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Justiça manda Carrefour indenizar mulher sequestrada em estacionamento de unidade da rede

(FOLHAPRESS) - O Carrefour terá de indenizar em R$ 28,5 mil uma mulher vítima de sequestro-relâmpago no estacionamento de uma unidade da rede de supermercados em Perus, zona norte de São Paulo. O caso ocorreu em maio de 2022.

 

A decisão em segunda instância da 36ª Câmara de Direito Privado, do último dia 14 de fevereiro, manteve a condenação inicial. Cabe recurso da decisão.

Procurado, o Carrefour disse em nota que não comenta processos em andamento.
Conforme o Tribunal de Justiça, a mulher deverá ser indenizada em R$ 10 mil e R$ 18,4 mil por danos morais e materiais, respectivamente.

Na ação, a vitima afirma que, por volta das 18h15 do dia 25 de maio de 2022, saiu do trabalho e foi ao supermercado. Meia hora depois, após realizar compras, acabou abordada por três homens e, com violência, colocada no interior de seu veículo.

No carro, foi ameaçada com arma de fogo -foi, inclusive, questionada se tinha "nome limpo", pois fariam empréstimos por meio de sua conta corrente.

O grupo, segundo ela diz na ação, também fez compras e transferências via Pix. O total do prejuízo foi de R$ 18,4 mil, valor que a Justiça mandou o Carrefour ressarcir como dano material.

Ao todo, ela ficou três horas em poder dos sequestradores até ser libertada.

Como a mulher não atendia ao celular, seu marido foi até o supermercado e, em seguida, à polícia. De acordo com a vítima, o Carrefour não permitiu acesso ao conteúdo de câmeras de segurança.

Na ação, a defesa da rede afirma que não foi localizado registro do suposto sequestro e que negou o fornecimento das imagens à vítima porque só poderia disponibilizar vídeos sob a ordem policial ou judicial. Também alega falta de provas e demora de dois meses para que o fato constasse em boletim de ocorrência.

Na sua decisão, o juiz de primeira instância, Salomão Santos Campos, diz que o Carrefour não apresentou aos autos mínimas provas de suas alegações.

Também afirma que ele ter "poderia contribuído com a juntada das filmagens das câmeras do interior do estacionamento".

"Se alega que não foi localizado nenhum registro da ocorrência do suposto sequestro-relâmpago, [o Carrefour] deveria no mínimo ter demonstrado o que ocorreu no exato momento do suposto crime no pátio do seu estacionamento, considerando a enorme diferença de acessibilidade da prova", escreve o magistrado na sentença.

Em seu voto em segunda instância, o relator do recurso, desembargador Walter Exner, afirma que, embora o supermercado alegue não ser sua atividade-fim a disponibilização de estacionamento a clientes com o intuito de beneficiar-se financeiramente, ainda que de forma indireta, "impõe à fornecedora a responsabilidade objetiva pela segurança do consumidor".

"Dessa forma, é de rigor o reconhecimento da legitimidade passiva do [requerido], objetivamente responsável pela segurança de seus clientes", diz o juiz. Completaram o julgamento os desembargadores Lidia Conceição e Milton Carvalho. A votação foi unânime.

Na tarde da última segunda-feira (10), uma mulher de 45 anos foi sequestrada no estacionamento da loja Cobasi do Morumbi (zona oeste).

Ela ficou três horas sob poder dos criminosos que a obrigaram a fazer transferências bancárias. A PM localizou o veículo e um dos criminosos foi baleado e morreu. Um suspeito foi preso no dia seguinte.

A Cobasi lamentou o caso e se solidarizou com a vítima e afirmou que forneceu subsídios à polícia que possibilitaram a resolução do caso. "Trabalharemos para reforçar a segurança em nossas lojas, assim como seguiremos colaborando com a investigação da polícia."

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Síndrome respiratória grave está em alta entre crianças e adolescentes há um mês, aponta Fiocruz

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os casos de Srag (síndrome respiratória aguda grave) continuam em alta entre crianças e adolescentes no Brasil, segundo Boletim Infogripe divulgado nesta quinta-feira (13) pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). O aumento foi observado no período de 2 a 8 de março.

 

O crescimento nos casos de síndrome respiratória tem sido registrado principalmente no Pará, Roraima Tocatins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Sergipe, associado ao VCR (virus sincicial respiratório) em caso de crianças de até dois anos. Na faixa etária de 2 a 14 anos, a alta está associada ao rinovírus.

No dia 13 do mês passado, a Fiocruz começou a apontar para um crescimento nos casos de Srag. O aumento coincidia com a volta às aulas, quando crianças e adolescentes passam mais tempo em ambientes fechados, em maior contato e com menor circulação de ar, o que favorece a transmissão dos vírus respiratórios.

A Srag comporta casos gripais que evoluem e comprometem a função respiratória. Vírus como Influenza A, B, VSR e Covid-19 podem evoluir para a síndrome.

Em idosos, os casos de síndrome respiratória associados à Covid-19 mantêm uma incidência moderada no Mato Grosso e Tocantins, com tendência de crescimento apenas em Tocantins. Nos outros estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, embora também haja aumento de ocorrências de Srag, a incidência permanece em níveis baixos.

Segundo o boletim, 10 das 27 unidades federativas estão em alerta, risco ou alto risco para a atividade da doença nas últimas duas semanas, com tendência de crescimento nas últimas seis semanas. São elas: Amapá, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.
Doze das 27 capitais também apresentam nível de atividade de Srag em alerta, risco ou alto risco: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Macapá (AP), Palmas (TO), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC) e São Luís (MA).

SOBRE AS SÍNDROMES RESPIRATÓRIAS

Rinovírus e VSR (vírus sincicial respiratório) são agentes comuns de infecções respiratórias, com o rinovírus causando resfriados e o VSR afetando principalmente crianças com condições como bronquiolite e pneumonia.
Influenza A, um vírus mutante rápido responsável pela gripe, e Covid, causada pelo coronavírus, são também altamente contagiosos.

A prevenção inclui vacinação (especialmente para Influenza A e Covid) e práticas rigorosas de higiene, como lavagem das mãos e uso de máscaras, além de manter uma boa etiqueta respiratória para limitar a transmissão.

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Mulher morre após infecção generalizada causada por procedimento dentário

Uma mulher de 35 anos faleceu na sexta-feira após desenvolver uma infecção generalizada, em decorrência de um procedimento dentário realizado em uma clínica na cidade da Serra, no Espírito Santo. Ela havia procurado tratamento para um dente que quebrou enquanto comia.

 

De acordo com a família, citada pelo jornal Metrópoles, a clínica não forneceu qualquer medicação para Kamila Quadra, que começou a piorar nos dias seguintes e procurou ajuda da unidade de saúde.

Em resposta, a clínica enviou apenas um áudio recomendando que ela procurasse um "cirurgião bucomaxilofacial". A dentista responsável pelo procedimento "negou qualquer relação entre a raspagem gengival e os sintomas apresentados".

A infecção continuou a se agravar até que, após ser aconselhada pela clínica, Kamila foi atendida por um cirurgião que classificou o caso como grave e a encaminhou para um hospital.

A paciente foi quatro vezes a um centro de saúde, onde recebeu apenas medicação para alívio da dor. Somente quando sua mãe insistiu para que ela fosse internada, é que os médicos realizaram exames mais detalhados.

No dia 19 de fevereiro, com a infecção grave confirmada, Kamila foi encaminhada para o Hospital Estadual Dório Silva, onde ficou internada por 16 dias. Durante esse período, ela passou por uma cirurgia na boca, mas seu quadro não melhorou, com a infecção atingindo o sistema respiratório e provocando uma pneumonia severa.

Na sexta-feira, Kamila sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu, apesar dos esforços médicos que duraram 1h30. Agora, a família cobra explicações da clínica e do centro de saúde pelos quais Kamila passou.

Notícias ao Minuto© Reprodução X

 

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Confira o resultado do concurso 2839 da Mega-Sena sorteado nesta quinta (13)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Caixa Econômica Federal sorteou na noite desta quinta-feira (13) o concurso 2839 da Mega-Sena, que tem o prêmio principal de R$ 2.864.798,03 -a estimativa é que chegasse a R$ 3,5 milhões. Os números sorteados no Espaço da Sorte, em São Paulo, foram: 27 - 30 - 37 - 40 - 46 - 47.

 

A aposta simples para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser feita até às 19h (de Brasília) do dia do sorteio em uma casa lotérica ou pela internet, por meio do aplicativo Loterias Caixa ou pelo site de loterias da Caixa.

A probabilidade de acerto para quem faz uma aposta de seis números (no valor de R$ 5) da Mega-Sena é de uma em mais de 50 milhões. Na aposta com sete números (que custa R$ 35), a chance sobe para uma em 7,1 milhões.

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Inscrições para a Olimpíada de Matemática vão até segunda-feira

Escolas públicas e privadas de todo o país têm até o dia 17 de março para fazer a inscrição na 20ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Considerada a maior competição científica do Brasil, a olimpíada é voltada para alunos do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio.  

 

Para participar, as escolas devem acessar o site www.obmep.org.br, preencher a ficha de inscrição disponível, informar o código MEC/INEP e criar uma senha de acesso. No regulamento, estão disponíveis informações sobre condições, prazos, datas e regras previstas para participação na competição.

Todos os anos a Obmep reúne mais de 18 milhões de estudantes. Criada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) em 2005, a competição é promovida com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC). Neste ano, a olimpíada comemora 20 anos. 

Provas

A competição tem duas fases. A primeira fase é uma prova objetiva de 20 questões, que será aplicada em 3 de junho. Já a segunda fase é voltada para os classificados na primeira etapa, que fazem uma prova discursiva de seis questões, em 25 de outubro.

As questões são preparadas de acordo com o grau de escolaridade do aluno. O nível 1 é voltado para o 6º e 7º ano do ensino fundamental; o nível 2, para o 8º e 9º ano do ensino fundamental; e, o nível 3, para o ensino médio. 

A divulgação dos aprovados para a segunda etapa será feita em 1º de agosto e a divulgação dos premiados em 22 de dezembro.

Premiação

A Obmep vai distribuir 8.450 medalhas nacionais: 650 de ouro, 1.950 de prata e 5.850 de bronze, além de 51 mil certificados de menção honrosa.

Os alunos premiados nacionalmente são convidados a participar do Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC), voltado para o incentivo e promoção do desenvolvimento acadêmico. Os participantes de escolas públicas receberão uma bolsa de R$ 300.

Serão distribuídas ainda 20,5 mil medalhas estaduais para os alunos com os melhores desempenhos em cada estado.

Os professores também serão homenageados. Ao todo, 969 professores serão premiados e irão receber, além de diploma e livro de apoio, uma medalha de ouro especial. Os professores premiados vão concorrer ainda a oito viagens.

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Anvisa alerta sobre risco de botulismo pelo uso inadequado de botox

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu um alerta na última quarta-feira (13) para pacientes e profissionais de saúde, destacando os riscos associados ao uso inadequado da toxina botulínica, popularmente conhecida como botox, incluindo o botulismo.
A agência afirma que recentemente recebeu dois casos relatados de botulismo ligados ao uso da substância.

 

"Após revisão de dados de notificações e textos de bula disponíveis em outros países, a Agência solicitou que as empresas com produtos registrados com toxina botulínica incluam em bula o risco de que a toxina pode afetar áreas distantes do local da injeção, com a possibilidade de causar sintomas graves de botulismo, que podem surgir horas ou semanas após a aplicação", informa.

A agência reguladora reforça que procedimentos feitos com o composto injetável devem ser realizados por profissionais devidamente habilitados, em locais autorizados pela vigilância sanitária e com o uso de medicamentos registrados na Anvisa.

O botulismo é uma doença grave, não contagiosa, causada por uma toxina produzida por uma bactéria, a Clostridium botulinum, que ataca o sistema nervoso, o que pode causar paralisia muscular. Esse micro-organismo vive em ambientes sem oxigênio, como solo, sedimentos e alimentos mal conservados.

Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas variam conforme o tipo de botulismo (alimentar, intestinal ou por ferimentos). Os mais comuns incluem:

  • Sintomas neurológicos: visão turva ou dupla, queda das pálpebras, dificuldade para engolir, boca seca, fraqueza muscular progressiva (da cabeça para o tronco e membros) e, em casos graves, dificuldade para respirar.
  • Sintomas gastrointestinais: náuseas, vômitos, diarreia (comuns no botulismo alimentar) e prisão de ventre (especialmente em crianças com botulismo intestinal).
  • Outros sintomas: dores de cabeça, tontura, sonolência e febre (no botulismo por ferimentos).

A toxina botulínica pode causar complicações graves, como insuficiência respiratória (principal causa de morte relacionada ao botulismo), dificuldades para falar e engolir, fraqueza muscular prolongada, fadiga, pneumonia por aspiração e outros problemas no sistema nervoso.

A diferença entre a doença e o uso medicinal ou estético da toxina está na dosagem e na forma de aplicação. Quando utilizada para esses fins, a toxina é purificada e diluída, sendo aplicada em quantidades controladas e seguras por profissionais habilitados.

A Anvisa reforça que, ao apresentar sintomas de botulismo, é preciso buscar atendimento médico imediatamente, pois o tratamento precoce é crucial para evitar complicações graves. A agência destaca a importância de informar à equipe médica sobre a aplicação de toxina botulínica e, se possível, fornecer dados como nome do medicamento, lote e fabricante. Essas informações podem agilizar o diagnóstico e orientar o tratamento de forma mais eficaz.

Além disso, os pacientes têm o direito de ser informados sobre esses dados antes e durante o procedimento. Os profissionais de saúde, por sua vez, devem questionar sobre o histórico de aplicações anteriores (data, dose e indicação) para garantir intervalos seguros entre as aplicações.

A Anvisa também orienta que apenas produtos dentro do prazo de validade e regulamentados sejam utilizados. Qualquer suspeita de reação adversa relacionada a medicamentos deve ser notificada por meio do sistema VigiMed, mesmo em caso de dúvida. Essas notificações são fundamentais para identificar riscos e melhorar a segurança dos medicamentos disponíveis no país.

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PF pede ao governo para aumentar taxa para emissão de passaporte

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O governo Lula (PT) estuda uma proposta da PF (Polícia Federal) para reajustar a taxa para a emissão de passaporte. Atualmente, o serviço custa R$ 257,25 para a primeira via.

 

O tema foi levado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, em março do ano passado. A emissão dos documentos cabe à PF, enquanto a pasta é a responsável por editar as portarias que tratam dos valores cobrados para a realização do serviço.

O pedido ainda está em análise dentro do ministério, ainda nas etapas iniciais de avaliação. Em outubro, o estudo para justificar o aumento do valor foi alterado.

De acordo com integrantes da PF, o órgão tomou a iniciativa de solicitar o reajuste por considerar o preço atual defasado. O último aumento da taxa foi feito em 2015, durante o governo Dilma Rousseff (PT), por meio de uma portaria assinada pelo então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

O governo justificou, à época, que o valor deveria ser reajustado com base na inflação. A taxa não era atualizada desde dezembro de 2006. Na ocasião houve um aumento de 64,8%, e o documento passou a ter validade de dez anos -antes disso, o prazo era de cinco anos.

A PF não divulgou o valor calculado no novo pedido de reajuste. Não há previsão da conclusão da análise pelo Ministério da Justiça. Apesar da iniciativa da Polícia Federal, há dentro do governo cautela com o tema pela potencial impopularidade da medida.

Desde 2015, ano do último reajuste, a inflação de acordo com o IPCA (Índice nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é de 67%. Caso um novo aumento fosse corrigido por esse índice, a emissão do passaporte passaria a custar R$ 430,01.

A polícia justifica que o estudo é um documento interno, preparatório de um possível ato administrativo futuro. Também está em estudo um possível aumento da taxa para registros migratórios no Brasil.

A assessoria do Ministério da Justiça também não informou quais seriam os novos valores em estudo, nem se o reajuste será efetivado.

A equipe técnica da pasta ainda está analisando o estudo da PF e deve levar as conclusões ao ministro Ricardo Lewandowski.

O valor de R$ 257,25 refere-se à taxa para a primeira via do passaporte. Há um acréscimo de R$ 77,17 em caso de urgência e emergência (chegando a R$ 334,42).

Em caso de extravio ou perda de passaporte anterior, há previsão de uma cobrança adicional de R$ 257,25. O que eleva o custo para R$ 514,50.

No ano passado, o governo brasileiro emitiu 2.088.795 passaportes. Foram 2.422.340 em 2023.

O recurso arrecadado vai para o Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal, segundo o Ministério da Justiça. O fundo financia parte do sistema de emissões, somando-se a recursos do Tesouro.

A taxa no Brasil é superior, por exemplo, a países como Espanha (custo de 30 euros, ou R$ 189,41) e África do Sul (equivalente a R$189,82). Fica, no entanto, abaixo de outros países.

Na Argentina, por exemplo, o valor é de 70.000 pesos argentinos -em torno de R$ 380,73. Já no Reino Unido, o passaporte padrão, se feito de forma online, custa 88,50 libras, ou R$ 654,61.

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Temporal em SP derruba 158 árvores, mata 1 e deixa 173 mil sem luz

O temporal que atingiu a cidade de São Paulo na tarde desta quarta, 12, matou um homem que estava dentro de um carro na Avenida Senador Queirós, no centro, e deixou cerca de 173 mil endereços sem luz. O carro em que a vítima estava foi atingido pela queda de uma árvore, de acordo com o Corpo de Bombeiros. De acordo com as informações iniciais, ele seria um taxista - dois passageiros teriam sido tirados do carro sem ferimentos.

 

A Defesa Civil voltou a enviar alerta severo para os celulares de pessoas nas regiões norte, oeste e central. Na Rua Artur de Azevedo, em Pinheiros, na zona oeste, uma árvore caiu sobre o telhado de um restaurante e dois veículos ocupados. No restaurante, houve o desabamento parcial de teto e três pessoas foram retiradas sem ferimentos de um dos veículos atingidos.

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), da Prefeitura, áreas de instabilidade formaram a chuva com forte intensidade. Entre as áreas mais afetadas, inclusive com queda de granizo, estão ainda Butantã e Pinheiros, na zona oeste, Campo Limpo, Santo Amaro e Vila Mariana, na sul.

Chichá de 200 anos

Entre as 158 árvores que caíram na região metropolitana até as 18h29, segundo os bombeiros, está a terceira árvore mais antiga da capital paulista. Ela ficava no Largo do Arouche, na República (centro). O chichá de cerca de 200 anos quebrou com a chuva e caiu.

O Corpo de Bombeiros relatou que, até as 18h29, recebeu 3 chamados para desabamento, 4 de enchente e 158 de queda de árvores. A força da chuva provocou pontos de inundação no Terminal Bandeira, no centro. Choveu forte também em Barueri, Carapicuíba, Cotia e Osasco, na região metropolitana da capital.

As rajadas de vento alcançaram 62,9 km/h em Santana-Carandiru, na zona norte, e 61,6 km/h na região central. De acordo com a Enel, concessionária responsável pela distribuição de luz em São Paulo, às 17h30 havia 173 mil clientes sem luz na região metropolitana. A região oeste da capital foi a mais afetada. A Enel informou ter mobilizado todas as equipes disponíveis e, às 19h30, havia 153 mil clientes sem luz na capital.

De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os locais onde ocorreram as maiores precipitações ontem, em um período de 12 horas, foram Carapicuíba (Altos da Santa Lúcia, com 33 mm) e São Paulo (centro, com: 29 mm). Ainda foram registrados 26 mm em Cotia (Santa Isabel) e 25 mm em Araçoiaba Da Serra (centro).

Próximos dias

O tempo permanece instável nos próximos dias. Uma nova frente fria avança para o litoral paulista, o que vai provocar queda da temperatura máxima no fim de semana. Nesta quinta, 13, na capital paulista, a previsão é de muitas nuvens e tempo abafado, segundo o CGE. À tarde, as pancadas de chuva com até forte intensidade têm potencial para rajadas de vento e novamente formação de alagamentos.

Na sexta, 14, a perspectiva é de céu nublado, com poucas aberturas de sol pela manhã. À tarde, as pancadas de chuva acontecem com até forte intensidade, porém curta duração. Os ventos passam a soprar do quadrante sul, o que vai provocar céu encoberto e chuviscos no período da noite. Os termômetros oscilam entre a mínima de 20°C e a máxima de 27°C.

A Defesa Civil recomenda atenção para possíveis temporais e reforça a importância de acompanhar os alertas meteorológicos. O Gabinete de Crise, que reúne Corpo de Bombeiros e agências reguladoras de serviços, como concessionárias de energia, água e estradas, continua mobilizado de forma preventiva.

Fim da onda de calor

As temperaturas devem ficar mais amenas agora, principalmente durante as tardes, trazendo alívio ao forte calor dos últimos dias. "As temperaturas apresentam ligeiro declínio em função da incursão do ar frio marítimo contra a costa paulista", acrescenta o CGE.

A máxima não deve passar de 23°C no domingo. E, conforme a empresa meteoblue, as temperaturas devem seguir mais baixas ao longo da próxima semana, marcando o fim do verão e a chegada do outono. 

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Mais de 500 mil turistas internacionais visitaram o Rio em dois meses

Mais de meio milhão de turistas internacionais visitaram o estado do Rio de Janeiro nos dois primeiros meses de 2025, segundo dados do Conselho Nacional de Imigração. Foram 262.108 chegadas em fevereiro e 240.151 em janeiro, totalizando 502.259 visitantes estrangeiros, um crescimento de 50% em relação ao mesmo período do ano anterior.  

 

Os turistas desembarcaram, em sua maioria, de países vizinhos da América do Sul. Veja de onde veio a maioria dos visitantes: 

Argentina - 196.649 
Chile - 96.226
Estados Unidos - 52.701
Uruguai - 19.898 
França - 18.472
Reino Unido - 12.943
Portugal - 12.083
Alemanha - 10.702
Itália - 6.836

O governo do Estado tem como meta alcançar 1,8 milhão de turistas internacionais em 2025, um crescimento de 20% em relação ao total de 1,5 milhão registrado no ano passado. O governador Cláudio Castro destacou a importância do trabalho para posicionar o Rio como destino global.  

“O crescimento de 50% no turismo internacional é reflexo das nossas ações para fortalecer a imagem do estado e atrair grandes eventos. Estamos trabalhando para que essa tendência de alta continue impulsionando a economia e gerando empregos para os fluminenses”, avaliou Castro.

A Secretaria de Estado de Turismo vem participando de grandes eventos do setor, como a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL).  O secretário Gustavo Tutuca representou o Rio no encontro em Portugal. 

“Alcançar meio milhão de turistas internacionais em apenas dois meses é um marco histórico para o Rio de Janeiro e um reflexo direto do trabalho que estamos fazendo para consolidar o estado como um destino global. O crescimento de 50% demonstra que nossas ações de promoção estão dando resultado e que o mundo continua escolhendo o Rio”, disse Tutuca.

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Chuva coloca SP em estado de atenção para alagamentos; Defesa Civil emite alerta severo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Parte da cidade de São Paulo entrou em estado de atenção para alagamentos na tarde desta quarta-feira (12).

 

Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da Prefeitura de São Paulo, o aviso foi dado às 16h38 e vale para praticamente toda a cidade, com ênfase para as marginais Pinheiros e Tietê.

A Defesa Civil estadual emitiu "alerta severo" para celulares às 16h55 para as zonas oeste e norte, além do centro.

Conforme o órgão municipal, imagens do radar meteorológico mostram chuva forte na zona oeste, que deve atuar de forma lenta e isolada em outras regiões.

O CGE aponta potencial para alagamentos e rajadas de vento. Entretanto, às 16h55 não havia nenhuma via intransitável.

Há relatos de queda de granizo, além de galhos de árvore, em Pinheiros, na zona oeste e na região central.

Neste mesmo horário, segundo a distribuidora Enel, cerca de 55 mil imóveis estavam sem energia nos 24 municípios atendidos pela empresa na região metropolitana de São Paulo -na capital paulista, o problema atingia 43 mil endereços.

O Imnet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu nesta quarta-feira (12) dois alertas para acumulados de chuva abrangendo o extremo sul do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e o litoral sul de São Paulo.

Essas regiões estão sob avisos laranja (perigo) válidos até a manhã de quinta (13). A previsão indica volumes de chuva de até 100 mm em 24 horas.

Todo o estado de São Paulo foi colocado sob alerta amarelo do Inmet, de perigo potencial para chuva, até às 10h desta quinta-feira (12).

Conforme o órgão federal, nesta situação a previsão é de até 50 mm de acumulado de chuva.

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Mandioca realizou façanha evolutiva ao ser domesticada

(FOLHAPRESS) - Um dos maiores estudos já feitos sobre a diversidade genética da mandioca revela que, ao ser domesticada, a planta realizou uma façanha evolutiva que parece um imenso paradoxo.

 

Acontece que as variedades que existem mundo afora são, ao mesmo tempo, muito parecidas entre si e capazes de carregar bastante variabilidade genética -o suficiente para que elas continuem ajudando a alimentar cerca de 1 bilhão de pessoas todos os dias sem grandes riscos de desaparecer por causa de pragas.

As conclusões vêm da análise de quase 600 genomas (o conjunto do DNA de um indivíduo) da espécie, boa parte dos quais obtidos de exemplares do Brasil. O país, em especial nas áreas do sudoeste amazônico, como a atual Rondônia, provavelmente é o local de origem da mandioca domesticada -é possível que o cultivo por aqui tenha começado há quase 10 mil anos.

O trabalho foi publicado no último 7 no periódico especializado Science.

A nova pesquisa, que tem entre seus coordenadores o brasileiro Fabio de Oliveira Freitas, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, levou em conta também o DNA de plantas que viveram antes da chegada dos europeus, como uma mandioca de mais de 600 anos encontrada na região do Peruaçu, em Minas Gerais, e outra com cerca de 2.000 anos achada em Arica, no Chile. E o grupo ainda analisou variedades e práticas de cultivo do povo waurá, indígenas do Xingu que mantêm boa parte do conhecimento ancestral sobre o manejo da mandioca.

O padrão de variabilidade genética altamente incomum identificado pelos pesquisadores na mandioca se deve, em grande parte, à maneira como ela quase sempre é propagada por agricultores no mundo todo. Acontece que as plantas cultivadas quase sempre são clones de outras.

É que, em vez de usar sementes, surgidas do cruzamento entre plantas diferentes, a prática bem mais comum é enterrar ramas (pedaços cortados do caule), a partir das quais nascem novas plantas.

"Isso não significa que elas não cruzem e produzam sementes, mas o produtor quase nunca vai plantar essas sementes porque elas ficam um ano sem produzir as raízes tuberosas [a parte rica em carboidrato que as pessoas consomem]", explicou Freitas à Folha.

Por causa da facilidade de transporte e troca das ramas de uma comunidade para outra, a propagação da planta por esse método se espalhou por boa parte do continente americano antes da invasão europeia e, com o início da colonização, alcançou muitas outras regiões do mundo, em especial na África.

O processo parece ter sido tão bem-sucedido que a planta praticamente não carrega uma característica que é típica de quase todas as espécies, inclusive as domesticadas: a chamada estrutura populacional geográfica. O termo é complicado, mas significa simplesmente que, em geral, as subpopulações de uma espécie muito espalhada tendem a desenvolver suas próprias características em cada região.

Ou seja, os membros de uma espécie no Sudeste tendem a ser mais parecidos entre si geneticamente do que com os membros da mesma espécie no Nordeste, digamos. No caso da mandioca, isso quase não se vê -as variedades da planta no Pará e no Peru, digamos, não são muito diferentes entre si.

Ao mesmo tempo, porém, os indivíduos costumam manter um grau relativamente elevado da chamada heterozigosidade em seu genoma. Isso significa que, em geral, cada exemplar de mandioca carrega duas variantes diferentes para cada região de seu DNA (são duas variantes porque a espécie se reproduzia naturalmente por meio do sexo, recebendo uma cópia de seu DNA da "mandioca-mãe" e a outra da "mandioca-pai", tal como no caso dos seres humanos).

Para Freitas e seus colegas, essa característica, que ajuda o indivíduo a ser versátil o suficiente para enfrentar desafios como novos ambientes e pragas, provavelmente foi mantida por meio da seleção das plantas que iam ceder suas ramas para o replantio.

"Isso é uma coisa que a gente vê com os indígenas por exemplo: na hora de escolher a rama, eles prestam muita atenção nas plantas que são mais robustas, que têm as melhores folhas. A gente acredita que isso deve ter ajudado a manter essa variabilidade", conta ele.

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Menina de 11 anos morre após inalar desodorante aerosol em desafio viral

Uma menina de 11 anos, identificada como Brenda Sophia Melo de Santana, morreu no último domingo (9) após inalar desodorante aerosol na cidade de Bom Jardim, no Agreste de Pernambuco. Segundo relatos de familiares, a tragédia teria sido motivada por um desafio viral da internet.

 

Após inalar o produto, Brenda passou mal e foi socorrida imediatamente, sendo levada a um hospital da região. No caminho, já inconsciente, a criança sofreu uma parada cardiorrespiratória. Apesar das tentativas de reanimação, ela não resistiu e faleceu.

O corpo da menina foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para perícia. A Polícia Civil investiga o caso, classificado como "morte a esclarecer", até que os laudos médicos e necroscópicos sejam concluídos.

Em nota, a Prefeitura de Bom Jardim lamentou a morte da criança e expressou solidariedade à família.

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Número de mortes por Covid no Brasil ainda é alto e se equipara à queda de 6 Boeings em 2025

FOLHAPRESS) - Cinco anos após o início da pandemia de Covid, o Brasil ainda registra um índice alto de mortes pela doença.

 

De janeiro a 1º de março de 2025, a Covid matou 761 pessoas no país. É o que mostram os dados do Ministério da Saúde analisados pela plataforma SP Covid Info Tracker.

O número equivale à queda de seis Boeings 737-700, em média. A aeronave possui 126 assentos.

São 13 mortes por dia e 89 por semana. O dado é 57,46% menor se comparado ao total do mesmo período do ano passado, quando houve 1.789 mortes -cerca de 30 por dia e 209 por semana.

Em São Paulo, o cenário segue a mesma tendência. Em 2025, até 1º de março, foram 262 mortes -como se dois desses Boeings tivessem caído no estado.

Total (até 1º de março) - Brasil - Mortes diárias - Por semana
2024 - 1.789 - 30 - 209
2025 - 761 - 13 - 89

Total (até 1º de março) - SP - Mortes diárias - Por semana
2024 - 460 - 8 - 53
2025 - 262 - 4 - 31

São cerca de quatro óbitos diários e 31 por semana. O número é 43,04% menor se comparado ao total do mesmo período de 2024, quando foram registrados 460 mortes -oito por dia e 53 por semana. Os dados do estado de São Paulo são da Fundação Seade.

Ao observar as nove últimas semanas epidemiológicas de 2024 e as nove iniciais de 2025, é possível constatar um aumento de 21% nas mortes ocorridas no Brasil. O percentual sobe para 58 quando é considerado apenas o estado de São Paulo.

Semanas epidemiológicas (Brasil) - Período - Total - % Variação
44 a 52 - 27/10/2024 a 28/12/2024 - 631 -
1 a 9 - 29/12/2024 a 01/03/2025 - 761 - 21

Semanas epidemiológicas (SP) - Período - Total - % Variação
44 a 52 - 27/10/2024 a 28/12/2024 - 197 -
1 a 9 - 29/12/2024 a 01/03/2025 - 311 - 58

De 2020 até 1º de março de 2025, o país já registrou 715.295 mortes por Covid. A primeira vítima da doença foi a diarista Rosana Urbano, 57. Um dia antes do óbito, ela visitou a mãe, Gertrudes, internada com pneumonia no Hospital Municipal Doutor Cármino Caricchio, no Tatuapé, zona leste da capital paulista.
Quando soube que a mãe estava intubada, a diarista passou mal e foi internada no mesmo local. Morreu às 19h15 do dia 12 de março de 2020, após uma parada cardiorrespiratória. Ela tinha diabetes e hipertensão.

Para Wallace Casaca, coordenador da plataforma SP Covid-19 Info Tracker, a doença continua perigosa. Os números estão altos e a expectativa é de aumento.

"Não é possível fazer comparações com o início da pandemia, quando não tínhamos nenhuma arma para nos proteger contra a doença. No entanto, é possível afirmar que esses números são elevados. Se você pegar o dado semanal de 2025, o número de óbitos pela doença é quase o equivalente ao que morre na queda de um avião de médio porte", diz Casaca.

"No ano passado, a maior parte dos óbitos ocorreu nos primeiros três meses, um período normalmente com pouca circulação de vírus respiratórios, mas marcado por festas, como a virada de ano e o Carnaval, além da presença de uma subvariante muito agressiva no Brasil, o que também foi relevante", afirma o pesquisador.

Renato Grinbaum, consultor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) ressalta os grupos vulneráveis correm maior risco. São os maiores de 60 anos, doentes crônicos, cardíacos e imunodeprimidos. Para os demais, com o esquema vacinal completo, a probabilidade de evoluir para a gravidade e morte é baixa.

"Como nós já tivemos vacinação prévia e episódios prévios do coronavírus, criamos uma imunidade que faz com que os episódios subsequentes sejam mais leves. Hoje, encontramos todos os dias com pessoas com Covid e que são formas mais leves porque o sistema imune já está preparado e conhece previamente o vírus", explica Grinbaum.

2024 - Total - Mortes diárias - Por semana
Brasil - 5.959 - 16 - 114
SP - 2.015 - 6 - 39

"O importante é a proteção dos vulneráveis. Se você tem um familiar ou um conhecido idoso ou vulnerável, você não vai, com resfriado, procurar essa pessoa por mais amiga que ela seja. Você terá que higienizar as mãos, usar máscara perto dela. Tem que ter um cuidado especial", diz o infectologista da SBI.

Na opinião de André Bon, infectologista do Hospital Nove de Julho, a doença não mudou em relação a 2020, quando surgiu. A diferença é o arsenal terapêutico para tratar e prevenir.

"O que mudou de maneira significativa é o nosso acesso e a disponibilidade de ferramentas de prevenção como vacinas que são atualizadas periodicamente com as cepas circulantes. Temos acesso a medicações, inclusive, através do SUS, para tratamento de Covid leve e moderada, e também para a Covid grave -essas não no SUS, mas amplamente através da rede privada", afirma Bon.

"Os fatores de risco para desenvolvimento e evolução para formas graves nas pessoas não vacinadas continua exatamente igual a 2020. O número de óbitos no Brasil ainda é alto, mas é muito melhor do que poderia ser se a gente não tivesse vacina e tratamento", reforça.

Estar com o esquema vacinal em dia, com os imunizantes mais recentes, é essencial para evitar complicações e mortes, segundo Bon.

"O que sabemos de evidência é que quem está vacinado com bivalentes, por exemplo, que são as vacinas mais recentes, tem metade da chance de morrer de Covid do que as pessoas que tomaram só as vacinas monovalentes, mais antigas", explica o infectologista do Hospital Nove de Julho.

André Bon reforça que as comorbidades são importantes, mas o principal fator de risco para óbito na Covid é a idade, em especial, acima de 80 anos. Mas a cada década acima dos 50, o risco aumenta de maneira significativa. "A estimativa é que o risco de óbito de um paciente acima de 85 anos seja 340 vezes maior do que quem tem de 18 a 29 anos", afirma.

A Covid não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional desde 5 de março de 2023, pouco mais de três anos do seu início. A pandemia foi declarada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) no dia 11 de março de 2020.

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Confira o resultado do concurso 2838 da Mega-Sena sorteado nesta terça (11)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Caixa Econômica Federal sorteou na noite desta terça-feira (11) o concurso 2838 da Mega-Sena, que tem o prêmio principal de R$ 11.917.659,56.

 

Os números sorteados no Espaço da Sorte, em São Paulo, foram: 04 - 07 - 29 - 32 - 36 - 53.

A aposta simples para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser feita até às 19h (de Brasília) do dia do sorteio em uma casa lotérica ou pela internet, por meio do aplicativo Loterias Caixa ou pelo site de loterias da Caixa.

A probabilidade de acerto para quem faz uma aposta de seis números (no valor de R$ 5) da Mega-Sena é de uma em mais de 50 milhões. Na aposta com sete números (que custa R$ 35), a chance sobe para uma em 7,1 milhões.

VEJA COMO JOGAR

Pelo site

  • Acesse o site Loterias Online
  • Confirme se tem mais de 18 anos. Depois, clique em "acessar", no canto superior direito. Se for o primeiro acesso, cadastre-se. Caso contrário, faça seu login usando CPF e senha
  • Role a tela para baixo e, na opção da Mega-Sena, clique no ícone "Aposte Agora!"
  • Escolha as dezenas que quer apostar Informe se quer apostar com mais números e se quer ativar a surpresinha e/ou a teimosinha
  • Quando acabar tudo, clique em "colocar no carrinho", logo abaixo
  • Quando o valor total da compra for superior a R$ 30, selecione a opção "ir para pagamento", do lado direito
  • Informe os dados do seu cartão de crédito e confirme a compra
  • Após o sorteio, entre no site, faça login e clique em "minha conta"
  • Em seguida, em "apostas" e, depois, em "conferir apostas"
  • Se você tiver ganhado, irá aparecer o prêmio que receberá e os procedimentos para retirada

Pelo aplicativo

  • Baixe o aplicativo Loterias Caixa, disponível gratuitamente para Android e iOS
  • Após a introdução, faça login ou cadastre-se
  • Na tela inicial, localize a Mega-Sena e clique em "aposte"
  • Selecione as dezenas desejadas e informe se quer usar mais números e se pretende ativar a teimosinha e a surpresinha
  • Quando acabar, selecione "adicionar ao carrinho de apostas", na parte de baixo da tela
  • Assim como no site, o valor mínimo é de R$ 30. Se não deu esse valor, volte ao início e faça outros jogos até atingir a quantia. Ao terminar, clique em "carrinho de apostas"
  • Confira as apostas e, se estiver tudo certo, vá em "avançar para a forma de pagamento"
  • Informe os dados do cartão e clique em "apostar e autorizar cobrança"
  • Depois do sorteio, acesse o aplicativo. Abra o menu, clicando no botão no canto superior esquerdo e escolha "minha área" e, em seguida, "minhas apostas". Nessa área irá aparecer se você ganhou ou não

Pelo Internet Banking

  • Acesse a plataforma do Internet Banking com seu login e senha
  • Clique em loterias
  • Escolha Mega-Sena e depois apostar (o limite para esta forma de aposta é de R$ 500 por dia, das 7h às 22h, limitado ao horário limite para fechamento das apostas)
  • Selecione a quantidade de números do seu jogo (de 6 a 9 por cartela)
  • Escolha suas dezenas e clique em "incluir aposta"
  • Se quiser, repita essa operação para completar três jogos e então clique em "finalizar"
  • Então, é só digitar os seis números de sua senha eletrônica para confirmar o pagamento
  • Depois é só voltar à tela inicial das loterias e clicar em "minhas apostas" para confirmar os jogos realizados.

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Bolsa Família reduz em 17% risco de internação por uso de substâncias

Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz mostra que beneficiários do Programa Bolsa Família têm 17% menos risco de internação por transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas. A diferença na comparação com quem não recebe o benefício aumenta para 26% quando a substância em questão é a bebida alcoólica.  

 

Publicado no periódico The Lancet Global Health, o estudo cruzou dados não-individualizados do Cadastro Único e do Sistema de Informações Hospitalares de mais de 35 milhões de brasileiros, entre 2008 e 2015. Os pesquisadores aplicaram também um índice que mede o nível de privação material e identificaram que o programa teve impacto positivo em todas as faixas. Na de maior privação, o risco de internação foi 41% menor entre os que recebiam o benefício.

“Essa associação observada entre ser beneficiário do Bolsa Família e a redução do risco de internação pode estar relacionada ao alívio do estresse financeiro e a promoção de acesso aos serviços de saúde e educação, por conta das condicionalidades do programa”, explica Lidiane Toledo, uma das integrantes da equipe que conduziu o estudo.

Ela complementa que a falta de dinheiro e a incerteza financeira são fatores de estresse que podem afetar a qualidade de vida e a saúde mental, levando ao abuso de substâncias psicoativas. Além disso, as famílias inscritas no programa devem garantir o cumprimento de medidas básicas de cuidado com a saúde, como pré-natal e vacinação das crianças, o que aproxima a família de unidades de saúde, que podem ajudar com os transtornos.

Outra condição para receber o benefício do programa é que as crianças e adolescentes tenham uma frequência escolar mínima, o que os pesquisadores também acreditam que tenha uma contribuição positiva. "Essa hipótese se baseia no fato de que a baixa escolaridade, uma das medidas de status socioeconômico reduzido, é um fator de risco bem documentado para os transtornos por uso de substância, além de que pessoas que fazem uso de substâncias frequentemente enfrentam barreiras no acesso aos serviços de saúde", diz o artigo.

De acordo com a pesquisadora Lidiane Toledo, o estudo demonstra que o apoio financeiro também é essencial para pessoas que vivem com transtornos mentais decorrentes do uso de substâncias e em situação de pobreza ou extrema pobreza.

"Como podemos esperar que uma pessoa busque e mantenha o tratamento de saúde se ela e sua família nem sabem se terão o que comer? A recomendação é que profissionais da Atenção Primária e dos Centros de Atenção Psicossocial considerem encaminhar pessoas vivendo com transtornos por uso de substâncias e que estão em situação de vulnerabilidade social para programas de proteção social, como o Bolsa Família”, enfatiza.

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O que se sabe sobre a nova variante de Mpox identificada no Brasil

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Quatro profissionais do Ministério da Saúde -infectologista, epidemiologista e técnicos especializados em vigilância epidemiológica e imunização- foram enviados a São Paulo para acompanhar o primeiro caso de Mpox causado pela cepa clado 1b no Brasil.

 

A paciente é uma mulher de 29 anos que mora na região metropolitana da capital paulista. Ela teve contato com um familiar da República Democrática do Congo, onde há circulação endêmica do vírus.

De acordo com o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, a jovem segue isolada e passa bem, com alta prevista para esta semana. Não foram identificados casos secundários da variante até o momento.

Existem dois clados (grupos) do vírus já identificados. Na epidemia de Mpox de 2022, o clado 2 se disseminou pela Europa e parte das Américas. Menos agressivo, causa sintomas mais leves.

O clado 1, na ocasião, ficou restrito à República Democrática do Congo (RDC), na África. Este tipo se mostrou mais agressivo, com maior mortalidade. O clado 1b é uma variante desse vírus.

Casos da cepa 1b foram identificados em Uganda, Ruanda, Quênia, Zâmbia, Angola, Reino Unido, Alemanha, França, Bélgica, Suécia, Estados Unidos, Canadá, China, Tailândia, Índia, Paquistão, Emirados Árabes Unidos e agora no Brasil.

Essa variante, que tem se mostrado bastante transmissível, compromete com mais gravidade os órgãos vitais, e o risco de morte é maior.

De maneira geral, o vírus mpox é transmitido por meio de relações sexuais, contato direto com lesões e por gotículas.

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A MPOX

QUAIS OS SINTOMAS CLÁSSICOS DA MPOX? SÃO DIFERENTES DA NOVA CEPA?

Inicialmente os sintomas são febre, dor no corpo, prostração e aumento de gânglios. Após três ou quatro dias aparecem as lesões na pele.

Segundo Eduardo Medeiros, diretor da SPI (Sociedade Paulista de Infectologia), a nova variante é mais agressiva e pode se disseminar pelo corpo, comprometendo outros órgãos além da pele, como pulmão, intestino e fígado.
"Pode levar a uma pneumonia mais grave, a uma infecção intestinal, e aumentar a mortalidade desses pacientes, principalmente dos imunossuprimidos [que realizam algum tratamento relacionado à imunidade e quem convive com HIV, por exemplo]", ressalta Medeiros.

QUEM JÁ CONTRAIU MPOX UMA VEZ PODE PEGÁ-LA DE NOVO?

Quem já contraiu Mpox guarda algum grau de imunidade. O médico reforça, contudo, que novas variantes fogem da resposta imunológica.

"Isso aconteceu com a Covid, com o vírus influenza e certamente está acontecendo com o mpox. O vírus se modifica", diz Medeiros.

QUAL OS SINAIS DE AGRAVAMENTO DA MPOX?

Os sinais de alerta são o aumento progressivo das lesões e a presença de dor ou prostração.

PESSOAS COM COMORBIDADES SÃO MAIS VULNERÁVEIS À MPOX?

Medeiros afirma que não é possível descartar tal hipótese, pois pacientes com obesidade e com diabetes têm tendência a responder de forma pior a essas infecções virais, que podem evoluir para forma mais grave.

QUEM CONVIVE COM HIV PODE TER COMPLICAÇÕES DA MPOX?

Corre risco a pessoa que convive com HIV e tem imunidade baixa ou que não sabe que tem o vírus e por isso não se trata.

QUAIS OS RISCOS PARA GESTANTES?

A gravidez leva à diminuição da imunidade contra as infecções. Portanto, é possível que a gestante com Mpox desenvolva uma forma mais grave da doença. Além disso, pode haver transmissão vertical, isto é, da mãe para o bebê, e causar óbito fetal.

O VÍRUS PODE SER TRANSMITIDO PELO LEITE MATERNO?

Como o vírus circula pelo sangue, é provável que sim, mas a transmissão ocorre fundamentalmente por contato com as lesões. Isso vale para a forma branda da doença também.

"Se a mãe tiver lesões pelo corpo, deve evitar o contato com o bebê. Durante o período de transmissão do vírus, que varia entre o início dos sintomas até cerca de 28 dias, a gente evita a amamentação", explica Medeiros.

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Escolas de Fortaleza deixam de receber livros após deputada apontar 'mensagem subliminar'

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Escolas municipais de Fortaleza deixaram de receber dois livros de literatura infantil após uma deputada acusar as obras de terem conteúdo impróprio para crianças.

 

A deputada estadual Silvana Sousa (PL) pediu o veto ao livro "E o Medo, que Medo Tem?" por apresentar um personagem vestido de bailarina, sob alegação de haver uma "mensagem subliminar para a cultura LGBT". Ela pediu ainda a suspensão da circulação do livro "Alfrabeto", alegando que a obra coloca as religiões de matrizes africanas em posição de destaque em detrimento das demais.

As duas obras fazem parte de um kit de 12 livros de literatura infantil editados e publicados pela Secretaria de Educação do Ceará, que depois os envia para os municípios de todo o estado para serem distribuídos nas escolas de educação infantil. A deputada enviou dois requerimentos para a secretaria pedindo a "imediata suspensão" dos livros nas escolas.

A distribuição da coleção de livros é uma das estratégias do Paic (Programa Aprendizagem na Idade Certa) do governo cearense para garantir a alfabetização das crianças até os seis anos de idade.

O governo entrega aos municípios a coleção com os 12 livros em uma única embalagem para cada turma de pré-escola (etapa que atende crianças de 4 e 5 anos). Apesar de as obras serem entregues juntas, as escolas municipais de Fortaleza receberam o kit com apenas dez títulos -faltando exatamente os dois livros criticados pela deputada.

Questionada se havia determinado a retirada desses livros, a Secretaria de Educação de Fortaleza afirmou ter ocorrido um problema no processo de distribuição. Por isso, algumas escolas teriam recebido a coleção com itens faltantes. A pasta da gestão Evandro Leitão (PT) disse que vai finalizar a entrega de todos os 12 livros da coleção nos próximos dias.

Preocupados com a falta dos livros, professores e pais de alunos organizaram um abaixo-assinado pedindo a entrega imediata da coleção completa em todas as escolas. Eles reivindicam que os títulos não sejam censurados por causa dos requerimentos feitos pela deputada.

Ana Paula Marques, autora de "E o Medo que Medo Tem?", disse ter se surpreendido ao descobrir que as escolas não estavam recebendo a obra. "Sou professora e há anos escrevo literatura infantil, o livro está em total acordo com o currículo e diretrizes nacionais."

No documento enviado à secretaria, a deputada diz que o problema do livro não é a narrativa, mas as ilustrações. "Não é adequado ver um menino vestido de bailarina como se demonstrasse que assim ele estaria vencendo um medo, se libertando, uma vez que um menino nem imaginaria se vestir assim", diz o requerimento.

"A última ilustração traz o mesmo menino vestido de bailarina com outras crianças, com o arco-íris ao fundo e a palavra CORAGEM com todas as letras coloridas. A mensagem subliminar no livro está onde traz a criança em fase de desenvolvimento a cultura LGBT", continua o documento assinado pela parlamentar.

Ana Paula diz que o livro nem sequer faz menção sobre o gênero do personagem que aparece vestido de bailarina. Segundo ela, a ilustração pode tanto representar um menino como uma menina de cabelos curtos.

"A ilustração dá a oportunidade para que as crianças façam múltiplas leituras. Pode ser uma menina com cabelo curtinho ou até mesmo um menino de bailarina. Qual o problema disso? O personagem não tem nome, a ilustração representa uma criança", diz.

Já sobre o livro "Alfrabeto", a deputada afirma que ele é um exemplo de que "religiões de matrizes afro são colocadas em posição de destaque em detrimento das demais". O livro trata de conteúdos que são obrigatórios no currículo de todas as escolas do país sobre a história e cultura afro-brasileira e indígena.

Em uma fala na Assembleia Legislativa do Ceará, a deputada afirmou ainda que os livros são um "ataque contra as crianças".

Em nota, a Secretaria de Educação do Ceará declarou que os dois livros fazem parte do acervo das escolas de educação infantil e obedeceram a todos os critérios de seleção do edital realizado em 2022, "tratando de temáticas de relevância para a formação respeitosa das crianças cearenses, prezando pelo bem-estar e promovendo a equidade entre educandos e educadores".

A secretaria do governo Elmano de Freitas (PT) afirmou que todas as obras selecionadas possibilitam a construção de um ambiente educativo que promova a "diversidade, o respeito às diferenças como parte da experiência humana, contribuindo para a formação de crianças respeitosas, tolerantes e conscientes de seus direitos".

Já a pasta de Fortaleza promete corrigir o problema de distribuição e diz que todas as escolas vão receber todos os livros da coleção, já que as "publicações obedecem à legislação e aos parâmetros educacionais nacionais".

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Gestão Nunes é acusada de superfaturar compra de garrafas d'água em R$ 1,2 milhão

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) é acusada de superfaturar a compra de garrafas de água mineral distribuídas durante o Carnaval de rua de 2024. Segundo denúncia do Ministério Público, o sobrepreço causou prejuízo de R$ 1.227.240,00.

 

A ação de improbidade administrativa foi iniciada pela promotoria de Justiça do Patrimônio Público em fevereiro do ano passado, quando foram levantadas suspeitas sobre o contrato que pagou R$ 5,52 por cada garrafa de 500 ml, quase o dobro do praticado pelo mercado à época.

Segundo a denúncia, foram adquiridas 252 mil garrafas de água mineral sem gás (500 ml) por R$ 5,5 a unidade, total de R$ 1.391.040,00. "Dados públicos demonstram que a média praticada no mercado variava, à época, entre R$ 0,65 a R$ 0,90/unidade", diz trecho.

Em nota, a secretaria de Subprefeituras, responsável pelo contrato, afirmou que o valor estipulado por cada garrafa seguiu pesquisa de mercado na época, e que o preço pago incluiu gastos com logística e refrigeração.

A Promotoria também apontou o que chamou de "jogo de planilha", manipulação dos valores praticados em contrato para ganhar a licitação com o menor preço global para depois alterar as quantidades. No mesmo contrato, foram adquiridos kits lanches aos funcionários da prefeitura que trabalharam durante o Carnaval.

A quantidade de kits foi reduzida após a assinatura do contrato, segundo a denúncia.

Em 2025, a prefeitura distribuiu 1,8 milhão de copos de água durante oito dias de Carnaval de rua. Segundo a gestão municipal, o público foi de 16,5 milhões de pessoas, e a folia movimentou R$ 3,4 bilhões.

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Malária chega a 33 mil casos em um ano na terra yanomami, e quase metade é em crianças de até 9 anos

(FOLHAPRESS) - O Ministério da Saúde registrou 33,3 mil casos de malária na Terra Indígena Yanomami em 2024, uma quantidade superior à própria população do território -são 27,1 mil indígenas na região, segundo dados do Censo de 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

Das 33,3 mil notificações de malária no território, 14.672 (44%) se referem a crianças de 0 a 9 anos de idade. É a maior incidência entre faixas etárias, seguida da de 10 a 19 anos, com 8.889 casos (26,6%).

As notificações da doença em 2024 representam um aumento de 10,2% em relação a 2023, quando houve 30,2 mil registros, e um acréscimo de 118% ante 2022, quando o sistema registrou 15,3 mil casos.

Os dados, compilados pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, foram obtidos pela Folha por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação). Os números de 2024 são considerados preliminares e ainda sujeitos a alteração, conforme a pasta.

A reportagem pediu, na mesma solicitação, os dados de óbitos de yanomamis em todo o ano de 2024, o que foi negado pelo ministério.

As informações fornecidas sobre mortes são apenas do primeiro semestre do ano. O ministério oculta os dados, e parou de atualizar com periodicidade certa os boletins com os números.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que houve queda de 35,7% nas mortes por malária, numa comparação por semestres. Houve mais diagnósticos, com aumento de 73% no número de exames, e mais tratamento por profissionais de saúde, segundo a pasta.

"A análise exclusiva pelas notificações pode gerar falsa sensação de aumento de casos de malária na região, uma vez que um único paciente pode ser testado várias vezes até o fim do tratamento", disse a nota.

Segundo o documento da Secretaria de Vigilância em Saúde do ministério, fornecido à reportagem na resposta via LAI, os dados de notificações não incluem lâminas de verificação de cura, que são testes relacionados a "recaídas e recrudescências" e que não tratam de "novas infecções".

As ações de saúde tiveram início no primeiro mês do governo Lula (PT), diante da crise humanitária causada pela explosão do garimpo ilegal no território, tolerado e estimulado pela gestão passada, de Jair Bolsonaro (PL). Cerca de 20 mil garimpeiros exploravam ouro e cassiterita de forma ilegal, em muitos casos em áreas bem próximas das aldeias.

A emergência em saúde pública foi declarada em janeiro de 2023. Em fevereiro do mesmo ano, teve início uma operação federal para expulsão de invasores , em cumprimento a uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).

Os dados fornecidos por meio da LAI mostram uma diminuição das mortes por malária, apesar do aumento das notificações. Esses dados, porém, estão incompletos: nos casos de 2023 e 2024, referem-se apenas ao primeiro semestre de cada ano.

Em 2022, houve 16 mortes por malária na terra yanomami, sendo 10 casos de crianças de 0 a 9 anos, conforme o Ministério da Saúde. No primeiro semestre de 2023, foram 14 óbitos, dos quais 7 foram de crianças com menos de 10 anos de idade. Já no primeiro semestre de 2024, houve menos mortes, 9, sendo a grande maioria, 8, de crianças de 0 a 9 anos.

Crianças e adolescentes são um público prioritário e têm maior acesso a medicamentos, segundo a pasta.

Em 2023, conforme registros do ministério, houve 363 mortes de indígenas yanomamis, levando em conta o total de óbitos, uma quantidade de notificações superior aos registros (343 mortes) em 2022, o último ano do governo Bolsonaro. Profissionais de saúde não comparam os dois anos em razão da subnotificação elevada na gestão passada.

O governo Lula não divulgou até agora os dados completos de 2024. Os números existentes se referem ao primeiro semestre do ano, quando houve notificação de 155 óbitos. A queda foi de 27% em relação ao primeiro semestre de 2023, quando o Ministério da Saúde registrou 213 mortes .

A malária é uma doença que drena a energia do paciente. A maneira como está difundida na terra yanomami, com vários casos de reincidência, e com danos graves em órgãos como o fígado, impacta a capacidade de trabalho dos indígenas nas roças nas aldeias, o que alimenta o ciclo de insegurança alimentar e a dependência de cestas básicas.

A maior quantidade de notificações reflete a ampliação do atendimento em saúde no território, desde a declaração da emergência, com mais busca ativa de casos. Polos de saúde que estavam fechados passaram a funcionar, com mais identificação e tratamento para malária.

Ao mesmo tempo, os dados de notificações mostram a disseminação da malária pelo território e a persistência dos focos do mosquito transmissor, inclusive da forma mais grave da doença, chamada de falciparum. Em nenhuma outra parte da amazônia há tanta malária como na terra yanomami.

Das 39 mortes registradas desde 2022, 18 foram causadas pelo protozário da falciparum, conforme os dados fornecidos pelo Ministério da Saúde. Em parte dos casos, com complicações cerebrais.

"O aumento do número de locais de diagnóstico e tratamento e o aumento das equipes de saúde resultam em maior cobertura dos serviços de saúde e de diagnósticos, e maior número de pessoas diagnosticadas e tratadas", afirmou Milena Kanindé, chefe de gabinete da Secretaria de Saúde Indígena do ministério, em um dos pareceres em resposta ao pedido via LAI.

Segundo ela, há uma dificuldade de diagnóstico em até 48 horas, a partir da manifestação dos sintomas, em razão de a terra yanomami ser vasta e com áreas de acesso muito difícil. Outro aspecto citado é o fato de a população ser nômade.

"No início de 2023, aproximadamente 5.224 indígenas não tinham acesso aos serviços de saúde nos polos base de Kayanaú, Homoxi, Hakoma, Ajarani, Haxiú, Xitei e Palimiú", disse a chefe de gabinete. "Até abril de 2024, todos esses polos foram reabertos, alguns parcialmente, o que aumentou consideravelmente o acesso dos indígenas ao diagnóstico e tratamento de malária."

A notificação do caso entra no sistema 45 dias após a confirmação, em média, conforme Kanindé. Por isso os dados são tratados como preliminares, sujeitos a alteração.

O secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, afirmou, em outra manifestação no pedido formulado via LAI, que os números de mortes de yanomamis no segundo semestre de 2023 e de 2024 estão "em processo de qualificação". A fase é de finalização e análise dos dados epidemiológicos, segundo o secretário, e os dados devem ser divulgados em breve, disse.

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São Paulo tem previsão de chuva todos os dias até o fim de semana

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O estado de São Paulo deverá ter uma sequência de dias chuvosos, ao menos até a sexta-feira (14), aponta a previsão do tempo.

 

Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), há alerta de perigo potencial para chuvas intensas nesta terça-feira (11) em regiões como no Vale do Paraíba e no litoral norte paulista.

Na cidade de São Paulo, a tendência é de muitas nuvens, com pancadas de chuva e trovoadas isoladas ao longo da semana, de acordo com o órgão federal.

Segundo a Climatempo, o deslocamento de uma frente fria sobre o estado é o principal responsável pela instabilidade do tempo.

Essa frente fria, conforme a agência, canaliza mais umidade da faixa norte do Brasil, o que intensifica a instabilidade sobre o estado e também sobre a capital.
"De acordo com o mapa de risco, a faixa leste do estado de São Paulo está em alerta para temporais, enquanto para as áreas central e oeste, as chuvas devem ocorrer de forma moderada a forte, com características de pancadas. O sol predominará ao longo do dia em grande parte do estado", afirma, sobre esta terça.

Esta frente fria perdeu força na noite deste domingo (9), lembra a Defesa Civil estadual, reduzindo a instabilidade em algumas regiões. No entanto, explica que pancadas de chuva devem ocorrer ao longo da semana.

Deve vir chuva, mas a temperatura continua elevada. Conforme o Inmet, a máxima prevista para esta terça-feira na cidade de São Paulo é de 32°C. Na quarta (12), deverá chegar aos 31°C.

Na quinta (13), os termômetros poderão ficar abaixo dos 30°C pela primeira vez no município desde o dia 14 de fevereiro -para este dia, a máxima prevista é de 29°C.

Para as cidades da Baixada Santista, a previsão é semelhante a do município de São Paulo, com muitas nuvens com pancadas de chuva e trovoadas isoladas

Por causa da possibilidade de temporais no estado, o gabinete de crise montado pela Defesa Civil estadual, que reúne agências reguladores de serviços, como concessionárias de energia, água e estradas, e Corpo de Bombeiros, continua mobilizado de forma preventiva.

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