
A PF não divulgou o valor calculado no novo pedido de reajuste. Não há previsão da conclusão da análise pelo Ministério da Justiça. Apesar da iniciativa da Polícia Federal, há dentro do governo cautela com o tema pela potencial impopularidade da medida.
Desde 2015, ano do último reajuste, a inflação de acordo com o IPCA (Índice nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é de 67%. Caso um novo aumento fosse corrigido por esse índice, a emissão do passaporte passaria a custar R$ 430,01.
A polícia justifica que o estudo é um documento interno, preparatório de um possível ato administrativo futuro. Também está em estudo um possível aumento da taxa para registros migratórios no Brasil.
A assessoria do Ministério da Justiça também não informou quais seriam os novos valores em estudo, nem se o reajuste será efetivado.
A equipe técnica da pasta ainda está analisando o estudo da PF e deve levar as conclusões ao ministro Ricardo Lewandowski.
O valor de R$ 257,25 refere-se à taxa para a primeira via do passaporte. Há um acréscimo de R$ 77,17 em caso de urgência e emergência (chegando a R$ 334,42).
Em caso de extravio ou perda de passaporte anterior, há previsão de uma cobrança adicional de R$ 257,25. O que eleva o custo para R$ 514,50.
No ano passado, o governo brasileiro emitiu 2.088.795 passaportes. Foram 2.422.340 em 2023.
O recurso arrecadado vai para o Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal, segundo o Ministério da Justiça. O fundo financia parte do sistema de emissões, somando-se a recursos do Tesouro.
A taxa no Brasil é superior, por exemplo, a países como Espanha (custo de 30 euros, ou R$ 189,41) e África do Sul (equivalente a R$189,82). Fica, no entanto, abaixo de outros países.
Na Argentina, por exemplo, o valor é de 70.000 pesos argentinos -em torno de R$ 380,73. Já no Reino Unido, o passaporte padrão, se feito de forma online, custa 88,50 libras, ou R$ 654,61.
O temporal que atingiu a cidade de São Paulo na tarde desta quarta, 12, matou um homem que estava dentro de um carro na Avenida Senador Queirós, no centro, e deixou cerca de 173 mil endereços sem luz. O carro em que a vítima estava foi atingido pela queda de uma árvore, de acordo com o Corpo de Bombeiros. De acordo com as informações iniciais, ele seria um taxista - dois passageiros teriam sido tirados do carro sem ferimentos.
A Defesa Civil voltou a enviar alerta severo para os celulares de pessoas nas regiões norte, oeste e central. Na Rua Artur de Azevedo, em Pinheiros, na zona oeste, uma árvore caiu sobre o telhado de um restaurante e dois veículos ocupados. No restaurante, houve o desabamento parcial de teto e três pessoas foram retiradas sem ferimentos de um dos veículos atingidos.
De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), da Prefeitura, áreas de instabilidade formaram a chuva com forte intensidade. Entre as áreas mais afetadas, inclusive com queda de granizo, estão ainda Butantã e Pinheiros, na zona oeste, Campo Limpo, Santo Amaro e Vila Mariana, na sul.
Chichá de 200 anos
Entre as 158 árvores que caíram na região metropolitana até as 18h29, segundo os bombeiros, está a terceira árvore mais antiga da capital paulista. Ela ficava no Largo do Arouche, na República (centro). O chichá de cerca de 200 anos quebrou com a chuva e caiu.
O Corpo de Bombeiros relatou que, até as 18h29, recebeu 3 chamados para desabamento, 4 de enchente e 158 de queda de árvores. A força da chuva provocou pontos de inundação no Terminal Bandeira, no centro. Choveu forte também em Barueri, Carapicuíba, Cotia e Osasco, na região metropolitana da capital.
As rajadas de vento alcançaram 62,9 km/h em Santana-Carandiru, na zona norte, e 61,6 km/h na região central. De acordo com a Enel, concessionária responsável pela distribuição de luz em São Paulo, às 17h30 havia 173 mil clientes sem luz na região metropolitana. A região oeste da capital foi a mais afetada. A Enel informou ter mobilizado todas as equipes disponíveis e, às 19h30, havia 153 mil clientes sem luz na capital.
De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os locais onde ocorreram as maiores precipitações ontem, em um período de 12 horas, foram Carapicuíba (Altos da Santa Lúcia, com 33 mm) e São Paulo (centro, com: 29 mm). Ainda foram registrados 26 mm em Cotia (Santa Isabel) e 25 mm em Araçoiaba Da Serra (centro).
Próximos dias
O tempo permanece instável nos próximos dias. Uma nova frente fria avança para o litoral paulista, o que vai provocar queda da temperatura máxima no fim de semana. Nesta quinta, 13, na capital paulista, a previsão é de muitas nuvens e tempo abafado, segundo o CGE. À tarde, as pancadas de chuva com até forte intensidade têm potencial para rajadas de vento e novamente formação de alagamentos.
Na sexta, 14, a perspectiva é de céu nublado, com poucas aberturas de sol pela manhã. À tarde, as pancadas de chuva acontecem com até forte intensidade, porém curta duração. Os ventos passam a soprar do quadrante sul, o que vai provocar céu encoberto e chuviscos no período da noite. Os termômetros oscilam entre a mínima de 20°C e a máxima de 27°C.
A Defesa Civil recomenda atenção para possíveis temporais e reforça a importância de acompanhar os alertas meteorológicos. O Gabinete de Crise, que reúne Corpo de Bombeiros e agências reguladoras de serviços, como concessionárias de energia, água e estradas, continua mobilizado de forma preventiva.
Fim da onda de calor
As temperaturas devem ficar mais amenas agora, principalmente durante as tardes, trazendo alívio ao forte calor dos últimos dias. "As temperaturas apresentam ligeiro declínio em função da incursão do ar frio marítimo contra a costa paulista", acrescenta o CGE.
A máxima não deve passar de 23°C no domingo. E, conforme a empresa meteoblue, as temperaturas devem seguir mais baixas ao longo da próxima semana, marcando o fim do verão e a chegada do outono.
Mais de meio milhão de turistas internacionais visitaram o estado do Rio de Janeiro nos dois primeiros meses de 2025, segundo dados do Conselho Nacional de Imigração. Foram 262.108 chegadas em fevereiro e 240.151 em janeiro, totalizando 502.259 visitantes estrangeiros, um crescimento de 50% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os turistas desembarcaram, em sua maioria, de países vizinhos da América do Sul. Veja de onde veio a maioria dos visitantes:
Argentina - 196.649 Chile - 96.226 Estados Unidos - 52.701 Uruguai - 19.898 França - 18.472 Reino Unido - 12.943 Portugal - 12.083 Alemanha - 10.702 Itália - 6.836
O governo do Estado tem como meta alcançar 1,8 milhão de turistas internacionais em 2025, um crescimento de 20% em relação ao total de 1,5 milhão registrado no ano passado. O governador Cláudio Castro destacou a importância do trabalho para posicionar o Rio como destino global.
“O crescimento de 50% no turismo internacional é reflexo das nossas ações para fortalecer a imagem do estado e atrair grandes eventos. Estamos trabalhando para que essa tendência de alta continue impulsionando a economia e gerando empregos para os fluminenses”, avaliou Castro.
A Secretaria de Estado de Turismo vem participando de grandes eventos do setor, como a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL). O secretário Gustavo Tutuca representou o Rio no encontro em Portugal.
“Alcançar meio milhão de turistas internacionais em apenas dois meses é um marco histórico para o Rio de Janeiro e um reflexo direto do trabalho que estamos fazendo para consolidar o estado como um destino global. O crescimento de 50% demonstra que nossas ações de promoção estão dando resultado e que o mundo continua escolhendo o Rio”, disse Tutuca.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Parte da cidade de São Paulo entrou em estado de atenção para alagamentos na tarde desta quarta-feira (12).
Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da Prefeitura de São Paulo, o aviso foi dado às 16h38 e vale para praticamente toda a cidade, com ênfase para as marginais Pinheiros e Tietê.
A Defesa Civil estadual emitiu "alerta severo" para celulares às 16h55 para as zonas oeste e norte, além do centro.
Conforme o órgão municipal, imagens do radar meteorológico mostram chuva forte na zona oeste, que deve atuar de forma lenta e isolada em outras regiões.
O CGE aponta potencial para alagamentos e rajadas de vento. Entretanto, às 16h55 não havia nenhuma via intransitável.
Há relatos de queda de granizo, além de galhos de árvore, em Pinheiros, na zona oeste e na região central.
Neste mesmo horário, segundo a distribuidora Enel, cerca de 55 mil imóveis estavam sem energia nos 24 municípios atendidos pela empresa na região metropolitana de São Paulo -na capital paulista, o problema atingia 43 mil endereços.
O Imnet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu nesta quarta-feira (12) dois alertas para acumulados de chuva abrangendo o extremo sul do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e o litoral sul de São Paulo.
Essas regiões estão sob avisos laranja (perigo) válidos até a manhã de quinta (13). A previsão indica volumes de chuva de até 100 mm em 24 horas.
Todo o estado de São Paulo foi colocado sob alerta amarelo do Inmet, de perigo potencial para chuva, até às 10h desta quinta-feira (12).
Conforme o órgão federal, nesta situação a previsão é de até 50 mm de acumulado de chuva.
(FOLHAPRESS) - Um dos maiores estudos já feitos sobre a diversidade genética da mandioca revela que, ao ser domesticada, a planta realizou uma façanha evolutiva que parece um imenso paradoxo.
Acontece que as variedades que existem mundo afora são, ao mesmo tempo, muito parecidas entre si e capazes de carregar bastante variabilidade genética -o suficiente para que elas continuem ajudando a alimentar cerca de 1 bilhão de pessoas todos os dias sem grandes riscos de desaparecer por causa de pragas.
As conclusões vêm da análise de quase 600 genomas (o conjunto do DNA de um indivíduo) da espécie, boa parte dos quais obtidos de exemplares do Brasil. O país, em especial nas áreas do sudoeste amazônico, como a atual Rondônia, provavelmente é o local de origem da mandioca domesticada -é possível que o cultivo por aqui tenha começado há quase 10 mil anos.
O trabalho foi publicado no último 7 no periódico especializado Science.
A nova pesquisa, que tem entre seus coordenadores o brasileiro Fabio de Oliveira Freitas, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, levou em conta também o DNA de plantas que viveram antes da chegada dos europeus, como uma mandioca de mais de 600 anos encontrada na região do Peruaçu, em Minas Gerais, e outra com cerca de 2.000 anos achada em Arica, no Chile. E o grupo ainda analisou variedades e práticas de cultivo do povo waurá, indígenas do Xingu que mantêm boa parte do conhecimento ancestral sobre o manejo da mandioca.
O padrão de variabilidade genética altamente incomum identificado pelos pesquisadores na mandioca se deve, em grande parte, à maneira como ela quase sempre é propagada por agricultores no mundo todo. Acontece que as plantas cultivadas quase sempre são clones de outras.
É que, em vez de usar sementes, surgidas do cruzamento entre plantas diferentes, a prática bem mais comum é enterrar ramas (pedaços cortados do caule), a partir das quais nascem novas plantas.
"Isso não significa que elas não cruzem e produzam sementes, mas o produtor quase nunca vai plantar essas sementes porque elas ficam um ano sem produzir as raízes tuberosas [a parte rica em carboidrato que as pessoas consomem]", explicou Freitas à Folha.
Por causa da facilidade de transporte e troca das ramas de uma comunidade para outra, a propagação da planta por esse método se espalhou por boa parte do continente americano antes da invasão europeia e, com o início da colonização, alcançou muitas outras regiões do mundo, em especial na África.
O processo parece ter sido tão bem-sucedido que a planta praticamente não carrega uma característica que é típica de quase todas as espécies, inclusive as domesticadas: a chamada estrutura populacional geográfica. O termo é complicado, mas significa simplesmente que, em geral, as subpopulações de uma espécie muito espalhada tendem a desenvolver suas próprias características em cada região.
Ou seja, os membros de uma espécie no Sudeste tendem a ser mais parecidos entre si geneticamente do que com os membros da mesma espécie no Nordeste, digamos. No caso da mandioca, isso quase não se vê -as variedades da planta no Pará e no Peru, digamos, não são muito diferentes entre si.
Ao mesmo tempo, porém, os indivíduos costumam manter um grau relativamente elevado da chamada heterozigosidade em seu genoma. Isso significa que, em geral, cada exemplar de mandioca carrega duas variantes diferentes para cada região de seu DNA (são duas variantes porque a espécie se reproduzia naturalmente por meio do sexo, recebendo uma cópia de seu DNA da "mandioca-mãe" e a outra da "mandioca-pai", tal como no caso dos seres humanos).
Para Freitas e seus colegas, essa característica, que ajuda o indivíduo a ser versátil o suficiente para enfrentar desafios como novos ambientes e pragas, provavelmente foi mantida por meio da seleção das plantas que iam ceder suas ramas para o replantio.
"Isso é uma coisa que a gente vê com os indígenas por exemplo: na hora de escolher a rama, eles prestam muita atenção nas plantas que são mais robustas, que têm as melhores folhas. A gente acredita que isso deve ter ajudado a manter essa variabilidade", conta ele.
Uma menina de 11 anos, identificada como Brenda Sophia Melo de Santana, morreu no último domingo (9) após inalar desodorante aerosol na cidade de Bom Jardim, no Agreste de Pernambuco. Segundo relatos de familiares, a tragédia teria sido motivada por um desafio viral da internet.
Após inalar o produto, Brenda passou mal e foi socorrida imediatamente, sendo levada a um hospital da região. No caminho, já inconsciente, a criança sofreu uma parada cardiorrespiratória. Apesar das tentativas de reanimação, ela não resistiu e faleceu.
O corpo da menina foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para perícia. A Polícia Civil investiga o caso, classificado como "morte a esclarecer", até que os laudos médicos e necroscópicos sejam concluídos.
Em nota, a Prefeitura de Bom Jardim lamentou a morte da criança e expressou solidariedade à família.
FOLHAPRESS) - Cinco anos após o início da pandemia de Covid, o Brasil ainda registra um índice alto de mortes pela doença.
De janeiro a 1º de março de 2025, a Covid matou 761 pessoas no país. É o que mostram os dados do Ministério da Saúde analisados pela plataforma SP Covid Info Tracker.
O número equivale à queda de seis Boeings 737-700, em média. A aeronave possui 126 assentos.
São 13 mortes por dia e 89 por semana. O dado é 57,46% menor se comparado ao total do mesmo período do ano passado, quando houve 1.789 mortes -cerca de 30 por dia e 209 por semana.
Em São Paulo, o cenário segue a mesma tendência. Em 2025, até 1º de março, foram 262 mortes -como se dois desses Boeings tivessem caído no estado.
Total (até 1º de março) - Brasil - Mortes diárias - Por semana 2024 - 1.789 - 30 - 209 2025 - 761 - 13 - 89
Total (até 1º de março) - SP - Mortes diárias - Por semana 2024 - 460 - 8 - 53 2025 - 262 - 4 - 31
São cerca de quatro óbitos diários e 31 por semana. O número é 43,04% menor se comparado ao total do mesmo período de 2024, quando foram registrados 460 mortes -oito por dia e 53 por semana. Os dados do estado de São Paulo são da Fundação Seade.
Ao observar as nove últimas semanas epidemiológicas de 2024 e as nove iniciais de 2025, é possível constatar um aumento de 21% nas mortes ocorridas no Brasil. O percentual sobe para 58 quando é considerado apenas o estado de São Paulo.
Semanas epidemiológicas (Brasil) - Período - Total - % Variação 44 a 52 - 27/10/2024 a 28/12/2024 - 631 - 1 a 9 - 29/12/2024 a 01/03/2025 - 761 - 21
Semanas epidemiológicas (SP) - Período - Total - % Variação 44 a 52 - 27/10/2024 a 28/12/2024 - 197 - 1 a 9 - 29/12/2024 a 01/03/2025 - 311 - 58
De 2020 até 1º de março de 2025, o país já registrou 715.295 mortes por Covid. A primeira vítima da doença foi a diarista Rosana Urbano, 57. Um dia antes do óbito, ela visitou a mãe, Gertrudes, internada com pneumonia no Hospital Municipal Doutor Cármino Caricchio, no Tatuapé, zona leste da capital paulista. Quando soube que a mãe estava intubada, a diarista passou mal e foi internada no mesmo local. Morreu às 19h15 do dia 12 de março de 2020, após uma parada cardiorrespiratória. Ela tinha diabetes e hipertensão.
Para Wallace Casaca, coordenador da plataforma SP Covid-19 Info Tracker, a doença continua perigosa. Os números estão altos e a expectativa é de aumento.
"Não é possível fazer comparações com o início da pandemia, quando não tínhamos nenhuma arma para nos proteger contra a doença. No entanto, é possível afirmar que esses números são elevados. Se você pegar o dado semanal de 2025, o número de óbitos pela doença é quase o equivalente ao que morre na queda de um avião de médio porte", diz Casaca.
"No ano passado, a maior parte dos óbitos ocorreu nos primeiros três meses, um período normalmente com pouca circulação de vírus respiratórios, mas marcado por festas, como a virada de ano e o Carnaval, além da presença de uma subvariante muito agressiva no Brasil, o que também foi relevante", afirma o pesquisador.
Renato Grinbaum, consultor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) ressalta os grupos vulneráveis correm maior risco. São os maiores de 60 anos, doentes crônicos, cardíacos e imunodeprimidos. Para os demais, com o esquema vacinal completo, a probabilidade de evoluir para a gravidade e morte é baixa.
"Como nós já tivemos vacinação prévia e episódios prévios do coronavírus, criamos uma imunidade que faz com que os episódios subsequentes sejam mais leves. Hoje, encontramos todos os dias com pessoas com Covid e que são formas mais leves porque o sistema imune já está preparado e conhece previamente o vírus", explica Grinbaum.
2024 - Total - Mortes diárias - Por semana Brasil - 5.959 - 16 - 114 SP - 2.015 - 6 - 39
"O importante é a proteção dos vulneráveis. Se você tem um familiar ou um conhecido idoso ou vulnerável, você não vai, com resfriado, procurar essa pessoa por mais amiga que ela seja. Você terá que higienizar as mãos, usar máscara perto dela. Tem que ter um cuidado especial", diz o infectologista da SBI.
Na opinião de André Bon, infectologista do Hospital Nove de Julho, a doença não mudou em relação a 2020, quando surgiu. A diferença é o arsenal terapêutico para tratar e prevenir.
"O que mudou de maneira significativa é o nosso acesso e a disponibilidade de ferramentas de prevenção como vacinas que são atualizadas periodicamente com as cepas circulantes. Temos acesso a medicações, inclusive, através do SUS, para tratamento de Covid leve e moderada, e também para a Covid grave -essas não no SUS, mas amplamente através da rede privada", afirma Bon.
"Os fatores de risco para desenvolvimento e evolução para formas graves nas pessoas não vacinadas continua exatamente igual a 2020. O número de óbitos no Brasil ainda é alto, mas é muito melhor do que poderia ser se a gente não tivesse vacina e tratamento", reforça.
Estar com o esquema vacinal em dia, com os imunizantes mais recentes, é essencial para evitar complicações e mortes, segundo Bon.
"O que sabemos de evidência é que quem está vacinado com bivalentes, por exemplo, que são as vacinas mais recentes, tem metade da chance de morrer de Covid do que as pessoas que tomaram só as vacinas monovalentes, mais antigas", explica o infectologista do Hospital Nove de Julho.
André Bon reforça que as comorbidades são importantes, mas o principal fator de risco para óbito na Covid é a idade, em especial, acima de 80 anos. Mas a cada década acima dos 50, o risco aumenta de maneira significativa. "A estimativa é que o risco de óbito de um paciente acima de 85 anos seja 340 vezes maior do que quem tem de 18 a 29 anos", afirma.
A Covid não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional desde 5 de março de 2023, pouco mais de três anos do seu início. A pandemia foi declarada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) no dia 11 de março de 2020.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Caixa Econômica Federal sorteou na noite desta terça-feira (11) o concurso 2838 da Mega-Sena, que tem o prêmio principal de R$ 11.917.659,56.
Os números sorteados no Espaço da Sorte, em São Paulo, foram: 04 - 07 - 29 - 32 - 36 - 53.
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Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz mostra que beneficiários do Programa Bolsa Família têm 17% menos risco de internação por transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas. A diferença na comparação com quem não recebe o benefício aumenta para 26% quando a substância em questão é a bebida alcoólica.
Publicado no periódico The Lancet Global Health, o estudo cruzou dados não-individualizados do Cadastro Único e do Sistema de Informações Hospitalares de mais de 35 milhões de brasileiros, entre 2008 e 2015. Os pesquisadores aplicaram também um índice que mede o nível de privação material e identificaram que o programa teve impacto positivo em todas as faixas. Na de maior privação, o risco de internação foi 41% menor entre os que recebiam o benefício.
“Essa associação observada entre ser beneficiário do Bolsa Família e a redução do risco de internação pode estar relacionada ao alívio do estresse financeiro e a promoção de acesso aos serviços de saúde e educação, por conta das condicionalidades do programa”, explica Lidiane Toledo, uma das integrantes da equipe que conduziu o estudo.
Ela complementa que a falta de dinheiro e a incerteza financeira são fatores de estresse que podem afetar a qualidade de vida e a saúde mental, levando ao abuso de substâncias psicoativas. Além disso, as famílias inscritas no programa devem garantir o cumprimento de medidas básicas de cuidado com a saúde, como pré-natal e vacinação das crianças, o que aproxima a família de unidades de saúde, que podem ajudar com os transtornos.
Outra condição para receber o benefício do programa é que as crianças e adolescentes tenham uma frequência escolar mínima, o que os pesquisadores também acreditam que tenha uma contribuição positiva. "Essa hipótese se baseia no fato de que a baixa escolaridade, uma das medidas de status socioeconômico reduzido, é um fator de risco bem documentado para os transtornos por uso de substância, além de que pessoas que fazem uso de substâncias frequentemente enfrentam barreiras no acesso aos serviços de saúde", diz o artigo.
De acordo com a pesquisadora Lidiane Toledo, o estudo demonstra que o apoio financeiro também é essencial para pessoas que vivem com transtornos mentais decorrentes do uso de substâncias e em situação de pobreza ou extrema pobreza.
"Como podemos esperar que uma pessoa busque e mantenha o tratamento de saúde se ela e sua família nem sabem se terão o que comer? A recomendação é que profissionais da Atenção Primária e dos Centros de Atenção Psicossocial considerem encaminhar pessoas vivendo com transtornos por uso de substâncias e que estão em situação de vulnerabilidade social para programas de proteção social, como o Bolsa Família”, enfatiza.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Quatro profissionais do Ministério da Saúde -infectologista, epidemiologista e técnicos especializados em vigilância epidemiológica e imunização- foram enviados a São Paulo para acompanhar o primeiro caso de Mpox causado pela cepa clado 1b no Brasil.
A paciente é uma mulher de 29 anos que mora na região metropolitana da capital paulista. Ela teve contato com um familiar da República Democrática do Congo, onde há circulação endêmica do vírus.
De acordo com o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, a jovem segue isolada e passa bem, com alta prevista para esta semana. Não foram identificados casos secundários da variante até o momento.
Existem dois clados (grupos) do vírus já identificados. Na epidemia de Mpox de 2022, o clado 2 se disseminou pela Europa e parte das Américas. Menos agressivo, causa sintomas mais leves.
O clado 1, na ocasião, ficou restrito à República Democrática do Congo (RDC), na África. Este tipo se mostrou mais agressivo, com maior mortalidade. O clado 1b é uma variante desse vírus.
Casos da cepa 1b foram identificados em Uganda, Ruanda, Quênia, Zâmbia, Angola, Reino Unido, Alemanha, França, Bélgica, Suécia, Estados Unidos, Canadá, China, Tailândia, Índia, Paquistão, Emirados Árabes Unidos e agora no Brasil.
Essa variante, que tem se mostrado bastante transmissível, compromete com mais gravidade os órgãos vitais, e o risco de morte é maior.
De maneira geral, o vírus mpox é transmitido por meio de relações sexuais, contato direto com lesões e por gotículas.
PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A MPOX
QUAIS OS SINTOMAS CLÁSSICOS DA MPOX? SÃO DIFERENTES DA NOVA CEPA?
Inicialmente os sintomas são febre, dor no corpo, prostração e aumento de gânglios. Após três ou quatro dias aparecem as lesões na pele.
Segundo Eduardo Medeiros, diretor da SPI (Sociedade Paulista de Infectologia), a nova variante é mais agressiva e pode se disseminar pelo corpo, comprometendo outros órgãos além da pele, como pulmão, intestino e fígado. "Pode levar a uma pneumonia mais grave, a uma infecção intestinal, e aumentar a mortalidade desses pacientes, principalmente dos imunossuprimidos [que realizam algum tratamento relacionado à imunidade e quem convive com HIV, por exemplo]", ressalta Medeiros.
QUEM JÁ CONTRAIU MPOX UMA VEZ PODE PEGÁ-LA DE NOVO?
Quem já contraiu Mpox guarda algum grau de imunidade. O médico reforça, contudo, que novas variantes fogem da resposta imunológica.
"Isso aconteceu com a Covid, com o vírus influenza e certamente está acontecendo com o mpox. O vírus se modifica", diz Medeiros.
QUAL OS SINAIS DE AGRAVAMENTO DA MPOX?
Os sinais de alerta são o aumento progressivo das lesões e a presença de dor ou prostração.
PESSOAS COM COMORBIDADES SÃO MAIS VULNERÁVEIS À MPOX?
Medeiros afirma que não é possível descartar tal hipótese, pois pacientes com obesidade e com diabetes têm tendência a responder de forma pior a essas infecções virais, que podem evoluir para forma mais grave.
QUEM CONVIVE COM HIV PODE TER COMPLICAÇÕES DA MPOX?
Corre risco a pessoa que convive com HIV e tem imunidade baixa ou que não sabe que tem o vírus e por isso não se trata.
QUAIS OS RISCOS PARA GESTANTES?
A gravidez leva à diminuição da imunidade contra as infecções. Portanto, é possível que a gestante com Mpox desenvolva uma forma mais grave da doença. Além disso, pode haver transmissão vertical, isto é, da mãe para o bebê, e causar óbito fetal.
O VÍRUS PODE SER TRANSMITIDO PELO LEITE MATERNO?
Como o vírus circula pelo sangue, é provável que sim, mas a transmissão ocorre fundamentalmente por contato com as lesões. Isso vale para a forma branda da doença também.
"Se a mãe tiver lesões pelo corpo, deve evitar o contato com o bebê. Durante o período de transmissão do vírus, que varia entre o início dos sintomas até cerca de 28 dias, a gente evita a amamentação", explica Medeiros.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Escolas municipais de Fortaleza deixaram de receber dois livros de literatura infantil após uma deputada acusar as obras de terem conteúdo impróprio para crianças.
A deputada estadual Silvana Sousa (PL) pediu o veto ao livro "E o Medo, que Medo Tem?" por apresentar um personagem vestido de bailarina, sob alegação de haver uma "mensagem subliminar para a cultura LGBT". Ela pediu ainda a suspensão da circulação do livro "Alfrabeto", alegando que a obra coloca as religiões de matrizes africanas em posição de destaque em detrimento das demais.
As duas obras fazem parte de um kit de 12 livros de literatura infantil editados e publicados pela Secretaria de Educação do Ceará, que depois os envia para os municípios de todo o estado para serem distribuídos nas escolas de educação infantil. A deputada enviou dois requerimentos para a secretaria pedindo a "imediata suspensão" dos livros nas escolas.
A distribuição da coleção de livros é uma das estratégias do Paic (Programa Aprendizagem na Idade Certa) do governo cearense para garantir a alfabetização das crianças até os seis anos de idade.
O governo entrega aos municípios a coleção com os 12 livros em uma única embalagem para cada turma de pré-escola (etapa que atende crianças de 4 e 5 anos). Apesar de as obras serem entregues juntas, as escolas municipais de Fortaleza receberam o kit com apenas dez títulos -faltando exatamente os dois livros criticados pela deputada.
Questionada se havia determinado a retirada desses livros, a Secretaria de Educação de Fortaleza afirmou ter ocorrido um problema no processo de distribuição. Por isso, algumas escolas teriam recebido a coleção com itens faltantes. A pasta da gestão Evandro Leitão (PT) disse que vai finalizar a entrega de todos os 12 livros da coleção nos próximos dias.
Preocupados com a falta dos livros, professores e pais de alunos organizaram um abaixo-assinado pedindo a entrega imediata da coleção completa em todas as escolas. Eles reivindicam que os títulos não sejam censurados por causa dos requerimentos feitos pela deputada.
Ana Paula Marques, autora de "E o Medo que Medo Tem?", disse ter se surpreendido ao descobrir que as escolas não estavam recebendo a obra. "Sou professora e há anos escrevo literatura infantil, o livro está em total acordo com o currículo e diretrizes nacionais."
No documento enviado à secretaria, a deputada diz que o problema do livro não é a narrativa, mas as ilustrações. "Não é adequado ver um menino vestido de bailarina como se demonstrasse que assim ele estaria vencendo um medo, se libertando, uma vez que um menino nem imaginaria se vestir assim", diz o requerimento.
"A última ilustração traz o mesmo menino vestido de bailarina com outras crianças, com o arco-íris ao fundo e a palavra CORAGEM com todas as letras coloridas. A mensagem subliminar no livro está onde traz a criança em fase de desenvolvimento a cultura LGBT", continua o documento assinado pela parlamentar.
Ana Paula diz que o livro nem sequer faz menção sobre o gênero do personagem que aparece vestido de bailarina. Segundo ela, a ilustração pode tanto representar um menino como uma menina de cabelos curtos.
"A ilustração dá a oportunidade para que as crianças façam múltiplas leituras. Pode ser uma menina com cabelo curtinho ou até mesmo um menino de bailarina. Qual o problema disso? O personagem não tem nome, a ilustração representa uma criança", diz.
Já sobre o livro "Alfrabeto", a deputada afirma que ele é um exemplo de que "religiões de matrizes afro são colocadas em posição de destaque em detrimento das demais". O livro trata de conteúdos que são obrigatórios no currículo de todas as escolas do país sobre a história e cultura afro-brasileira e indígena.
Em uma fala na Assembleia Legislativa do Ceará, a deputada afirmou ainda que os livros são um "ataque contra as crianças".
Em nota, a Secretaria de Educação do Ceará declarou que os dois livros fazem parte do acervo das escolas de educação infantil e obedeceram a todos os critérios de seleção do edital realizado em 2022, "tratando de temáticas de relevância para a formação respeitosa das crianças cearenses, prezando pelo bem-estar e promovendo a equidade entre educandos e educadores".
A secretaria do governo Elmano de Freitas (PT) afirmou que todas as obras selecionadas possibilitam a construção de um ambiente educativo que promova a "diversidade, o respeito às diferenças como parte da experiência humana, contribuindo para a formação de crianças respeitosas, tolerantes e conscientes de seus direitos".
Já a pasta de Fortaleza promete corrigir o problema de distribuição e diz que todas as escolas vão receber todos os livros da coleção, já que as "publicações obedecem à legislação e aos parâmetros educacionais nacionais".
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) é acusada de superfaturar a compra de garrafas de água mineral distribuídas durante o Carnaval de rua de 2024. Segundo denúncia do Ministério Público, o sobrepreço causou prejuízo de R$ 1.227.240,00.
A ação de improbidade administrativa foi iniciada pela promotoria de Justiça do Patrimônio Público em fevereiro do ano passado, quando foram levantadas suspeitas sobre o contrato que pagou R$ 5,52 por cada garrafa de 500 ml, quase o dobro do praticado pelo mercado à época.
Segundo a denúncia, foram adquiridas 252 mil garrafas de água mineral sem gás (500 ml) por R$ 5,5 a unidade, total de R$ 1.391.040,00. "Dados públicos demonstram que a média praticada no mercado variava, à época, entre R$ 0,65 a R$ 0,90/unidade", diz trecho.
Em nota, a secretaria de Subprefeituras, responsável pelo contrato, afirmou que o valor estipulado por cada garrafa seguiu pesquisa de mercado na época, e que o preço pago incluiu gastos com logística e refrigeração.
A Promotoria também apontou o que chamou de "jogo de planilha", manipulação dos valores praticados em contrato para ganhar a licitação com o menor preço global para depois alterar as quantidades. No mesmo contrato, foram adquiridos kits lanches aos funcionários da prefeitura que trabalharam durante o Carnaval.
A quantidade de kits foi reduzida após a assinatura do contrato, segundo a denúncia.
Em 2025, a prefeitura distribuiu 1,8 milhão de copos de água durante oito dias de Carnaval de rua. Segundo a gestão municipal, o público foi de 16,5 milhões de pessoas, e a folia movimentou R$ 3,4 bilhões.
(FOLHAPRESS) - O Ministério da Saúde registrou 33,3 mil casos de malária na Terra Indígena Yanomami em 2024, uma quantidade superior à própria população do território -são 27,1 mil indígenas na região, segundo dados do Censo de 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Das 33,3 mil notificações de malária no território, 14.672 (44%) se referem a crianças de 0 a 9 anos de idade. É a maior incidência entre faixas etárias, seguida da de 10 a 19 anos, com 8.889 casos (26,6%).
As notificações da doença em 2024 representam um aumento de 10,2% em relação a 2023, quando houve 30,2 mil registros, e um acréscimo de 118% ante 2022, quando o sistema registrou 15,3 mil casos.
Os dados, compilados pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, foram obtidos pela Folha por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação). Os números de 2024 são considerados preliminares e ainda sujeitos a alteração, conforme a pasta.
A reportagem pediu, na mesma solicitação, os dados de óbitos de yanomamis em todo o ano de 2024, o que foi negado pelo ministério.
As informações fornecidas sobre mortes são apenas do primeiro semestre do ano. O ministério oculta os dados, e parou de atualizar com periodicidade certa os boletins com os números.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que houve queda de 35,7% nas mortes por malária, numa comparação por semestres. Houve mais diagnósticos, com aumento de 73% no número de exames, e mais tratamento por profissionais de saúde, segundo a pasta.
"A análise exclusiva pelas notificações pode gerar falsa sensação de aumento de casos de malária na região, uma vez que um único paciente pode ser testado várias vezes até o fim do tratamento", disse a nota.
Segundo o documento da Secretaria de Vigilância em Saúde do ministério, fornecido à reportagem na resposta via LAI, os dados de notificações não incluem lâminas de verificação de cura, que são testes relacionados a "recaídas e recrudescências" e que não tratam de "novas infecções".
As ações de saúde tiveram início no primeiro mês do governo Lula (PT), diante da crise humanitária causada pela explosão do garimpo ilegal no território, tolerado e estimulado pela gestão passada, de Jair Bolsonaro (PL). Cerca de 20 mil garimpeiros exploravam ouro e cassiterita de forma ilegal, em muitos casos em áreas bem próximas das aldeias.
A emergência em saúde pública foi declarada em janeiro de 2023. Em fevereiro do mesmo ano, teve início uma operação federal para expulsão de invasores , em cumprimento a uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).
Os dados fornecidos por meio da LAI mostram uma diminuição das mortes por malária, apesar do aumento das notificações. Esses dados, porém, estão incompletos: nos casos de 2023 e 2024, referem-se apenas ao primeiro semestre de cada ano.
Em 2022, houve 16 mortes por malária na terra yanomami, sendo 10 casos de crianças de 0 a 9 anos, conforme o Ministério da Saúde. No primeiro semestre de 2023, foram 14 óbitos, dos quais 7 foram de crianças com menos de 10 anos de idade. Já no primeiro semestre de 2024, houve menos mortes, 9, sendo a grande maioria, 8, de crianças de 0 a 9 anos.
Crianças e adolescentes são um público prioritário e têm maior acesso a medicamentos, segundo a pasta.
Em 2023, conforme registros do ministério, houve 363 mortes de indígenas yanomamis, levando em conta o total de óbitos, uma quantidade de notificações superior aos registros (343 mortes) em 2022, o último ano do governo Bolsonaro. Profissionais de saúde não comparam os dois anos em razão da subnotificação elevada na gestão passada.
O governo Lula não divulgou até agora os dados completos de 2024. Os números existentes se referem ao primeiro semestre do ano, quando houve notificação de 155 óbitos. A queda foi de 27% em relação ao primeiro semestre de 2023, quando o Ministério da Saúde registrou 213 mortes .
A malária é uma doença que drena a energia do paciente. A maneira como está difundida na terra yanomami, com vários casos de reincidência, e com danos graves em órgãos como o fígado, impacta a capacidade de trabalho dos indígenas nas roças nas aldeias, o que alimenta o ciclo de insegurança alimentar e a dependência de cestas básicas.
A maior quantidade de notificações reflete a ampliação do atendimento em saúde no território, desde a declaração da emergência, com mais busca ativa de casos. Polos de saúde que estavam fechados passaram a funcionar, com mais identificação e tratamento para malária.
Ao mesmo tempo, os dados de notificações mostram a disseminação da malária pelo território e a persistência dos focos do mosquito transmissor, inclusive da forma mais grave da doença, chamada de falciparum. Em nenhuma outra parte da amazônia há tanta malária como na terra yanomami.
Das 39 mortes registradas desde 2022, 18 foram causadas pelo protozário da falciparum, conforme os dados fornecidos pelo Ministério da Saúde. Em parte dos casos, com complicações cerebrais.
"O aumento do número de locais de diagnóstico e tratamento e o aumento das equipes de saúde resultam em maior cobertura dos serviços de saúde e de diagnósticos, e maior número de pessoas diagnosticadas e tratadas", afirmou Milena Kanindé, chefe de gabinete da Secretaria de Saúde Indígena do ministério, em um dos pareceres em resposta ao pedido via LAI.
Segundo ela, há uma dificuldade de diagnóstico em até 48 horas, a partir da manifestação dos sintomas, em razão de a terra yanomami ser vasta e com áreas de acesso muito difícil. Outro aspecto citado é o fato de a população ser nômade.
"No início de 2023, aproximadamente 5.224 indígenas não tinham acesso aos serviços de saúde nos polos base de Kayanaú, Homoxi, Hakoma, Ajarani, Haxiú, Xitei e Palimiú", disse a chefe de gabinete. "Até abril de 2024, todos esses polos foram reabertos, alguns parcialmente, o que aumentou consideravelmente o acesso dos indígenas ao diagnóstico e tratamento de malária."
A notificação do caso entra no sistema 45 dias após a confirmação, em média, conforme Kanindé. Por isso os dados são tratados como preliminares, sujeitos a alteração.
O secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, afirmou, em outra manifestação no pedido formulado via LAI, que os números de mortes de yanomamis no segundo semestre de 2023 e de 2024 estão "em processo de qualificação". A fase é de finalização e análise dos dados epidemiológicos, segundo o secretário, e os dados devem ser divulgados em breve, disse.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O estado de São Paulo deverá ter uma sequência de dias chuvosos, ao menos até a sexta-feira (14), aponta a previsão do tempo.
Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), há alerta de perigo potencial para chuvas intensas nesta terça-feira (11) em regiões como no Vale do Paraíba e no litoral norte paulista.
Na cidade de São Paulo, a tendência é de muitas nuvens, com pancadas de chuva e trovoadas isoladas ao longo da semana, de acordo com o órgão federal.
Segundo a Climatempo, o deslocamento de uma frente fria sobre o estado é o principal responsável pela instabilidade do tempo.
Essa frente fria, conforme a agência, canaliza mais umidade da faixa norte do Brasil, o que intensifica a instabilidade sobre o estado e também sobre a capital. "De acordo com o mapa de risco, a faixa leste do estado de São Paulo está em alerta para temporais, enquanto para as áreas central e oeste, as chuvas devem ocorrer de forma moderada a forte, com características de pancadas. O sol predominará ao longo do dia em grande parte do estado", afirma, sobre esta terça.
Esta frente fria perdeu força na noite deste domingo (9), lembra a Defesa Civil estadual, reduzindo a instabilidade em algumas regiões. No entanto, explica que pancadas de chuva devem ocorrer ao longo da semana.
Deve vir chuva, mas a temperatura continua elevada. Conforme o Inmet, a máxima prevista para esta terça-feira na cidade de São Paulo é de 32°C. Na quarta (12), deverá chegar aos 31°C.
Na quinta (13), os termômetros poderão ficar abaixo dos 30°C pela primeira vez no município desde o dia 14 de fevereiro -para este dia, a máxima prevista é de 29°C.
Para as cidades da Baixada Santista, a previsão é semelhante a do município de São Paulo, com muitas nuvens com pancadas de chuva e trovoadas isoladas
Por causa da possibilidade de temporais no estado, o gabinete de crise montado pela Defesa Civil estadual, que reúne agências reguladores de serviços, como concessionárias de energia, água e estradas, e Corpo de Bombeiros, continua mobilizado de forma preventiva.
Três amigas passaram por um momento assustador em um elevador em Curitiba, no Paraná, e foi a rápida ação de uma delas que evitou um grave acidente.
As três estavam dentro do elevador quando uma delas ficou pendurada por uma corda. O caso aconteceu no prédio onde trabalham no início de fevereiro, mas só agora um vídeo das câmaras de segurança foi divulgado por elas nas redes sociais.
As imagens mostram o momento em que Andriele da Silva fica pendurada dentro do elevador e é salva pela agilidade de Crislaine Machado e Luana Ferreira. As colegas entraram com três carrinhos vazios e Andriele foi a última a entrar, ficando mais perto da porta. Contudo, não percebeu que uma corda do seu carrinho tinha ficado do lado de fora.
Assim que o elevador começou a descer, a corda foi puxada para cima e Andriele ficou presa pelas pernas. Crislaine empurrou a perna da colega por cima da corda e, com o impulso, Andriele caiu em cima de Luana, enquanto o carrinho ficou pendurado. Pouco depois, a corda se rompeu e o carrinho soltou.
O incidente durou menos de um minuto e ninguém ficou ferido. Ao perceberem que estavam bem, acabaram rindo da situação.
VEJA: Mulher deixa corda de carrinho pra fora do elevador e é puxada para cima. pic.twitter.com/4J2hbLHyva
Ao menos 21,4 milhões de mulheres brasileiras - ou 37,5% da população feminina com 16 anos ou mais - foram vítimas de algum tipo de violência no último ano, segundo estudo do Fórum Brasileiro de Segurança e do Instituto Datafolha. Entre as formas mais frequentes estão humilhações verbais e agressões físicas, como batidas, chutes e empurrões.
Os dados, divulgados nesta segunda-feira, 10, estão na 5.ª edição da pesquisa Visível e Invisível: Vitimização de Meninas e Mulheres, feita a cada dois anos. O principal objetivo é entender a violência contra mulher para além dos registros policiais. Foram realizadas entrevistas em 126 cidades, entre 10 e 14 de fevereiro. Ao todo, 793 mulheres com 16 anos ou mais responderam presencialmente a um questionário sobre formas de violência que possam ter sofrido ou presenciado ao longo dos 12 meses anteriores.
Aumento
A pesquisa mostra que o porcentual de mulheres que contaram ter sofrido violência é consideravelmente maior do que na edição de 2023, quando essa parcela correspondia a 28,9%. Segundo os pesquisadores, é "difícil precisar as razões" que levaram a esse crescimento, mas há algumas hipóteses. Entre elas, Samira Bueno, diretora executiva do Fórum de Segurança Pública, cita que pode ter ocorrido prolongamento do cenário apontado já no relatório de 2023, que indicou o crescimento de toda forma de violência contra a mulher. "Está nessa tendência de crescimento desde o fim da pandemia."
Segundo Samira, estudos no exterior apontaram que o período pode ter elevado o controle exercido por parceiros no contexto doméstico, desencadeando novas tensões e violências à medida em que houve a volta às ruas. Para ela, o avanço dos discursos de ódio nos últimos anos também pode ter sido decisivo. "Houve, por exemplo, a multiplicação (na internet) de canais red pill, que têm discursos misóginos, machistas e que fazem apologia da violência contra a mulher", diz.
Formas de agressão
A pesquisa apontou que o número médio de formas de agressão vivenciadas por mulheres no período foi de 3,2. Em outras palavras: as vítimas relataram, em média, mais de três tipos diferentes de violência. Entre os listados, um primeiro destaque são insultos, humilhações ou xingamentos, relatados por 31,4% das respondentes.
A segunda forma mais vivenciada no último ano foi agressão física, com batidas (tapas ou socos), empurrões ou chutes, com prevalência de 16,9% - na edição anterior, essa modalidade havia ficado em 3.º.
Empatadas mais abaixo estão as ameaças de agressão e a perseguição (stalking)/amedrontamento, ambas tendo sido vivenciadas por 16,1%. A análise do perfil das vítimas de violência no último ano indica que mulheres de 25 a 34 anos (43,6%), de 35 a 44 (39,5%) e de 45 a 59 (38,2%) são os grupos etários mais afetados. Mas há elevada prevalência em todas as faixas etárias, entre 16 e 59 anos.
1,6 milhão de mulheres podem ter tido fotos ou vídeos íntimos divulgados
Pesquisa divulgada ontem aponta que 1,6 milhão de mulheres podem ter tido fotos ou vídeos íntimos divulgados na internet contra a sua vontade nos últimos 12 meses. O fenômeno, por vezes chamado de "pornografia de vingança", expõe as vítimas a humilhação pública, danos emocionais e consequências materiais, como perda de emprego ou ruptura de laços familiares.
Os dados estão presentes na quinta edição da pesquisa Visível e Invisível: Vitimização de Meninas e Mulheres, realizada de dois em dois anos. O principal objetivo é entender a violência contra mulher para além dos registros policiais.
A pergunta sobre a divulgação de fotos ou vídeos íntimos foi incluída pela primeira vez no questionário, e acabou surpreendendo os pesquisadores. "É um número muito mais elevado do que a gente imaginava, e com uma prevalência muito maior de mulheres jovens", afirma Samira Bueno, diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Segundo ela, o número elevado acende dois alertas principais. "Um primeiro é em relação à dificuldade que é investigar casos como esse e punir. Por mais que a gente tenha legislação para tipificar isso criminalmente, depois que cai na internet é difícil desaparecer com isso de lá", afirma. Diante da questão, ela reforça a importância da capacitação específica de setores da polícia para identificação de autores.
Ao mesmo tempo, a pesquisadora aponta que também é fundamental falar sobre isso com jovens, seja em casa ou em ambientes escolares, para que eles não acabem se expondo e dando amplo acesso a materiais íntimos. "Quando se olha o perfil das vítimas, há um porcentual muito elevado de mulheres nas faixas de 16 a 24 anos e de 25 para 34 anos", afirma Samira.
Na legislação
A divulgação não autorizada de imagens ou vídeos íntimos já é criminalizada no Artigo 2018-C do Código Penal. Segundo o texto, "oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de estupro" pode resultar em pena de reclusão de 2 a 5 anos.
Abrangência
A análise do perfil das vítimas de violência no último ano indica que mulheres de 25 a 34 anos (43,6%), de 35 a 44 anos (39,5%) e de 45 a 59 anos (38,2%) são os grupos etários mais afetados pelas diferentes formas de violência apuradas na pesquisa. Ainda assim, há elevada prevalência da violência em todas as faixas etárias, especialmente entre mulheres com idades entre 16 e 59 anos.
Foram feitas entrevistas em 126 municípios, entre 10 e 14 do mês passado. Ao todo, 793 mulheres com 16 anos ou mais responderam.
86% sofrem violência na frente de um conhecido
A cada quatro casos de violência sofridos por mulheres de 16 anos ou mais no ano passado no Brasil, ao menos um foi cometido diante do filho da própria vítima, segundo a pesquisa. O estudo aponta ainda que, entre as mulheres que responderam ter sofrido violência no último ano, a maioria (91,8%) disse que o crime ocorreu na presença de terceiros.
Em 47,3% dos casos, quem presenciou foram amigos ou conhecidos; em 27%, os filhos; e em 12,4%, outros parentes. Apenas em 7,7% as violências foram testemunhadas por pessoas desconhecidas.
A pergunta sobre a presença de terceiros também foi incluída pela primeira vez. "Este dado chama a atenção não apenas por indicar que a esmagadora maioria dos casos contou com testemunhas, mas principalmente porque 86,7% das mulheres afirmaram ter sofrido violência na presença de um conhecido", diz o estudo.
"As pessoas no entorno sabem que essa mulher está sofrendo violência. Muitas vezes, enquanto sociedade, ainda somos coniventes", afirma Samira Bueno.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O médico e deputado federal Alexandre Padilha (PT) disse nesta segunda-feira (10), ao tomar posse no cargo de ministro da Saúde, que a obsessão de sua gestão será reduzir o tempo de espera para atendimentos especializados.
"Volto com mais energia, com uma obsessão. Reduzir o tempo de espera para quem precisa de atendimento especializado no nosso país", disse Padilha em cerimônia realizada no Palácio do Planalto.
O petista afirmou que irá envolver o setor privado, universidades, estados e municípios nos debates sobre a redução da espera por consultas e procedimentos de média e alta complexidade.
O petista foi escolhido em 25 de fevereiro para substituir a socióloga Nísia Trindade na chefia do Ministério da Saúde. Antes, Padilha atuava como ministro da SRI (Secretaria de Relações Institucionais), pasta que passa a ser chefiada por Gleisi Hoffmann (PT).
O discurso de posse sinaliza que Padilha deseja reforçar a aposta no Mais Acesso a Especialistas. O programa, que ainda ganha tração, promete encurtar o tempo para a realização de consultas e exames especializados nas áreas de oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia.
Lula tem cobrado que o Ministério da Saúde emplaque uma ação de maior visibilidade.
Padilha ainda afirmou que o governo deseja "enterrar" a tabela SUS e apresentar um modelo que pague mais a estados, municípios e prestadores de serviços da rede pública que ofereçam atendimentos em tempo mais curto.
A posse dos ministros formaliza as primeiras trocas da reforma ministerial que está sendo negociada por Lula. O presidente mexe na cúpula do seu governo no momento em que tenta reverter a queda de popularidade de sua gestão.
Padilha foi ministro da Saúde entre 2011 e 2014, durante o governo Dilma Rousseff (PT).
Nísia foi demitida por Lula após a Folha revelar que o presidente havia decidido trocar a chefia do ministério. No discurso de despedida, a sociólogo disse que atuou para "reconstruir o SUS e a capacidade de gestão do ministério".
Nísia ainda destacou que foi a primeira mulher a comandar a Fiocruz e ocupar o cargo de ministra da Saúde. Ela afirmou que, à frente do ministério, foi alvo de uma "campanha sistemática e misógina" de desvalorização do seu trabalho e idoneidade.
À frente da Saúde, Padilha ainda terá de lidar com crises sanitárias, como a da dengue, além da cobiça do Congresso sobre o orçamento da Saúde.
(Folhapress) Uma pesquisa do Datafolha mostra que 99% dos foliões aprovam o Carnaval de rua em São Paulo.
O levantamento, encomendado pela Prefeitura de São Paulo, foi feito entre os dias 28 de fevereiro e 4 de março e coletou 2.217 entrevistas em 11 vias públicas. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
A maioria dos foliões entrevistados (72%) moram na capital, enquanto 12% vivem na região metropolitana e 17% eram turistas de outras partes do estado e do país. Dos que participaram do levantamento, 79% pretendem voltar futuramente.
Entre os aspectos avaliados, os entrevistados deram nota 9 para a variedade de blocos e a diversidade de ritmos musicais.
Também foram bem recomendados: localização de blocos (nota 8,8), organização (8,4); atendimento nos postos médicos (8,2); informações aos participantes (8,1) e limpeza das ruas (7,9).
Entre os itens com pior avaliação, a segurança ganhou nota 7,5 e a disponibilidade banheiros públicos ficou com 7,3.
Outro item avaliado, o programa Smart Sampa, aposta da gestão Ricardo Nunes (MDB) na área de segurança, obteve aprovação de 91% dos foliões. Apenas 4% foram contrários ao programa de câmeras com reconhecimento facial.
Às vésperas do Carnaval, três defensoras públicas recomendaram que não fosse usada tecnologia de reconhecimento facial ou o perfilamento e identificação remota de indivíduos em meio a blocos.
A Defensoria, porém, recuou e na sexta-feira que antecede a folia ressaltou não ser contrária ao programa de monitoramento.
De janeiro a março deste ano, o Brasil registrou 502.317 casos prováveis de dengue. Durante o período, foram confirmadas 235 mortes pela doença, enquanto 491 óbitos permanecem em investigação. O coeficiente de incidência no país, neste momento, é de 236,3 casos de dengue para cada 100 mil habitantes.
Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde. De acordo com a plataforma, 55% dos casos prováveis de dengue registrados este ano foram entre mulheres e 45%, entre homens. As faixas etárias que mais concentram casos são de 20 a 29 anos, de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos.
São Paulo lidera o ranking de estados, com 291.423 casos prováveis. Em seguida estão Minas Gerais (57.348), Paraná (31.786) e Goiás (27.081). Em relação ao coeficiente de incidência, o Acre aparece em primeiro lugar, com 760,9 casos para cada 100 mil habitantes, seguido por São Paulo (633,9), Mato Grosso (470,2) e Goiás (368,4).
CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - O Tribunal de Justiça do Maranhão pretende comprar 50 smartphones do tipo iPhone 16 Pro Max para uso dos desembargadores ao custo de, no máximo, R$ 573.399,50 (R$ 11.467,99 por aparelho). O modelo iPhone 16 Pro Max foi lançado pela Apple há menos de seis meses e é considerado o mais caro da marca.
A principal etapa do processo de compra -a abertura da sessão pública para formação de uma ata de registro de preços- estava prevista para ocorrer nesta quinta-feira (13). Mas, horas após repercussão do caso na imprensa, o TJ informou na manhã desta segunda-feira (10) à reportagem que "o registro de preços foi suspenso para adequações". Não acrescentou quais seriam as possíveis mudanças.
No edital de licitação publicado mês passado, o TJ descreve que pode ser adquirido um iPhone 16 Pro Max ou equivalente ou superior. Também traz algumas especificações, como memória RAM de no mínimo 8 GB e armazenamento interno de no mínimo 256 GB.
Segundo o edital, a compra dos smartphones "visa atender às necessidades de fácil comunicação dos desembargadores, mediante utilização de linhas móveis corporativas, bem como possibilitar-lhes rápido acesso à internet como fonte de informação e instrumento de trabalho, considerando que os smartphones se configuram atualmente como verdadeiros computadores".
O TJ do Maranhão possui hoje 35 desembargadores em seus quadros, mas, conforme justifica no edital, a compra de 50 aparelhos serviria também para "reposição de equipamentos danificados" ou "eventuais expansões ou novas nomeações".
A reportagem questionou o TJ sobre quais aparelhos são utilizados atualmente pelos desembargadores, quando foram adquiridos e qual o destino deles a partir da compra do iPhone 16 Pro Max, mas não teve resposta. Também não houve resposta ao questionamento sobre gastos com linhas institucionais.
"Justifica a pretendida aquisição o fato de que não existe mais nenhum aparelho disponível, uma vez que os últimos existentes foram fornecidos para as duas mais recentes desembargadoras empossadas, de forma que não temos aparelho para um novo desembargador ou para substituição no caso de algum smartphone de desembargador apresentar defeito", continua o edital.
O tribunal também afirmou no documento que a indicação de marca e modelo se justifica "pela necessidade de manter a continuidade e padronização tecnológica", o que facilitaria o suporte técnico, reduzindo custos operacionais.
Em outro trecho do edital, o tribunal também afirma que o aparelho "não se enquadra como sendo de bem de luxo", pois "a sua qualidade não é superior à necessária para cumprir as finalidades à qual se destina".
"A escolha também leva em consideração a importância da imagem institucional e da representatividade, uma vez que dispositivos de alta qualidade e desempenho são essenciais para atender às exigências de comunicação e trabalho dos membros da magistratura", continua o documento.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após mais de 20 anos, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) vai abrir um concurso público que contemplará 388 vagas, para os níveis de escolaridade médio e superior. Ainda não há um calendário definido, mas a previsão é que as inscrições sejam abertas em 2025.
A última seleção feita pela empresa ocorreu em 2002, e o plano de cargos, que estava bloqueado desde 2006, já foi aprovado pelo Governo de São Paulo. O plano inclui desde carreiras das atividades-base da CDHU, como engenharia e arquitetura, até cargos de áreas-meio, como administração, contabilidade, auditoria, entre outras.
O objetivo da companhia é modernizar o quadro de funcionários da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação. O órgão decidiu o número de vagas com base no déficit operacional dimensionado. No momento, a CDHU está trabalhando no plano de cargos e salários, enquanto busca autorização da Secretaria da Fazenda para realizar o concurso. Depois disso, é feita a seleção da organizadora e publicação de datas para inscrição e prova.
COMO SE PREPARAR?
Para o professor Eduardo Cambuy, da plataforma de estudos Gran Concursos, é importante que os futuros candidatos busquem a última prova, de 2002, e observem concursos de empresas locais correlatas, como saneamento e energia.
"Trata-se de uma empresa pública. Então é importante entender sobre toda a estrutura da administração pública no geral, os princípios básicos", afirma. Ele sugere procurar empresas paulistas semelhantes, que tiveram algum concurso recentemente, e treinar com base nessas provas.
Letícia Bastos, professora de português na plataforma, cita disciplinas relacionadas a administração pública e direito administrativo como pontos de atenção para os candidatos, bem como conhecimentos específicos pertinentes ao setor habitacional e urbano.
Ela aconselha os candidatos a praticarem questões de Língua Portuguesa das bancas que organizam concursos no estado de São Paulo, como Cebraspe, FGV (Fundação Getulio Vargas), FCC (Fundação Carlos Chagas) e Vunesp. Caso a prova de 2002 seja utilizada para estudo, é importante se atentar às mudanças estabelecidas pelo Acordo Ortográfico de 2009.
Também é fundamental ficar atento e acompanhar a publicação do edital para direcionar os estudos de forma mais objetiva ao longo do processo.
O QUE É A CDHU?
A CDHU, sigla para Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano, é uma empresa voltada para a construção de moradias populares, que atende famílias com renda na faixa de 1 a 10 salários mínimos. Fundada em 1949, está ligada ao Governo de São Paulo e vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação.
Desde 2023, a companhia foi responsável por 18,1 mil moradias do total de 50,5 mil entregues pela gestão estadual. Hoje, há mais de 32 mil unidades em construção. A meta de entrega de moradias até 2026, segundo a empresa, é de 200 mil unidades, incluindo todas as modalidades e programas disponíveis na secretaria.
Sorrisos, festa, música… Oito de março era sempre de celebração especial do aniversário de Elza dos Santos. Além de comemorarem a vida dela, os seis filhos lembravam que era dia das mulheres. E ela, a ‘rainha’ deles, na casa de um quarto, em que todos moravam no Rio de Janeiro. Elza, que perdeu o marido precocemente, atravessava a madrugada trabalhando como costureira. Foi também em um mês de março, no dia 15, em 1971, que a dor passou a ocupar espaço naquela casa.
Foi aquele o dia em que o filho mais velho, o estudante de ensino técnico em contabilidade Joel Vasconcelos, de 21 anos, foi preso por agentes da ditadura militar e desapareceu. Elza, desde então, passou a lutar para tentar salvar o rapaz. Iniciou um périplo. Carregava a foto do filho por onde ia. Buscou notícias, chorou escondida a ausência do rapaz, que era idealista e diretor da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).
Foto na escadaria
Elza dos Santos teve o filho preso e desaparecido durante a ditadura militar - Foto Elza dos Santos/Arquivo Pessoal
Mesmo diante do desespero que se abateu, ela pedia que os filhos não deixassem de sorrir enquanto lutava para que dessem informações ou entregassem o corpo ou a certidão de óbito. Joel, que também era sapateiro, ajudava nas despesas de casa, e teria morrido após torturas nas dependências do DOI-Codi (entre 15 e 19 de março). Elza morreu em 1994, aos 64 anos, sem ter o corpo do filho.
Veja a certidão de óbito.
Uma das filhas de Elza e irmã de Joel, a advogada Altair de Almeida, de 68 anos, recorda que a mãe buscava também a fé religiosa para ter alguma esperança de mudança de cenário. “Ela ficava na escadaria da Cinelândia todos os dias com a foto do meu irmão. Nunca se calou, procurou o presidente, o papa. Não tinha quem não a conhecia”, lembra Altair que perdeu o irmão, quando ela era uma adolescente de 14 anos.
Brasília (DF), 08/03/2025 - Outras Eunices Paiva. Dia da Mulher. Joel Vasconcelos. Foto: Joel Vasconcelos/Arquivo Pessoal - Joel Vasconcelos/Arquivo Pessoal
Visibilidade
Histórias como a dessa família foram reconhecidas, principalmente após o relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV), em 2014, e passaram a ter nova chance de visibilidade com as repercussões do filme “Ainda estou aqui”, sobre a luta de Eunice Paiva, viúva do ex-deputado Rubens Paiva.
Veja relatório da Comissão Nacional da Verdade.
De acordo com a historiadora Lorrane Rodrigues, coordenadora executiva do Instituto Vladimir Herzog, são as mulheres que levam à frente as políticas de memória, verdade e justiça para a América Latina como um todo, incluindo o Brasil.
“Essa repercussão toda causada pelo filme é muito importante para a gente entender qual é o papel dessas mulheres, seja no período da ditadura militar ou em outros períodos que o país já viveu”, afirma a pesquisadora.
À espera
No caso da história de Joel, que era negro e tinha passado pelo serviço militar obrigatório, foi preso quando estava acompanhado de um amigo nas imediações do Morro do Borel. De acordo com o relatório da CNV, a prisão teria ocorrido por suspeita de tráfico. Ocorre que o rapaz apenas levava cartazes contra a ditadura e ingressos para a peça de teatro "O Rei da Vela", de Oswald de Andrade.
Os policiais militares entregaram os amigos para militares do Exército, justamente para pessoas que tinham a mesma farda que ele vestiu um dia. Da vida na caserna, ficava feliz de guardar a disciplina e a organização. “A minha mãe nunca deixou mudar o telefone de casa na esperança que algum dia ele fosse ligar”, recorda a irmã de Joel. “A foto que mais circula do meu irmão é a que tinha na Carteira de Trabalho dele”.
Joel começou a trabalhar com 11 anos de idade a partir de uma habilidade como sapateiro. A perda de Joel impactou financeiramente a família, já que Elza tinha que trabalhar o dobro para cuidar de todos, agora sozinha, e pagar advogados em busca dos direitos. Na década de 1990, conseguiram o primeiro atestado de óbito como desaparecido político.
"Vamos sorrir"
Mesmo com a perda e uma dor intangível, Elza não perdeu a alegria. “Dizia para a gente não parar de sorrir porque o nosso irmão era um herói. A minha família era pobre, mas nossa história é de muita alegria também”.
Na memória de Altair, ficaram imagens do irmão a carregá-la nos ombros para assistir aos jogos do Vasco, para praticar futebol e na ajuda aos estudos com matemática. “Eu tenho ainda esperança de que um dia saberemos exatamente o que aconteceu com meu irmão e que o corpo seja entregue à família. Não há possibilidade de haver esquecimento”
Perdas e luta
Uma das fundadoras do movimento Tortura Nunca Mais, a professora Victória Grabois, de 81 anos, perdeu o pai (Maurício, ex-deputado, de 61 anos), o irmão (André, estudante, de 27) e o marido (Gilberto Olímpio, jornalista, de 31) em 1973, assassinados por agentes da ditadura na região da Serra do Araguaia. A família, que vive no Rio de Janeiro, nunca recebeu os corpos. “Eu acho que eu vou morrer sem resposta”, lamenta.
Ela acredita, no entanto, que o filme “Ainda estou aqui” tenha trazido nova perspectiva para a luta das famílias dos desaparecidos. Victória espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) vote para desengavetar processos sobre o assunto que estão na Corte. “A repercussão do filme é muito interessante para a nossa luta. Tem histórias de mães que precisam ser contadas no Brasil. Muitas mães eram donas de casa, professoras, operárias. Essas mulheres levaram a luta”, diz
Ela defende que o Estado brasileiro precisa abrir mais arquivos do que ocorreu durante o regime que durou 21 anos. “Se hoje a gente fala de ditadura, isso se deve às mulheres, às mães, às esposas, companheiras”, afirma Victória Grabois.
A professora lembra que ficou sabendo que o irmão havia sido vítima de uma emboscada. Já nas mortes do pai e do marido, ela descobriu o que havia ocorrido pelos jornais. Desde então, considera que os direitos ocorreram a “conta gotas”.
A certidão de óbito, que reconheceu que os familiares haviam sido mortos durante a ditadura, foi importante, segundo a ativista, para que a família pudesse acessar recursos de pessoas assassinadas. Inclusive para fazer com que a vida continuasse. Quando eles morreram, o filho de Victória tinha apenas quatro anos de idade.
Prisão aos quatro meses
Eram crianças também, em São Paulo, quatro filhos dos operários Virgílio Gomes, de 36 anos, e Ilda Martins, de 38. Virgílio foi considerado o primeiro desaparecido político da ditadura militar. Ele foi preso em setembro de 1969 por militares, encaminhado para o Departamento de Ordem Política e Social (Dops), onde foi torturado e assassinado, mas nunca o corpo foi entregue à família.
Família de Hilda Martins e Virgilio Gomes, considerado o primeiro desaparecido político da ditadura militar. Foto Virgílio Gomes/Arquivo Pessoal
A mais nova dos filhos, Isabel, tinha quatro meses de vida quando foi raptada pelos militares junto com os irmãos (todos crianças) e entregues para o juizado.
Assista audiência sobre o caso de Virgílio Gomes da Silva.
Virgílio era um dos militantes mais procurados do Brasil porque foi o comandante do sequestro do embaixador norte-americano no Brasil, Charles Burke Elbrick. A operação negociou a libertação de 15 prisioneiros.
Hoje, Isabel, que é professora, tem 54 anos de idade e vive em São Paulo depois de voltar de Cuba, onde a família se exilou com a mãe. “A história da família (de Rubens) Paiva é muito parecida com o que aconteceu com a nossa família. Minha mãe ficou viva com quatro filhos para criar. Eu era a filha menor”.
Proteção na dor
O irmão mais velho preso tinha nove anos. No dia da prisão da mãe (30 de setembro, o dia seguinte), o carro dos militares com a família chegou a capotar. “Minha mãe tentou me proteger e ninguém se machucou gravemente”.
Ilda, que ficou mais de um ano presa no Dops e no presídio Tiradentes, também em São Paulo, tem hoje 94 anos de idade e está lúcida.
“Ela sente muito até hoje sobre o período em que ficou separada dos filhos. De vez em quando, lembra disso e chora”, diz a filha. As crianças, depois de quatro meses no juizado da infância, foram abrigadas por outros familiares.
Depois que a família passou mais de uma década exilada em Cuba, Ilda pediu que todos voltassem para o Brasil depois que se formassem no ensino superior. Para Isabel, a mãe é uma heroína, tanto por ter lutado ao lado do pai quanto para manter força para criar os quatro filhos depois que o marido foi sequestrado e morto pelos militares. “A nossa luta agora é por encontrar os restos mortais. O Brasil nunca fez um julgamento correto”, avalia.
Da luta de Ilda, Isabel lembra-se como a mãe, no tempo de cadeia, sem responder por nenhuma acusação, estava desesperada sem ver as crianças. Recorda daqueles dias quando iam até a porta do presídio esperar qualquer notícia da mãe. Depois que Ilda conseguiu a liberdade, a família continuou sendo seguida. Por isso, resolveu ir embora do país.
Nas portas das cadeias
Persistência e força, mesmo diante de dor e trauma, nessa busca, por parte das mulheres, fizeram com que a luta permanecesse viva e presente. Como é o caso de Diva Santana que, aos 81 anos, é representante dos familiares na Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.
Ela procura a irmã, Dinaelza Coqueiro, há 50 anos, que foi morta pelos militares na Guerrilha do Araguaia. Diva entende que as mulheres familiares dos perseguidos e presos andavam nas portas das cadeias. “Essas mulheres lutaram, ao longo da nossa história, e continuam lutando para que tenhamos um país justo, democrático e humano antes de tudo”.
* Com colaboração da repórter Sayonara Moreno, da Rádio Nacional.
Sorrisos, festa, música… Oito de março era sempre de celebração especial do aniversário de Elza dos Santos. Além de comemorarem a vida dela, os seis filhos lembravam que era dia das mulheres. E ela, a ‘rainha’ deles, na casa de um quarto, em que todos moravam no Rio de Janeiro. Elza, que perdeu o marido precocemente, atravessava a madrugada trabalhando como costureira. Foi também em um mês de março, no dia 15, em 1971, que a dor passou a ocupar espaço naquela casa.
Foi aquele o dia em que o filho mais velho, o estudante de ensino técnico em contabilidade Joel Vasconcelos, de 21 anos, foi preso por agentes da ditadura militar e desapareceu. Elza, desde então, passou a lutar para tentar salvar o rapaz. Iniciou um périplo. Carregava a foto do filho por onde ia. Buscou notícias, chorou escondida a ausência do rapaz, que era idealista e diretor da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).
Mesmo diante do desespero que se abateu, ela pedia que os filhos não deixassem de sorrir enquanto lutava para que dessem informações ou entregassem o corpo ou a certidão de óbito. Joel, que também era sapateiro, ajudava nas despesas de casa, e teria morrido após torturas nas dependências do DOI-Codi (entre 15 e 19 de março). Elza morreu em 1994, aos 64 anos, sem ter o corpo do filho.
Veja a certidão de óbito.
Uma das filhas de Elza e irmã de Joel, a advogada Altair de Almeida, de 68 anos, recorda que a mãe buscava também a fé religiosa para ter alguma esperança de mudança de cenário. “Ela ficava na escadaria da Cinelândia todos os dias com a foto do meu irmão. Nunca se calou, procurou o presidente, o papa. Não tinha quem não a conhecia”, lembra Altair que perdeu o irmão, quando ela era uma adolescente de 14 anos.
Histórias como a dessa família foram reconhecidas, principalmente após o relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV), em 2014, e passaram a ter nova chance de visibilidade com as repercussões do filme “Ainda estou aqui”, sobre a luta de Eunice Paiva, viúva do ex-deputado Rubens Paiva.
Veja relatório da Comissão Nacional da Verdade.
De acordo com a historiadora Lorrane Rodrigues, coordenadora executiva do Instituto Vladimir Herzog, são as mulheres que levam à frente as políticas de memória, verdade e justiça para a América Latina como um todo, incluindo o Brasil.
“Essa repercussão toda causada pelo filme é muito importante para a gente entender qual é o papel dessas mulheres, seja no período da ditadura militar ou em outros períodos que o país já viveu”, afirma a pesquisadora.
No caso da história de Joel, que era negro e tinha passado pelo serviço militar obrigatório, foi preso quando estava acompanhado de um amigo nas imediações do Morro do Borel. De acordo com o relatório da CNV, a prisão teria ocorrido por suspeita de tráfico. Ocorre que o rapaz apenas levava cartazes contra a ditadura e ingressos para a peça de teatro "O Rei da Vela", de Oswald de Andrade.
Os policiais militares entregaram os amigos para militares do Exército, justamente para pessoas que tinham a mesma farda que ele vestiu um dia. Da vida na caserna, ficava feliz de guardar a disciplina e a organização. “A minha mãe nunca deixou mudar o telefone de casa na esperança que algum dia ele fosse ligar”, recorda a irmã de Joel. “A foto que mais circula do meu irmão é a que tinha na Carteira de Trabalho dele”.
Joel começou a trabalhar com 11 anos de idade a partir de uma habilidade como sapateiro. A perda de Joel impactou financeiramente a família, já que Elza tinha que trabalhar o dobro para cuidar de todos, agora sozinha, e pagar advogados em busca dos direitos. Na década de 1990, conseguiram o primeiro atestado de óbito como desaparecido político.
Mesmo com a perda e uma dor intangível, Elza não perdeu a alegria. “Dizia para a gente não parar de sorrir porque o nosso irmão era um herói. A minha família era pobre, mas nossa história é de muita alegria também”.
Na memória de Altair, ficaram imagens do irmão a carregá-la nos ombros para assistir aos jogos do Vasco, para praticar futebol e na ajuda aos estudos com matemática. “Eu tenho ainda esperança de que um dia saberemos exatamente o que aconteceu com meu irmão e que o corpo seja entregue à família. Não há possibilidade de haver esquecimento”
Uma das fundadoras do movimento Tortura Nunca Mais, a professora Victória Grabois, de 81 anos, perdeu o pai (Maurício, ex-deputado, de 61 anos), o irmão (André, estudante, de 27) e o marido (Gilberto Olímpio, jornalista, de 31) em 1973, assassinados por agentes da ditadura na região da Serra do Araguaia. A família, que vive no Rio de Janeiro, nunca recebeu os corpos. “Eu acho que eu vou morrer sem resposta”, lamenta.
Ela acredita, no entanto, que o filme “Ainda estou aqui” tenha trazido nova perspectiva para a luta das famílias dos desaparecidos. Victória espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) vote para desengavetar processos sobre o assunto que estão na Corte. “A repercussão do filme é muito interessante para a nossa luta. Tem histórias de mães que precisam ser contadas no Brasil. Muitas mães eram donas de casa, professoras, operárias. Essas mulheres levaram a luta”, diz
Ela defende que o Estado brasileiro precisa abrir mais arquivos do que ocorreu durante o regime que durou 21 anos. “Se hoje a gente fala de ditadura, isso se deve às mulheres, às mães, às esposas, companheiras”, afirma Victória Grabois.
A professora lembra que ficou sabendo que o irmão havia sido vítima de uma emboscada. Já nas mortes do pai e do marido, ela descobriu o que havia ocorrido pelos jornais. Desde então, considera que os direitos ocorreram a “conta gotas”.
A certidão de óbito, que reconheceu que os familiares haviam sido mortos durante a ditadura, foi importante, segundo a ativista, para que a família pudesse acessar recursos de pessoas assassinadas. Inclusive para fazer com que a vida continuasse. Quando eles morreram, o filho de Victória tinha apenas quatro anos de idade.
Eram crianças também, em São Paulo, quatro filhos dos operários Virgílio Gomes, de 36 anos, e Ilda Martins, de 38. Virgílio foi considerado o primeiro desaparecido político da ditadura militar. Ele foi preso em setembro de 1969 por militares, encaminhado para o Departamento de Ordem Política e Social (Dops), onde foi torturado e assassinado, mas nunca o corpo foi entregue à família.
A mais nova dos filhos, Isabel, tinha quatro meses de vida quando foi raptada pelos militares junto com os irmãos (todos crianças) e entregues para o juizado.
Assista audiência sobre o caso de Virgílio Gomes da Silva.
Virgílio era um dos militantes mais procurados do Brasil porque foi o comandante do sequestro do embaixador norte-americano no Brasil, Charles Burke Elbrick. A operação negociou a libertação de 15 prisioneiros.
Hoje, Isabel, que é professora, tem 54 anos de idade e vive em São Paulo depois de voltar de Cuba, onde a família se exilou com a mãe. “A história da família (de Rubens) Paiva é muito parecida com o que aconteceu com a nossa família. Minha mãe ficou viva com quatro filhos para criar. Eu era a filha menor”.
O irmão mais velho preso tinha nove anos. No dia da prisão da mãe (30 de setembro, o dia seguinte), o carro dos militares com a família chegou a capotar. “Minha mãe tentou me proteger e ninguém se machucou gravemente”.
Ilda, que ficou mais de um ano presa no Dops e no presídio Tiradentes, também em São Paulo, tem hoje 94 anos de idade e está lúcida.
“Ela sente muito até hoje sobre o período em que ficou separada dos filhos. De vez em quando, lembra disso e chora”, diz a filha. As crianças, depois de quatro meses no juizado da infância, foram abrigadas por outros familiares.
Depois que a família passou mais de uma década exilada em Cuba, Ilda pediu que todos voltassem para o Brasil depois que se formassem no ensino superior. Para Isabel, a mãe é uma heroína, tanto por ter lutado ao lado do pai quanto para manter força para criar os quatro filhos depois que o marido foi sequestrado e morto pelos militares. “A nossa luta agora é por encontrar os restos mortais. O Brasil nunca fez um julgamento correto”, avalia.
Da luta de Ilda, Isabel lembra-se como a mãe, no tempo de cadeia, sem responder por nenhuma acusação, estava desesperada sem ver as crianças. Recorda daqueles dias quando iam até a porta do presídio esperar qualquer notícia da mãe. Depois que Ilda conseguiu a liberdade, a família continuou sendo seguida. Por isso, resolveu ir embora do país.
Persistência e força, mesmo diante de dor e trauma, nessa busca, por parte das mulheres, fizeram com que a luta permanecesse viva e presente. Como é o caso de Diva Santana que, aos 81 anos, é representante dos familiares na Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.
Ela procura a irmã, Dinaelza Coqueiro, há 50 anos, que foi morta pelos militares na Guerrilha do Araguaia. Diva entende que as mulheres familiares dos perseguidos e presos andavam nas portas das cadeias. “Essas mulheres lutaram, ao longo da nossa história, e continuam lutando para que tenhamos um país justo, democrático e humano antes de tudo”.
* Com colaboração da repórter Sayonara Moreno, da Rádio Nacional.
LEONARDO VOLPATO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Muita emoção no Desfile das Campeãs no Carnaval do Rio de Janeiro, na noite deste sábado (8). Diversas celebridades entraram mais uma vez na Sapucaí, como Brunna Gonçalves, grávida de Ludmilla, e Paolla Oliveira, se despedindo do posto de rainha da Grande Rio. Diogo Nogueira, claro, ficou babando da plateia.
Um momento especial foi a participação de Ivete Sangalo no show de Anitta no principal camarote da Sapucaí.
Mas também houve quem tenha ido apenas curtir a noite. Dente eles os atores Rodrigo Santoro, José Loreto e Juan Paiva e a apresentadora Ana Clara.
O Ministério da Saúde confirmou nesta sexta-feira, 7, o primeiro caso de mpox no Brasil causado por uma nova cepa do vírus, a 1b. A paciente é uma mulher de 29 anos da região metropolitana de São Paulo, cujo quadro clínico evolui bem. Ela teve contato com um familiar do Congo, país africano onde a doença é endêmica.
De acordo com o ministério, não foram identificados casos secundários até o momento. A vigilância sanitária municipal de São Paulo está rastreando possíveis contatos da paciente. Até agora, apenas a cepa 2 do vírus tinha sido identificada no Brasil.
O caso da nova cepa foi confirmado por laboratório, segundo o ministério. A análise sequenciou o genoma completo do vírus, que é muito próximo aos casos da cepa 1b detectadas em outros países.
No Brasil, foram 2.052 casos da doença em 2024. Neste ano, são 115 casos até fevereiro. Não foi registrada nenhuma morte por mpox no País nos últimos dois anos. O ministério afirma que os pacientes geralmente apresentam sintomas leves e moderados.
O Ministério da Saúde afirmou que acompanha o caso em conjunto com as Secretarias Estadual e Municipal de Saúde de São Paulo. A pasta disse ainda que comunicou o caso à Organização Mundial da Saúde (OMS). A OMS decretou Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) para a mpox em agosto de 2024.
O Congo é um país da África Central, onde a mpox é considerada endêmica (frequente) desde a década de 1970. Segundo o Ministério da Saúde, o país teve um surto nacional da doença em dezembro de 2022. Nesse período, o surgimento da cepa 1b motivou um \"aumento significativo\" de casos no país, segundo nota técnica do ministério.
Ainda de acordo com o ministério, casos da cepa 1b foram registrados em Uganda, Ruanda, Quênia, Zâmbia, Reino Unido, Alemanha, China, Tailândia, Estados Unidos da América, Bélgica, Angola, Zimbábue, Canadá, França, Índia, Paquistão, Suécia, Emirados Árabes Unidos, Omã, Catar e África do Sul.
O que é mpox e quais os sintomas
A mpox é causada pelo vírus MPXV. A transmissão ocorre por contato com pacientes infectados ou por materiais contaminados pelo vírus. Abraços, beijos e relação sexual com pessoas contaminadas oferecem risco, assim como o contato com lesões na pele, feridas, bolhas ou secreção.
Geralmente, a mpox apresenta quadros leves e moderados que duram de 2 a 4 semanas. Os pacientes costumam ter lesões na pele, como bolhas e feridas, além de febre, dor de cabeça, calafrio e fraqueza. Os sintomas podem aparecer até 21 dias após a infecção.
O Ministério da Saúde recomenda que pessoas com sintomas procurem uma unidade de saúde. Elas devem informar se tiveram contato com alguém doente e, se possível, evitar atividades sociais e coletivas e contato próximo com outras pessoas.
O Ministério da Saúde anunciou que, a partir de agora, a vacina contra o influenza, vírus causador da gripe, faz parte do Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos a partir de 60 anos de idade. O imunizante estará disponível em todas as salas de vacina do País a partir da 2ª quinzena de março. Até então, a oferta do imunizante ficava restrita às campanhas sazonais.
Segundo a pediatra Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a medida é importante porque surtos de gripe não se restringem a apenas uma época do ano. "A gripe se caracteriza por uma imprevisibilidade. Então, apesar de a gente ter um maior número de casos no outono e inverno, surtos também acontecem ao longo do ano, de forma esporádica", diz.
Ela acrescenta que disponibilizar a vacina para quem não a tomou no período recomendado dá a oportunidade de esse indivíduo se proteger e também ajuda a prevenir o impacto de um eventual surto.
Outros grupos continuarão recebendo o imunizante em estratégias especiais. Entre esses, estão profissionais da saúde, professores, forças de segurança, população privada de liberdade e pessoas com doenças crônicas ou deficiências, entre outros.
A pasta divulgou ainda mudanças relacionadas ao combate da poliomielite. O esquema vacinal e o reforço passarão a ser exclusivamente com a vacina inativada (VIP), que é injetável, e não mais com vacinas orais.
O esquema vacinal contra o rotavírus também foi alterado. Agora, a primeira dose, indicada aos dois meses de idade, pode ser administrada até os 11 meses e 29 dias; enquanto a segunda dose, indicada aos quatro meses, poderá ser aplicada até os 23 meses e 29 dias.
Vacinação contra a covid-19
Segundo o Ministério da Saúde, a imunização contra a covid-19 já faz parte do Calendário Nacional de Vacinação para crianças entre 6 meses e menores de 5 anos de idade, idosos e gestantes.
A vacinação para grupos especiais a partir de 5 anos será feita de forma regular em qualquer posto de saúde. Quem tem imunidade baixa - imunocomprometidos - precisa se vacinar a cada seis meses. Outros grupos devem receber a vacina uma vez por ano, são eles:
- Pessoas vivendo em instituições de longa permanência;
- Indígenas;
- Ribeirinhos;
- Quilombolas;
- Puérperas (aquelas não vacinadas durante a gestação);
- Trabalhadores da saúde;
- Pessoas com deficiência permanente;
- Pessoas com comorbidades;
- Pessoas privadas de liberdade;
- Funcionários do sistema de privação de liberdade;
- Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas;
Uma menina de 11 anos morreu após cair da janela de um prédio no fim da tarde de quarta-feira, 5, na região do Lageado, zona leste da capital paulista. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, a investigação segue em andamento para esclarecimento dos fatos.
A ocorrência foi registrada na Rua Cruz do Espírito Santo. O Corpo de Bombeiros foi acionado e socorreu a vítima à UPA Júlio Tupy, mas ela não resistiu aos ferimentos.
O caso foi registrado no 68º Distrito Policial (Lageado) que investiga a morte da criança. \"A polícia vai ouvir testemunhas e aguarda o resultado de laudos periciais para esclarecer as circunstâncias do caso, que foi registrado como morte suspeita\", disse a SSP.
ANA BOTTALLO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ano de 2025 não começou com uma perspectiva positiva para o clima. Após o registro de recorde de temperatura no mundo em 2024, houve a saída do Acordo de Paris da nação mais rica do planeta, os Estados Unidos, a pedido do presidente Donald Trump, que nega as mudanças climáticas.
É diante desse cenário adverso que mulheres têm buscado protagonismo e formado frentes de apoio na luta contra a crise climática por meio da ciência, do ativismo e da política. Em comemoração ao 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, conheça oito personalidades que lideram ações pelo clima.
TXAI SURUÍ (BRASIL) Nascida na Terra Indígena Sete de Setembro, em Rondônia, a ativista Walelasoetxaige Suruí ("mulher inteligente, gente de verdade") adotou o apelido Txai, cujo significado é "a metade de mim que existe em você e a metade de você que habita em mim", na língua dos indígenas kaxinawás. Filha de ativistas, cresceu ligada à luta pela defesa do território de seu povo e da floresta. Aos 19, tornou-se a primeira pessoa do povo suruí a ingressar no curso de direito da Universidade Federal de Rondônia.
Txai foi a única brasileira a discursar na edição da COP26, em 2021, na Escócia, e a primeira indígena a falar na abertura de uma conferência do clima. Atualmente é coordenadora da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé e colunista da Folha.
ALESSANDRA MUNDURUKU (BRASIL) De Itaituba, no Pará, Alessandra Korap Munduruku é uma liderança indígena munduruku à frente da Associação Indígena Pariri.
Seu trabalho é voltado à defesa das etnias que vivem ao longo do rio Tapajós e enfrentam o garimpo ilegal e a extração da madeira. Por conta do seu ativismo, já foi ameaçada de morte e teve sua casa invadida e roubada, o que levou um grupo de deputados na Alemanha a solicitar sua proteção ao governo brasileiro.
Recebeu, em 2020, o prêmio Robert F. Kennedy de Direitos Humanos e, em 2023, o Goldman, considerado o Nobel do ativismo ambiental.
BÁRBARA FLORES (BRASIL) De Belo Horizonte, Bárbara Nascimento Flores é uma indígena da etnia borum-kren e pesquisadora em desenvolvimento ambiental. Tornou-se ativista ainda na adolescência, quando se revoltou contra abusos de mineradoras e incorporadoras na periferia da capital mineira.
Foi a primeira de sua linhagem a entrar na universidade, onde cursou turismo. Fez ainda mestrado e doutorado na Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz na Bahia) e é atualmente pós-doutoranda na Universidade de Colorado, em Boulder (EUA). É bolsista do Instituto Serrapilheira, onde pesquisa a interação ecológica de povos originários com a floresta.
ANA TONI (BRASIL) Diretora-executiva da COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que será realizada em Belém em novembro, é também secretária nacional de Mudanças do Clima no governo Lula (PT).
Antes de ingressar no governo federal, foi diretora-executiva do iCS (Instituto Clima e Sociedade). Entre outras posições anteriores, foi presidente do conselho do Greenpeace Internacional de 2010 a 2017. Tem ainda passagem pela Fundação Ford no Brasil e pela ActionAid Brasil, onde trabalhou em projetos contra desigualdade.
XIYE BASTIDA (MÉXICO) A jovem ativista de Atlacomulco, no México, é uma das principais organizadoras do movimento Fridays For Future em Nova York, inspirado nas greves estudantis iniciadas pela sueca Greta Thunberg.
Parte do povo otomi-tolteca (indígenas mexicanos), busca dar visibilidade aos direitos dos indígenas e imigrantes na crise climática. Xiye mudou-se com a sua família para os EUA após uma inundação atingir sua cidade natal. Cofundadora da ONG Re-Earth, foi premiada com o prêmio Espírito da ONU em 2018, e teve um documentário feito pela revista Teen Vogue sobre sua trajetória em 2019.
VANESSA NAKATE (UGANDA) Vanessa Nakate cresceu em Kampala e iniciou sua trajetória como ativista contra as mudanças climáticas após os registros históricos de temperatura assolarem seu país em 2018.
Fez manifestações diárias em frente aos portões do Parlamento ugandense, até que outros jovens começaram a se unir a ela. Fundou o movimento Youth for Future Africa e foi uma das poucas ativistas jovens a discursar na COP22, em 2019, na Espanha.
Foi eleita, em 2020, uma das 100 Women da BBC, lista anual das principais mulheres do planeta na visão da mídia britânica.
CHRISTIANA FIGUERES (COSTA RICA) A antropóloga, economista e diplomata atua há 30 anos em questões ambientais, tendo sido uma das principais articuladoras do Acordo de Paris, assinado em 2015. Antes, em 2010, foi nomeada secretária-executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
Filha de um ex-mandatário (o pai, José Ferrer, foi presidente da Costa Rica) e de uma embaixadora, Christiana esteve desde cedo envolvida em política. Viveu por um tempo no vilarejo indígena Bribri, na Costa Rica, como parte de um programa de alfabetização especializada para povos originários.
SUSANA MUHAMAD (COLÔMBIA) Deixou no último mês o cargo de ministra do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia. Antes, foi diretora de planejamento de ação climática para a América Latina no grupo C40 Cities e trabalhou como consultora de desenvolvimento sustentável da Shell Global em Haia (Holanda).
Foi ainda secretária do Meio Ambiente e secretária-geral de Bogotá até ser eleita vereadora, em 2019, cargo que ocupou até o primeiro semestre de 2022, quando virou ministra. Recentemente também foi presidente da COP16 da biodiversidade, conferência da ONU iniciada em Cáli, em 2024, e encerrada no último mês em Roma.
Uma fábrica de sorvetes foi fechada pelos órgãos de defesa do consumidor do Rio de Janeiro depois que um homem contou ter encontrado uma barata inteira no meio de um picolé. As imagens do inseto encravado na guloseima viralizaram em redes sociais.
Nesta quinta-feira, 6, equipes da Secretaria de Defesa do Consumidor (Sedcon) e do Procon interditaram a sorveteria, localizada em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. A reportagem entrou em contato com representantes da fábrica Doce Verão e aguarda retorno.
O banhista que fez as imagens, na Praia do Recreio dos Bandeirantes, disse que uma mulher comprou o sorvete e consumiu uma parte dele, até notar a barata inteira no meio do picolé.
"Coisas que só acontecem no Recreio, olha isso. O picolé que a menina acabou de comprar aqui. Olha o que tem dentro do picolé. Olha isso, cara. Uma barata inteira, grande. Atenção aí, meu povo", diz o homem.
A postagem, compartilhada no domingo, 2, se espalhou pelas redes sociais e só no X (antigo twitter) acumulava mais de 10 milhões de visualizações. Houve uma onda de reações e questionamentos à qualidade dos alimentos vendidos nas praias do Rio. Alguns internautas questionaram a autenticidade das imagens, alegando que a barata "está muito inteira, parece viva".
De acordo com a Sedcon, a fiscalização encontrou diversas irregularidades sanitárias e estruturais, incluindo mofo nas paredes e no teto, rachaduras, ralos inadequados, além da falta de telas de proteção contra pragas. A fábrica não possui licença sanitária e alvará do Corpo de Bombeiros. Segundo a pasta, a unidade só voltará a operar após sanar todas as irregularidades apontadas na inspeção.
A fábrica Sorvetes Doce Verão funciona desde 2016 em Belford Roxo e distribui produtos em toda a região. A reportagem entrou em contato com a empresa por telefone e redes sociais e aguarda retorno.
Um suposto erro em relação às notas atribuídas às escolas de samba do Rio de Janeiro pode fazer a Acadêmicos do Grande Rio, que se sagrou vice-campeã, empatar com a Beija-Flor e dividir o título. A questão só deve ser esclarecida nesta sexta-feira, 7, durante reunião dos presidentes das 12 escolas de samba da elite, na sede da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa).
O suposto erro foi divulgado pela Grande Rio na noite desta quinta-feira, 6, um dia após a apuração, que ocorreu na tarde de quarta-feira, 5.
Uma nota para o quesito Bateria teria sido lida, durante a apuração, como 9,9, mas registrada no mapa de notas como 10. Se o correto for mesmo nota 10, a Grande Rio chega a 270 pontos, empata com a Beija-Flor e divide o título de campeã.
A escola de Duque de Caxias afirmou que durante a apuração \"foi realizada a leitura de duas notas 9,9 e duas notas 10 para a nossa agremiação, diferente do publicado na tarde desta quinta-feira no site oficial da Liesa, onde constam uma nota 9,9 e três notas 10, sendo a última no quarto módulo de julgadores, concedida por Geiza Carvalho\".
Essa nota, de Geiza, é que foi lida como 9,9, mas registrada nesse mapa de julgamento como 10.
"O fato interfere diretamente no somatório oficial de notas da apuração, que também foi divulgado de forma inconsistente no site oficial da Liesa - constando apenas uma nota 9,9 para descarte e um somatório de 29,9 pontos", gerando o total de 269,9 pontos, segue a nota.
"Com a nota divulgada, o somatório correto para o Acadêmicos do Grande Rio seria de 270,0 pontos, que igualaria a pontuação da coirmã Beija-Flor de Nilópolis e constataria um empate entre as escolas, sagrando ambas como campeãs do Rio Carnaval 2025", continua o texto.
A Grande Rio informou que vai questionar o fato durante a reunião da entidade que vai ocorrer nesta sexta-feira, 7. "Estaremos sempre em busca dos esclarecimentos de todo e qualquer fato que possa impactar a transparência do nosso Carnaval", conclui a escola.
Consultada pela reportagem, a Liesa não se manifestou até as 22h15 desta quinta-feira.
Apuração acirrada
Durante a apuração, Beija-Flor, Grande Rio e Imperatriz seguiam empatadas em primeiro lugar quando, ao final do terceiro de nove quesitos, devido à nota de Geiza, a Grande Rio caiu para o terceiro lugar. Beija-Flor e Imperatriz seguiram empatadas na liderança até o sétimo quesito, quando a Imperatriz perdeu 0,1 ponto. Depois perderia mais 0,1 e terminaria em terceiro, enquanto a Beija-Flor somou o máximo (270 pontos) e a Grande Rio só perdeu 0,1, terminando com 269,9 pontos.
A Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) disse que houve "pequenos erros de digitação" e negou qualquer "divergência" nas notas do Grupo Especial do Carnaval do Rio.
Mais cedo nesta quinta-feira (6), a Liesa havia divulgado o mapa da apuração das notas com inconsistências nas pontuações da Grande Rio, de modo que deu a entender que a agremiação de Caxias teria sido a campeã, não a Beija-Flor. Grande Rio afirmou que vai questionar essas "inconsistências".
Liesa afirmou que as pontuações divergentes da Grande Rio no mapa em relação àquelas anunciadas durante leitura das notas ontem foi devido a "um erro de digitação". "Ocorreu a divulgação equivocada do mapa de notas do Rio Carnaval 2025, com alterações nas notas das agremiações Estação Primeira de Mangueira e Acadêmicos do Grande Rio no quesito bateria", informou a Liga.
Organização pediu desculpas "pelo transtorno a toda comunidade do Carnaval". "As notas já estão corrigidas e as justificativas divulgadas em nosso site oficial", completou.
Liesa também divulgou foto das notas atribuídas pelos jurados no quesito bateria. Nas imagens, é possível ver que a Grande Rio recebeu duas notas 10 e duas notas 9,9, conforme tinha sido anunciado inicialmente. As justificativas dos julgadores para as notas com decréscimos citam problemas de sonoros da bateria da agremiação. * GRANDE RIO VAI QUESTIONAR
Em comunicado oficial, a agremiação de Caxias afirmou que vai contestar o resultado que deu vitória para Beija-Flor. Grande Rio destacou que a "inconsistência" foi notada no site oficial da Liesa "referente às notas do quesito bateria divulgadas durante a apuração do Grupo Especial".
Grande Rio afirmou que isso "interfere diretamente no somatório oficial de notas da apuração, que também foi divulgado de forma inconsistente no site oficial da Liesa". "Com a nota divulgada, o somatório correto para Acadêmicos do Grande Rio seria de 270 pontos, que igualaria a pontuação da coirmã Beija-Flor de Nilópolis e constataria um empate entre as escolas, sagrando ambas como campeãs do Rio Carnaval 2025", diz a nota.
Questionamento sobre inconsistências será feito durante plenária oficial da Liesa com as escolas do Grupo Especial nesta sexta-feira (7). "Desde já, reiteramos nosso total respeito à entidade, nossas coirmãs e, principalmente, à comunidade e torcedores da nossa escola. Estaremos sempre em busca dos esclarecimentos de todo e qualquer fato que possa impactar a transparência do nosso Carnaval", completou a agremiação.
ERRO DA LIESA
No mapa divulgado pela Liesa, a Grande Rio aparece com três notas 10 e uma nota 9,9 no quesito bateria. No entanto, durante o anúncio oficial das notas que foi transmitido ao vivo na tarde de quarta, a Grande Rio recebeu dois 10 e dois 9,9 nesse quesito.
Erro de digitação da Liesa foi na nota da última jurada. No quesito bateria, a Grande Rio recebeu 10 do primeiro julgador, 9,9 do segundo, 10 do terceiro e 9,9 da última jurada, não 10 como digitou a Liesa em seu mapa de notas.
Caso Grande Rio tivesse tirado três notas 10 e apenas um 9,9 no quesito bateria a escola teria empatado em primeiro lugar com a Beija-Flor. Porém, no quesito desempate, a agremiação de Caxias teria levado a melhor, batido a escola de Nilópolis e conquistado o bicampeonato. Mas isso não aconteceu.
Liesa excluiu o mapa divulgado anteriormente e publicou outro retificado. No novo mapa, a Grande Rio aparece apenas com dois 10 na avaliação de sua bateria, não três.
EMPATE DARIA VITÓRIA À GRANDE RIO
Grande Rio perdeu título por um décimo. A agremiação de Caxias somou 269,9 pontos, enquanto a Beija-Flor contabilizou 270 pontos.
Diferença entre as escolas aconteceu no quesito bateria. A Beija-Flor recebeu quatro notas 10, mas como uma nota é descartada, somou 30 pontos. A Grande Rio, porém, recebeu duas notas 10 e duas notas 9,9. Com o descarte de uma nota, a pontuação final foi de 29,9.
Beija-Flor pontuou com a nota máxima, 30, em todos os nove quesitos. A Grande Rio, por sua vez, pontuou no máximo em oito requisitos e só perdeu um décimo ao ter sua bateria julgada pelos jurados.
Caso as duas escolas tivessem empatado em primeiro lugar, Grande Rio seria campeã no desempate. Isso porque ao levar em consideração a ordem de desempate, as duas escolas empataram com nota máxima na Comissão de Frente, Samba-enredo, Fantasia e Evolução. No próximo quesito desempate, Alegorias e adereços, a Beija-Flor teve um 9,9, que foi descartado no final, enquanto a Grande Rio somou quatro 10, com o descarte de um 10. Ou seja, a escola de Caxias seria campeã.
Após o resultado, o mestre de bateria da Grande Rio, Fafa, chegou a pedir desculpas publicamente nas redes sociais. Ele teve o apoio da rainha de bateria da escola, Paolla Oliveira, que enalteceu seu trabalho.
Vale destacar que a apuração do Grupo Especial deste ano no Rio teve outra polêmica: uma jurada "esqueceu" de dar notas para três escolas no quesito samba-enredo. Isso, porém, não mudou o resultado final.
PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - Enfrentando a terceira onda de calor desde o começo do ano, cinco cidades do Rio Grande do Sul decidiram pela suspensão das aulas nesta quinta (6) e sexta-feira (7).
As escolas municipais de Pelotas, Rio Grande, São José do Norte, Turuçu e Capão do Leão, no sul do estado, retomarão as atividades curriculares apenas na segunda-feira (10). A região próxima à fronteira com o Uruguai será uma das áreas mais afetadas pelas altas temperaturas.
Pelotas confirmou a suspensão das aulas na quarta-feira (5) após a publicação de um decreto no diário oficial do município.
Segundo a prefeitura, as previsões do Laboratório de Agrometeorologia da Embrapa Clima Temperado indicam que a sensação térmica chegará a 39°C no município nesta quinta-feira, e a 37°C na sexta.
A previsão foi superada ainda cedo: pouco antes das 11h, a cidade registrou 32,2°C, com sensação de 42°C.
"As aulas voltam normalmente na segunda-feira (10), quando os serviços de meteorologia indicam temperatura máxima de 24°C no município", diz a nota. A prefeitura de São José do Norte deve divulgar em breve as datas para reposição dos dias perdidos com a interrupção do calendário escolar.
Turuçu está com as aulas suspensas desde quarta-feira (5), e a prefeitura confirmou que os três dias serão recuperados em 21, 22 e 23 de julho, no período de férias de inverno.
Em Porto Alegre, a previsão é de máxima de 37ºC na sexta e de 38ºC no sábado (8), caindo para 27ºC no domingo (9). A Secretaria de Educação da capital gaúcha disse que não prevê a suspensão de aulas no momento.
O Rio Grande do Sul vive um dos verões mais quentes de sua história em 2025. Uma primeira onda de calor elevou as temperaturas na terceira semana de janeiro e retornou com mais força na primeira quinzena de fevereiro.
No dia 4 daquele mês, o estado registrou a maior temperatura de sua história - 43,8°C em Quaraí, na divisa com a cidade uruguaia de Artigas.
No dia 10, a Justiça gaúcha chegou a suspender o início do calendário letivo estadual por uma semana devido às altas temperaturas. A decisão foi revertida na mesma semana, e as aulas tiveram início no dia 13.
Segundo a Justiça, parte das escolas gaúchas não tem ventilação ou bebedouros adequados. Além disso, foi citado o risco à saúde dos professores e alunos no percurso até a escola. Naquela semana, a temperatura em Porto Alegre chegou a 39,5°C.
A OMM (Organização Meteorológica Mundial) estabelece que uma onda de calor ocorre quando as temperaturas máximas ultrapassam em 5ºC ou mais a média mensal por no mínimo cinco dias consecutivos.
A expectativa é que a onda de calor arrefeça a partir de domingo, com a chegada de uma frente fria. Há alerta de que a temperatura pode ter uma queda brusca, levando a mínimas próximas dos 15°C de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um ônibus que saiu do Rio de Janeiro com 44 passageiros caiu em uma ribanceira no km 98 da rodovia Presidente Dutra na madrugada desta quinta-feira (6). Vinte e cinco pessoas ficaram feridas e um adolescente de 13 anos, identificado como Levy Gabriel Cardoso, morreu após ser socorrido.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu por volta das 4h, no sentido São Paulo, antes do trevo de Pindamonhangaba.
De acordo com informações iniciais dos bombeiros, o veículo, da viação 1001, teria apresentado problemas mecânicos no km 98 e, ao parar no acostamento, o solo teria cedido. A queda na ribanceira foi de aproximadamente sete metros.
Mais tarde, após a perícia ir ao local, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) afirmou que o acidente deve ter ocorrido após o motorista subir no meio-fio. A CCR, concessionária que administra a rodovia, nega que o asfalto tenha cedido.
A Polícia Civil de São Paulo apura falha mecânica ou do motorista como causas do acidente.
Em nota, a viação 1001 afirmou que as causas estão sendo apuradas e que está à disposição das autoridades. A empresa também reforçou o compromisso com a segurança e disse que representantes enviados ao local do acidente deram o atendimento necessário aos passageiros.
O ônibus ficou caído de lado. Os bombeiros socorreram cinco vítimas, além do adolescente morto. Outras 11 vítimas foram socorridas pela concessionária e outras nove, pelo Samu. Ao todo, seis pessoas foram para o Hospital Regional de Taubaté, 16 ao pronto-socorro de Pindamonhangaba, duas para a Santa Casa de Aparecida e duas para a UPA Araretama. Os demais passageiros não tiveram ferimentos.
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A jurada que não deu notas para três escolas do Grupo Especial do Rio de Janeiro alegou que "esqueceu de anotar" as pontuações atribuídas por ela às agremiações.
Ana Paula Fernandes se justificou com a Liesa após não pontuar três das quatro escolas que desfilaram na terça-feira (4). Segundo a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, a jurada disse que "esqueceu de anotar" no formulário as notas que ela julgou que as agremiações mereciam no quesito samba-enredo.
Jurada também disse que teria feito anotações sobre os desfiles das escolas em um papel que fica em outra ficha. Entretanto, como ela não atribuiu as notas que ela acreditou que as agremiações mereciam tirar no documento correto, todas as três receberam a pontuação máxima, que é 10.
Ana Paula é uma das novas juradas contratadas pela Liesa para julgar o Carnaval do Rio. Ela é doutora em Sociologia e Letras e trabalha com pesquisa de percussão afro-brasileira. O UOL não conseguiu contato com a jurada. O espaço segue aberto para manifestação.
A reportagem questionou à Liesa se Ana Paula seguirá no corpo de jurados para o próximo Carnaval, mas não obteve retorno. Se a resposta for enviada, esta matéria será atualizada.
Ana Paula Fernandes foi jurada do quesito samba-enredo. Ela deu notas para todas as escolas que desfilaram no domingo (2) e na segunda-feira (3), mas na terça-feira (4) deu apenas a nota máxima, 10, para a Grande Rio.
Fernandes ignorou os desfiles da Paraíso do Tuiuti, Mocidade Independente de Padre Miguel e Portela, que ficaram com a nota zerada. Pelo regulamento do Grupo Especial, as três escolas despontuadas pela jurada receberam a nota máxima, 10.
Apuração dos desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro aconteceu na quarta-feira (5). Beija-Flor foi a grande campeã do Carnaval 2025, no desfile que marcou a despedida de Neguinho da Beija-Flor, um dos símbolos da agremiação, como seu intérprete. A vice-campeã foi a Grande Rio no desfile que marcou a despedida de Paolla Oliveira do posto de rainha de bateria da escola.
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Todo Carnaval tem seu fim, mas assim que termina, a preparação para o próximo começa. Em 2026, a folia momesca vai acontecer antes do que em 2025 e os foliões não vão precisar esperar até março para escolher fantasias e ouvir sambas, marchinhas e trios elétricos. O Carnaval em 2026 já tem data para acontecer. A maior festa popular do país vai ser em fevereiro.
A terça-feira de Carnaval será em 17 de fevereiro. Há locais que decretam feriado nesta data. Em outros, é ponto facultativo.
O pré-Carnaval cai em 7 e 8 de fevereiro. Muitas cidades já fazem programação com festas e blocos de rua.
O pós-Carnaval será em 21 e 22 de fevereiro. As datas do Carnaval variam todos os anos com base no calendário da Igreja Católica, considerando a Páscoa e outros fatores.